Doom: do pior ao melhor, segundo a crítica

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Se atualmente vocês podem curtir seu Battlefield, Call of Duty e Halo na maior tranquilidade, devem agradecer muito a John Romero e seus amigos. O designer que cocriou a id Software junto de três camaradas foi a mente brilhante por trás de Wolfenstein 3D, Quake e, claro, a franquia que nós vamos falar hoje.

Matar monstros bizarros enquanto se movimenta freneticamente ao som de um belo heavy metal é definitivamente a fórmula para o sucesso. Vocês pediram, votaram e aqui está o do "Pior ao Melhor da franquia Doom". A seguir estão descritos os nossos critérios, portanto prestem bastante atenção.

  • As notas apresentadas são baseadas no agregador de notas Metacritic. Se o título foi lançado para mais de uma plataforma inicialmente, pegaremos as notas de cada uma das versões e faremos uma média aritmética.

  • Não encontramos as notas de dois jogos no site citado, então pesquisamos avaliações feitas por grandes veículos de mídia da época do lançamento e fizemos uma média com elas.

  • Nós só consideramos os principais jogos da franquia, ou seja, spin-offs não foram considerados.

  • No caso de Final Doom, como ele não é canônico, não o consideramos, mas, para via de dúvidas, sua nota seria 55,75.

  • Se vocês têm uma opinião diferente, deixem uma lista nos comentários que vamos ler. E, se gostarem do vídeo, deixem um like e se inscrevam no canal.

7) Doom 64 (1997) — 64,25

O último colocado é o Doom 64, lançado em 1997. O jogo lançado exclusivamente para o Nintendo 64 foi desenvolvido pela Midway Games, a mesma da franquia Mortal Kombat, e supervisionada pela id Software — a desenvolvedora principal da franquia.

A gameplay mantém a mesma pegada dos seus antecessores, com o jogador passando pelos 32 níveis da história (sendo 4 destes secretos), matando adversários, coletando armas, ativando mecanismos e escapando de armadilhas. Falando sobre as máquinas de matar disponíveis, todas aquelas presentes em Doom 2 estão nesse game e, além delas, foi adicionada uma nova arma chamada Unmaker, que usa a mesma munição de plasma gun e da BFG 9000.

Segundo a desenvolvedora, o console não tinha recursos suficientes para que o título tivesse um modo multiplayer, justificando isso com diversas quedas de quadro durante partidas split-screen. Perto do lançamento, o resultado não era satisfatório pra id, que mandou alguns levels serem redesenhados, o que fez o título ser adiado para abril daquele ano.

Assim, chegando ao mercado, o resultado foi bem ok. Os visuais foram muito elogiados, sendo classificados como os melhores da série, e as fases também, mas muitos o classificaram como "batido", "mais do mesmo" e menos divertido do que o título original, não trazendo muitas novidades à fórmula da franquia. Ele acabou ficando com a nota 64,75.

6) Doom 3: Resurrection of Evil (2005) — 77,5

Doom 3: Resurrection of Evil, lançado em 2005, é um pacote de expansão e ao mesmo tempo uma sequência do Doom 3. Enquanto na versão de PC era necessário ter Doom 3 para jogar esse game, a de Xbox não, então como ficou nesse “vai não vai”, decidimos incluí-lo na lista.

A história se passa 3 anos após os eventos do game anterior, com a Union Aerospace Corporation detectando um sinal estranho de satélites marcianos e mandando uma equipe investigar. Eles acabam encontrando um artefato, o que faz as forças do inferno ficarem alertas e iniciarem uma nova invasão.

O jogo tem duas grandes adições no gameplay: a primeira é a arma de gravidade chamada the Grabber, que tem um funcionamento parecido com a Gravity Gun, de Half-Life 2; já a segunda é o Artefato, a qual tem três habilidades que são desbloqueadas conforme os primeiros chefões vão sendo derrotados. Exclusivamente no Xbox a feature da lanterna fica presa diretamente na arma. Ainda há outras adições, como novas armas, maior capacidade de munição, novos monstros, oito modos multiplayer e assim por diante.

O título foi elogiado pelas adições à gameplay e ao multiplayer, pelos visuais e ótimos sons, mas foi criticado pela curtíssima duração, por algumas funcionalidades ruins do multiplayer, pela falta de uma gameplay cooperativa e pela pouca liberdade em comparação com outros jogos da franquia. A nota desse jogo é 77,5.

5) Doom II: Hell on Earth (1994) — 83

Doom II, também conhecido como Doom II: Hell on Earth, lançado em 1995, foi o segundo jogo da franquia a chegar ao mercado. A história começa logo após o jogo anterior, com o Doomguy retornando à Terra e descobrindo que os demônios invadiram seu planeta natal e mataram bilhões de pessoas. Agora, nosso protagonista tem que batalhar com eles e recuperar a sua "terrinha amada".

