Contra: do pior ao melhor, segundo a crítica

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Algumas experiências mudam nossa vida para sempre e nos transformam. Pode ser um acidente, um relacionamento fracassado, uma graduação, ou até um jogo de videogame que nos faz aprender o real significado das palavras “frustração” e “raiva”.

A franquia de hoje definitivamente separa crianças de adultos, disso não há como ter dúvida. Vocês pediram, votaram e aqui está o "Do Pior ao Melhor" da franquia Contra. Aqui estão os critérios:

  • As notas apresentadas são baseadas nos agregadores de notas Metacritic e GameRankings. Se o título foi lançado para mais de uma plataforma inicialmente, pegaremos as notas de cada uma das versões e faremos uma média aritmética.
  • Não encontramos alguns títulos da franquia nos sites citados, então buscamos avaliações de grandes veículos gringos de mídia e fizemos uma média aritmética com as notas.

13. C: The Contra Adventure (1998): 39,1 (PS1)

Lançado em 1998, C: The Contra Adventure foi o segundo jogo da série produzido pela Appaloosa Interactive em parceria com a Konami of America. A história se passa após os eventos de Contra: Legacy of War, com um meteoro premiado com uma infestação de aliens colidindo com a Terra. Com isso, Ray Poward sai da aposentadoria para neutralizar os invasores malditos.

O jogo apresenta diversas perspectivas que vão mudando de acordo com os níveis, como 2D Side-scrolling e 3D em terceira pessoa. Ele mantém tudo introduzido no game anterior com três níveis de dificuldade, sendo que acaba no nível Pyramid 1 se o jogador estiver no modo fácil.

Dá para dizer facilmente que o game foi uma catástrofe, tanto que nunca foi lançado na terra natal da empresa, o Japão. Além de ter uma direção de arte, trilha sonora e gráficos horrorosos, a mistura de perspectivas mais atrapalha do que ajuda. Muitos nem conseguiram entender o motivo de esse jogo levar o nome da franquia Contra (além da parte do dinheiro, é claro). Sua nota é 39,1.

12. Contra: Rogue Corps (2019): 49,3 (Xbox One, PS4, Nintendo Switch)

Contra: Rogue Corps foi lançado em 2019 e se passa 2 anos após os eventos de Contra III: The Alien Wars, com a Damned City em um estado pós-apocalíptico, abrigando demônios bizarros que atacam tudo o que está vivo.

Assim como em Neo Contra, a visão é top down isométrico com gráficos 3D. Com um foco no PvE, ou seja, jogadores contra NPCs, ele tem um modo história single player e modos cooperativos online e local, este último para até quatro jogadores.

O jogo foi um vacilo gigantesco e recebeu críticas por conta de controles, gráficos, estruturas de missões e conteúdos de Season Pass, ao mesmo tempo que recebeu alguns elogios por seu sistema complexo de upgrade e customização. Sua nota é 49,3.

11. Contra Force (1992): 60 (NES)

Contra Force foi lançado em 1992 e é um spin-off da série. Não conta com alienígenas como vilões, mas sim humanos terroristas que ameaçam a vida dos habitantes de Neocity.

Ele conta com quatro personagens e cinco níveis, sendo três jogados no estilo side-scrolling e dois em uma visão overhead. Os controles e a jogabilidade são bem similares aos dos outros games da série, com algumas pequenas diferenças, como nos power-ups.

O jogo não é ruim, mas também não é exatamente bom. Ele tem uma pegada estratégica interessante, mas sofre com slowdowns e flickers. Além disso, foi lançado para o NES e, no mesmo ano, Contra III chegou ao Super Nintendo, o que acabou influenciando negativamente sua nota, que ficou em 60.

11. Contra: Legacy of War (1996): 60 (PS1, Sega Saturn)

Contra: Legacy of War foi lançado em 1996 e foi o primeiro de dois jogos produzidos pela Appaloosa Interactive em parceria com a Konami of America. O jogo acompanha Ray Poward, Tasha, CD-288 e Bubba, que devem acabar com o Coronel Bassad, um ditador de um pequeno país que se juntou a uma entidade alien para dominar o mundo.

Contra: Legacy of War foi o primeiro game da série a trazer uma gameplay totalmente 3D com visão isométrica. Excluindo o tipo de arma que eles carregam e a velocidade de movimentação, os quatro personagens têm a mesma exata jogabilidade. Outra novidade é que o progresso dos jogadores pode ser salvo usando um memory card.

Mesmo que ele tenha aquele tiroteio frenético típico da franquia e bons gráficos, boa quantidade de armas, inimigos e territórios, ele conta com pulos imprecisos, slowdowns e uma quantidade frustrantemente grande de inimigos na tela, o que não ajudou nem um pouco sua avaliação. Sua nota é 60.

10. Neo Contra (2004): 65 (PS2)

Lançado em 2004, Neo Contra se passa em 4444 e é uma continuação direta de Contra: Shattered Soldier. A Terra se tornou uma prisão planetária para criminosos e políticos rebeldes. Das margens da sociedade, surge uma ordem chamada Neo Contra, que deverá ser parada por Bill Rizer e seu parceiro samurai Genbei Yagyu.

