ActRaiser Renaissance dá vida nova ao clássico do SNES

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A Square Enix está cada vez mais próxima do público que viveu a era de ouro dos RPGs de SNES nos já longínquos anos 90. Além de Trials of Mana, a produtora nos brindou com uma grata surpresa no último mês de setembro após, sem nenhum tipo de alarde ou vazamento, anunciar a produção e o lançamento de ActRaiser Renaissance.

Apenas uma leve introdução para quem não conhece, este game é uma versão totalmente refeita do primeiro ActRaiser, que trazia elementos de progressão em 2D, RPG e gerenciamento de reinos em seu pacote. Tudo isso está contido no remake, que ainda traz alguns extras para complementar o que vemos aqui.


Bancando a divindade

A história de ActRaiser Renaissance permanece intacta e alinhada com o título original. No papel de um deus, cabe a você explorar cada um dos reinos presentes aqui em três segmentos diferentes: área de exploração inicial, gerenciamento de reinos e fase com batalha contra chefes. No total, são sete áreas, uma a mais que no original (Alcaleone foi adicionada apenas nesta versão).

Começando pelas fases de progressão lateral, é digno de nota que todas elas passaram por uma reconstrução completa não apenas no visual, mas também no posicionamento dos inimigos. Quem se divertiu no original ainda vai reconhecer áreas como Fillmore e Northwall, que ganharam um aspecto muito mais vivo nesta edição graças aos filtros e todos os demais elementos visuais que foram adicionados.

Ah, e para aqueles que estão se perguntando sobre o efeito Mode 7 ao entrar em cada fase: sim, ele permanece aqui e mesmo com o tapa no visual ainda se mantém bastante fiel ao que foi visto no console 16 bits da Nintendo, ficando como uma bela homenagem aos fãs do título original.

Quando falamos em adições, também é preciso comentar que o protagonista do game passou por uma reformulação quase completa em seus golpes, recebendo alguns combos em solo e no ar e até mesmo um movimento de queda para acertar quem está embaixo. Enquanto o último se mostra útil apenas contra inimigos convencionais, os outros dois brotam como boas adições em confrontos contra alguns chefes, especialmente o aéreo para aqueles que flutuam pela fase.

(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)Fonte:  Voxel 


As magias também marcam presença aqui, e um novo movimento sempre é aprendido antes do confronto contra o chefe. Algumas passaram por um balanceamento, mas a impressão que fica é a Fireball acaba sendo a mais forte em quase todas as situações, especialmente após completar a barra de upgrade com os cristais obtidos em caixas e barris espalhados pela fase ou derrotando inimigos (quando completa, ela dobra seu ataque e poder mágico) – e, dessa forma, você quase não utiliza as demais opções.

Gerenciando o novo

Enquanto as fases de progressão lateral preservam uma vibe muito próxima do original, as áreas de gerenciamento foram as que mais sofreram mudanças, a começar pelo fato de que agora você não vê apenas a progressão do seu reino, mas também é obrigado a participar de alguns momentos de estratégia em tempo real no estilo defesa de torre.

Essas batalhas fazem parte do novo leque de missões que envolvem expandir a região em termos populacionais, ceder alguns itens para a população e, evidentemente, participar das batalhas. O primeiro mundo vai funcionar praticamente como um tutorial (e possivelmente Fillmore será a região onde você vai investir mais horas até aprender tudo), e para esses confrontos você pode utilizar vários recursos, incluindo aqui o inédito sistema de heróis.

(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)Fonte:  Voxel 


Em ActRaiser Renaissance, cada área conta com um herói designado não apenas para participar dos confrontos, mas até mesmo para gerar diversos diálogos com um estilo muito parecido com RPGs tradicionais, uma vez que cada um possui um temperamento diferente. Após a chegada na terceira região, você terá a chance de invocar até dois deles em conjunto com o campeão local para participar dos combates, e ao colocar cada um no campo de batalha vai receber alguns bônus como mais defesa para todos e coisas do gênero.

Ainda nesse sistema, também há a possibilidade de colocar três estruturas defensivas diferentes: uma barreira mais resistente, uma torre de arqueiro e uma torre de mago. Cada uma dessas pode receber upgrades até o nível máximo 3 (os heróis também evoluem utilizando pergaminhos específicos obtidos nas quests), e também existe a possibilidade de adicionar trincheiras ou sinos para atrair a atenção dos adversários para um ponto específico.

No geral, o sistema adotado aqui funciona bem e é bastante agradável, ajudando a adicionar horas a mais ao tempo total de jogo. Entretanto, um ponto que acaba incomodando um pouco são alguns diálogos desnecessários durante as fases de gerenciamento: em determinados momentos, você está usando o anjo para defender seu assentamento contra o ataque de algum inimigo (este personagem, aliás, ajuda tanto no sistema de expansão do reino quanto na defesa básica) e, do nada, alguém decide rezar e gerar alguma linha de diálogo muitas vezes desnecessária, quebrando o ritmo do jogo e às vezes até fazendo esquecer para qual lado estava atacando.

(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)Fonte:  Voxel 


E por falar em novidades

A área de gerenciamento ainda traz em seu pacote algumas fases extras nas quais você precisa invadir o ninho do qual brotam alguns monstros para literalmente eliminar o mal pela raiz. Quem curtiu o game original deve se lembrar que a própria população acabava desempenhando essa função, mas no geral são fases bem rápidas e curtas, nas quais você dificilmente vai morrer e adicionam um pouco mais de ação.

ActRaiser Renaissance também brilha na trilha sonora, que foi totalmente refeita e traz até mesmo algumas faixas inéditas assinadas por Yuzo Koshiro, compositor original do game. Além disso, após a derrota do último chefe temos a liberação de uma nova área (Alcaleone), com uma nova região para gerenciar, missões, batalhas, um chefe e até mesmo uma cena extra de encerramento, adicionando mais tempo de jogo ao pacote total, que pode facilmente passar de doze horas (no original, era possível concluir o game em pouco menos da metade deste tempo).

Porém, nem tudo são flores: infelizmente, o game perdeu a opção Professional, que era bastante útil para quem não queria passar pelas fases de gerenciamento já que, nesta modalidade, você percorria apenas as fases de progressão lateral. E sim, provavelmente muitos que se divertiram com ActRaiser no passado vão torcer o nariz para isso.

(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)(Fonte: Douglas Vieira/Voxel)Fonte:  Voxel 


Vale a pena?

No geral, ActRaiser Renaissance entrega com competência aquilo que se propõe e ainda amplia mais as opções por conta das adições presentes aqui. Talvez se o modo Professional estivesse aqui pudéssemos considerá-lo um remake perfeito, mas mesmo com essa ausência acreditamos que tanto novos jogadores quanto os fãs mais antigos vão ter chance de se divertir.

O jogo foi gentilmente cedido pela Square Enix para a realização desta análise.

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Fontes

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