No total, são 30 níveis que se dividem em 4 ambientes diferentes, um deles sendo o inferno. O game não trouxe grandes novidades relacionadas a gráficos, gameplay e etc., mas os níveis são muito maiores do que os do antecessor e melhorias no multiplayer foram feitas: o número de monstros que não são chefes foi dobrado, uma nova arma, a Super Shotgun, e um novo poder, a Megasphere, foram adicionados.

Diferente de Doom 1, o jogo foi vendido em lojas, o que aumentou muito as vendas do game. Para vocês terem noção, era extremamente difícil fazer pré-compra dele, pois as unidades que uma loja recebia já tinham sido comercializadas. Ele acabou sendo o título de computador mais comprado de 1994 nos Estados Unidos e faturou mais de 100 milhões de dólares no total.

Os analistas gostaram das pequenas melhorias e adições, que fizeram a base do jogo não ser alterada, mas alguns criticaram a falta de inovação. Com esse impasse, o game ficou com a nota 83.

4) Doom (2016) — 85,7

Doom, lançado em 2016, funciona como um soft reboot da saga e ocorre depois dos eventos de Doom 64, ignorando a história de Doom 3. Passando-se em 2149, Doomguy tem o dever de acabar com todos os demônios da base marciana da Union Aerospace Corporation, comandada pelo Dr. Samuel Hayden, que tem como objetivo drenar energia do inferno para resolver a crise de energia que o planeta Terra sofre. O problema é que nosso protagonista terá que batalhar com criaturas perigosas em diferentes dimensões, lutando por sua vida.

O game foi o primeiro a usar o motor gráfico id Tech 6, criado pela própria id Software e lançado após 5 anos de pesquisa e desenvolvimento. A estrutura de gameplay é baseada em monstros com visuais incríveis, armas extremamente potentes, movimentação frenética e uma trilha sonora com heavy metal, tudo isso para formar uma jogabilidade extremamente badass.

O jogador pode coletar vida, armadura, munição e poderes especiais para combater os inimigos. Derrotando-os na porrada, itens são liberados. Se a situação estiver mais crítica, é possível usar a motosserra, que disponibiliza muita vida, munição e armadura do inimigo fatiado. O jogo também tem um multiplayer com diversos modos disponíveis, como Team Deathmatch, Domination, Clan Arena, Freeze Tag etc., o que aumenta a vida útil do game, já que a sua duração é relativamente curta. E, para quem tem uma mente brilhante e doentia, há uma ferramenta de criação de níveis, que permite aos jogadores criarem suas próprias fases para serem jogadas sozinhas, de forma cooperativa ou competitiva.

Inicialmente, o game foi anunciado como Doom 4, em 2007, mas o projeto que estava em desenvolvimento foi cancelado após a compra da id Software pela ZeniMax Media, que também é dona da Bethesda. O projeto tomou novos rumos depois de passar por um “limbo de desenvolvimento” e finalmente chegou ao mercado em 2016. Sem sombra de dúvidas, o título revitalizou a franquia, vendendo 67% mais na 1ª semana do que Doom 3.

O jogo foi muito elogiado pelo combate caótico e simples, pela quantidade bem grande de armas e upgrades, pelas hordas de demônios malucos e paisagens maravilhosamente sombrias, bem como pela trilha sonora impactante. Porém, foram criticados o multiplayer pouco inspirado, as oportunidades de adicionar valor à história que foram perdidas e a estrutura repetitiva de missão. A sua nota é 85,7.

3) Doom 3 (2004) — 87,5

Doom 3, lançado em 2004, ficou em 3º lugar na nossa lista. Esse, que é o quinto jogo lançado da franquia, teve uma abordagem bem mais de terror do que seus antecessores e acompanha o Doomguy na estação marciana da UAC, que é invadida por demônios depois que um experimento com teleporte dá errado e abre um portal para o inferno. A tarefa do protagonista é batalhar contra as aberrações para que elas não cheguem à Terra. O jogo é um reboot da série, ignorando todos os eventos anteriores.

Os níveis são semilineares, e a jogabilidade mistura o estilo "corre e atire" com uma ambientação tenebrosa e uma narrativa pesada. No total, 10 armas ficam disponíveis, que vão de submachine guns a shotguns, para o jogador eliminar todos os adversários nas suas diversas formas. Ele tem um multiplayer para até 4 jogadores com 4 modos disponíveis, mas a comunidade do PC fez um mod que permitiu de 8 a 16 jogadores por sessão.

O jogo foi muito elogiado pela ambientação, pelos gráficos, pela narrativa e gameplay, mas foi criticado pelo estilo repetitivo, pela inteligência artificial pouco desafiadora e falta de inovação e de identificação causada pelo protagonista. O saldo ficou muito mais positivo do que negativo, e a nota desse jogo é 87,5.