Mesmo sendo 3D, raramente o jogador precisa mirar nas três dimensões, as fases têm diferentes ângulos de câmera, o jogador não pode pular, foram adicionados o dash e o spin e há sete stages no total.

O jogo foi elogiado por sua gameplay, pela ação simultânea de dois jogadores e alguns chefões, mas não há muito conteúdo. Além disso, as armas têm péssimo balanceamento e há slowdowns pesados, principalmente no modo de dois jogadores. Sua nota é 65.

9. Super Contra (1988): 75 (Arcade, NES, PC)

Super Contra, lançado em 1988, é o segundo jogo da franquia a chegar ao mercado. Um ano depois da batalha com a organização Red Falcon, Bill e Lance são mandados para uma missão em que devem recuperar uma base militar tomada por alienígenas, que inclusive estão controlando a mente daqueles que residiam no local.

Super Contra pode ser jogado por um ou dois players simultaneamente e mantém a estrutura do antecessor. Ele traz algumas mudanças e novidades, como a possibilidade de controlar a altura dos pulos, upgrades nas armas e fases com a perspectiva overhead.

No arcade, as versões americanas e japonesas contam com uma pequena diferença: enquanto a ocidental é concluída após o fim da última fase, a japonesa volta ao começo depois dos créditos finais. Nesse segundo loop, os pontos, as armas e as vidas continuam e a dificuldade é colocada automaticamente na mais difícil.

A crítica avaliou que o título conseguiu melhorar alguns pontos de seu antecessor e trazer uma ótima experiência para jogadores hardcore. O problema é que ele não traz grandes novidades em relação a Contra, o que fez que ele ficasse com 75 de nota.

8. Hard Corps: Uprising (2011): 75,5 (Xbox 360, PS3)

Hard Corps: Uprising foi lançado em 2011. Mesmo sem levar o nome da série, ele é tanto um spin-off de Contra: Hard Corps quanto um prequel para o Contra original, lançado em 1987. O jogo acompanha um grupo de elite que deve executar um plano desesperado para salvar o mundo.

Ele tem dois modos de jogo, que são o Rising e o Arcade. O primeiro apresenta diversos pontos que podem ser coletados para comprar upgrades e customizações — tanto para as armas e roupas quanto para as habilidades dos personagens. Já o segundo é mais difícil e não conta com lojinhas para comprar melhorias. Diversos movimentos, como um dash no ar, foram adicionados, e o jogador pode carregar duas armas e alternar entre elas, assim como em Contra III.

O game foi elogiado por sua ótima jogabilidade, seu level design criativo, seus chefões divertidos e pelo fato de usar apenas uma tela para jogar o modo coop. Já as críticas ficaram para a curva de dificuldade absurda e a quantidade limitada de checkpoints, que acaba trazendo muita repetitividade ao game. Sua nota é 75,5.

7. Contra ReBirth (2009): 76 (Nintendo Wii)

Contra ReBirth foi lançado em 2009 para o Wii por meio do WiiWare, que era tipo um Xbox Live Arcade. No game, Bill Rizer e Genbei Yagyu têm que viajar no tempo para impedir vilões que fizeram o mesmo com objetivos malignos de dominação mundial.

O game volta às raízes, com visuais baseados em sprites e jogabilidade 2D side-scrolling. Ele aceita até dois jogadores simultaneamente, traz o sistema de duas armas de Contra III, mas não conta com o clássico lança-chamas. Se o player escolher jogar no fácil, não pode enfrentar o chefão final nem ver o final verdadeiro do título.

Ele acabou não sendo um grande jogo, principalmente por seu método de comercialização, mas agradou a maioria dos jogadores old school que tinha jogado os primeiros games da franquia. Sua nota é 76.

6. Contra: Shattered Soldier (2002): 78 (PS2)

Contra: Shattered Soldier, lançado em 2002, é uma sequência de Contra: Hard Corps, que chegou ao mercado 8 anos antes. Bill Rizer e sua nova parceira Lucia, também conhecida como Bionoid LCR, devem acabar com uma nova ameaça: o grupo terrorista Blood Falcon.

O título segue a jogabilidade clássica da série, que estava em vigor, se assim podemos dizer, até o lançamento de Contra: Legacy of War. Ele é quase totalmente 2D side-scrolling com gráficos poligonais, controles parecidos com os de Contra III, power-ups substituídos por três armas permanentes e diversos finais.

O game agradou muito por voltar às origens da franquia, trazendo uma boa jogabilidade e um ótimo fator replay, mas peca pela curtíssima duração de menos de 5 horas e pelo design antiquado. Sua nota é 78.

5. Operation C (1991): 80 (Game Boy)

Operation C, lançado em 1991, foi o primeiro jogo da franquia a chegar aos consoles portáteis. Nele, acompanhamos Bill Rizer na tarefa de neutralizar forças inimigas que estão escondendo células aliens em sua base.