2) Doom Eternal (2020) — 87,6

O título mais recente da lista, Doom Eternal, lançado em 2020, acabou ficando em 2º lugar. Depois de 8 meses dos eventos do game anterior, Doomguy, também conhecido como Doom Slayer, deve combater as forças demoníacas que invadiram a Terra e acabaram com 60% da população.

O jogo mantém a mesma jogabilidade e estilo de Doom, pois "time que está ganhando não se mexe". A maioria das armas são as mesmas, mas com algumas alterações, como a Super Shotgun que agora é equipada com um gancho de carne e agarra o adversário, fazendo-o se aproximar.

O game conta com o dobro de tipos de inimigo em relação ao seu antecessor, como os Marauders e Doom Hunters. Há uma nova feature chamada Destructible Demons, em que os tiros afetam e destroem partes do corpo de um demônio, impossibilitando-o de usar ataques mais fortes.

Assim como no jogo de 2016, Mick Gordon compôs a trilha sonora que conta com um coro de metal feito por músicos como James Rivera, da Helstar, e Tony Campos, da Static-X. Eternal foi o primeiro título a utilizar o motor id Tech 7, que apresenta diversas melhorias relacionadas a luz, sombras e texturas, inclusive reduzindo as linhas de código em 1 milhão.

O título foi elogiado pelo combate, pelas arenas bem-desenhadas e partes de plataformas, pelos segredos escondidos, pela alta dificuldade e possibilidade de controlar demônios no modo Battlemode. No entanto, há momentos com bugs de texturas e a história é confusa. A sua nota é 87,6.

1) Doom (1993) — 93

E, em primeiríssimo lugar, ficou o 1º título da franquia, Doom, lançado em 1993. A ideia nasceu da vontade de criar um novo game de tiro em 1ª pessoa, assim como Wolfenstein 3D, mas utilizando um novo motor gráfico que estava sendo desenvolvido por John Carmack.

Foi então que diversas ideias foram desenvolvidas pela equipe, e o conceito de Doom foi criado. Assim, Tom Hall criou um documento de design chamado de A Biblia de Doom, que continha a descrição do enredo, do backstory e dos objetivos de design do projeto, mas que acabou sendo recusada por Carmack, que preferiu ter mais foco em inovações tecnológicas a uma história complexa.

Tom não gostou muito, mas a equipe concordou e assim o projeto começou a ser desenvolvido. John Romero então veio com a ideia do título ser mais brutal e rápido que Wolfenstein, e assim o game foi feito, com diversas ideias entrando e outras sendo ignoradas (o que chateou bastante Hall, que foi demitido em comum acordo entre os outros fundadores da empresa).

Sobre o game em si, ele é caótico, sangrento, violento e divertido. Os jogadores tinham que passar por diversos níveis não lineares, matando os monstros mais horripilantes. A perspectiva era em 3D, mas objetos e inimigos eram apresentados em sprites 2D. Diversas armas vão sendo conquistadas com o passar da história, como a motosserra. Há também um multiplayer cooperativo, em que até 4 jogadores se juntam para completar a campanha, e um Deathmatch, que suporta também até 4 jogadores.

O game foi um sucesso completo, e mesmo que sua comercialização tenha sido feita por Shareware e pedidos por e-mail, a desenvolvedora fez rapidamente 100 mil dólares por dia, sendo que cada cópia custava só 9 doletas.

Os analistas elogiaram a gameplay rápida e frenética, bem como as texturas e os detalhes no mapa, mas alguns criticaram a repetitividade e a simplicidade na jogabilidade. As inovações tecnológicas mexeram de vez com o mercado e até hoje ele é descrito como um dos jogos mais importantes da história da indústria. A nota desse game é 93.

Doomguy | Detona Hard

Lembrem-se, essas notas não são nossas, mas sim do agregador de notas Metacritic. Esse foi o "Pior ao Melhor da franquia Doom" que foi escolhido por vocês durante a última semana.

Estão preparados para os candidatos da semana que vem? Então, entrem no canal do Voxel no YouTube, abram a aba "comunidade" e votem em qual dessas quatro franquias vocês querem ver no próximo do "Pior para o Melhor". Metroid, Fable, Battlefield ou Hitman. Vocês também podem colocar aí embaixo outras franquias que gostariam de ver aqui neste quadro!

Não concordam com a lista? Comentem. O meu top 5 é este aqui:

5) Doom II: Hell on Earth

4) Doom (1993)

3) Doom Eternal

2) Doom 3

1) Doom (2016)

Qual é a arma favorita de vocês? Atirar de perto ou de longe? Escrevam aí embaixo que nós vamos ler tudo.

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