O jogo é bem parecido com seu antecessor, Super Contra, contando com cinco fases, sendo três deles com a perspectiva side-scrolling e dois overhead. Foi o primeiro jogo da série a ter como padrão o auto-fire, o que ocasionou a exclusão do power-up Machine Gun. Além disso, o Laser Rifle foi removido, mas um novo, chamado Homing Gun, foi adicionado.

O game foi muito elogiado por gameplay, controles, inimigos, armas e música, mas o fato de ele ser muito parecido com Super Contra e não ter uma opção multiplayer desagradou os críticos. Sua nota é 80.

4. Contra 4 (2007): 83 (Nintendo DS)

De um game portátil para outro. Contra 4, lançado em 2007, é uma sequência direta dos jogos da série lançados para o NES e o Super Nintendo. A história acompanha uma nova entidade alienígena, chamada Black Viper, atacando o planeta Terra — o que faz que a Federação Terrestre mande seus quatro melhores soldados da Contra Force para neutralizá-la.

O game tem uma jogabilidade bem similar à dos primeiros jogos da série, tanto que ignora mecânicas introduzidas em jogos mais recentes, como Shattered Soldier e Neo Contra. Ele tem um modo Arcade, que é o principal; e o Challenge, que é liberado após a conclusão do Arcade em qualquer dificuldade. Assim como em Super Contra, é possível pegar o mesmo poder duas vezes, o que libera uma versão melhorada daquela arma.

Os analistas gostaram do level design desafiador e viciante, das batalhas com chefões incríveis, da grande quantidade de extras e da mistura de nostalgia com conteúdo novo, mas criticaram a curta duração, a falta de um multiplayer e a dificuldade frustrante em alguns momentos. Sua nota é 83.

3. Contra III: The Alien Wars (1992): 83,6 (SNES, Game Boy)

Contra III: The Alien Wars, lançado em 1992, acompanha Bill Rizer e Lance Bean com o objetivo de derrotar os alienígenas que invadiram o planeta e começaram uma guerra contra a espécie humana.

Assim como em outros jogos citados, seus níveis são divididos nas perspectivas side-scrolling, que está presente em quatro fases; e overhead, que está em duas fases. Além de andar e atirar em tudo que se move, o jogador pode pegar power-ups que vão desde armas novas a escudos de proteção temporários. No final de cada fase, um chefão deverá ser derrotado para poder progredir na aventura.

Os analistas elogiaram seus gráficos, o uso do Mode 7, a trilha sonora, as armas, o design sonoro e o nível de dificuldade, mas outros discordaram desse último, dizendo que ele se tornava extremamente frustrante em alguns momentos, dando vontade de desistir. Mesmo assim, o game chegou ao nosso pódio e ficou com 83,6 de nota.

2. Contra: Hard Corps (1994): 87,5 (Sega Mega Drive)

Contra: Hard Corps foi lançado em 1994. A história se passa em 2641, com um hacker se infiltrando no sistema de segurança da cidade e reprogramando robôs para gerar caos. Com isso, um grupo chamado Hard Corps, formado por Ray Poward, Sheena Etranzi, Brad Fang e Browny, é designado para cuidar da situação.

Entre as diversas novidades que Hard Corps traz, estão a exclusão dos níveis em perspectiva overhead, a possibilidade de escolher entre os personagens disponíveis, cutscenes que contam a história, a habilidade de deslizar, a possibilidade de carregar até quatro armas e caminhos distintos que são definidos de acordo com as decisões tomadas durante momentos importantes da trama.

O jogo foi muito elogiado por seus gráficos, seus protagonistas, sua ação intensa e seus efeitos visuais lindos. A única coisa criticada foi sua dificuldade extremamente frustrante, mas isso já era esperado. Sua nota é 87,5.

1. Contra (1987): 90 (Arcade, NES, PC)

Contra, lançado em 1987, se passa no futuro, mais especificamente em 2633, época em que uma organização maligna chamada Red Falcon planeja destruir toda a humanidade. Por conta disso, Bill Rizer e Lance Bean são designados a irem à base inimiga para destruir tudo.

O jogo contém três perspectivas: side-scrolling, um pseudo-3D e um com visão lateral mas com o background fixo. O game inteiro pode ser jogado em dois players, cada um controlando um dos dois protagonistas. A arma padrão é um rifle, mas é possível pegar outras através de power-ups. Como as fases são cheias de adversários, a dificuldade fica por conta de desviar dos ataques dos inimigos, já que qualquer contato com seus tiros ou mesmo com eles faz o player perder uma vida.

Os críticos ficaram impressionados com a qualidade do game, elogiando sua jogabilidade totalmente focada em uma ação frenética que conquistou diversos corações e fichas. O jogo foi um sucesso tão grande que a Konami não esperou para lançar sua sequência, Super Contra, que chegou ao mercado no ano seguinte. Se não fosse por sua dificuldade extremamente desafiadora, sua nota poderia ser maior, mas 90 não é de se reclamar.

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