Será que Nioh é o game que vai peitar Dark Souls de igual para igual?

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No último final de semana, a Team Ninja e a Sony deram mais uma chance para quem ainda tinha dúvidas: Nioh teve mais uma demonstração para os jogadores decidirem se o game é digno da alcunha que vem ganhando até agora, que é a combinação de Dark Souls com Onimusha.

Veja bem: colocar dois nomes de peso como esses na mesma experiência é uma grande responsabilidade. Ambas as franquias são muito amadas e idolatradas pelos fãs, contando com uma bagagem bastante rica em conteúdo e jogabilidade consolidada no mercado. Será que um título que une ambos os universos pode ser a promessa vindoura que tanto aparenta?

Bom, é sempre ruim julgar uma experiência pela capa; porém, pela amostra que tive até o momento (uma versão Alfa, uma versão Beta e a última demo), Nioh parece que vai ser a próxima grande tendência e surpresa do mundo gamer. Contudo, qual é o grande charme e atrativo que o torna tão promissor para os lançamentos de 2017? Vamos dar um resumo do que a última demonstração trouxe e abordar alguns pontos que podem indicar que será uma excelente surpresa para 2017.

Primeiramente: o que a última demo trouxe de novo?

Vale ressaltar um ponto aqui: o conteúdo da última demonstração era diferente das versões Alfa e Beta, que retratavam mais o início da jornada. A ambientação da última fase de testes simulava um período mais avançado da história, com equipamentos melhores, variedade de inimigos mais fortes e mais equipamentos para experimentar.

Dessa vez, foi possível experimentar trechos muito mais segmentados e caminhos bifurcados para explorar, cada um deles trazendo loots admiráveis e uma distinção de inimigos humanos e demônios na medida certa. Soldados e cramunhões eram intercalados com um balanço fino perfeitamente sintonizado, tirando a impressão de que os oponentes sobrenaturais seriam algo como subchefes.

Nioh

Outro ponto notável é o visual do game, que recebeu um upgrade desde o Beta. O sistema de partículas está mais incrível do que antes, diversos elementos gráficos foram refinados e o jogo se mostra muito mais estável e fluido. Porém, animações distantes do personagem ainda rodam com framerate baixíssimo, algo que parece ser definido.

Tudo foi refinado na última demo, desde os gráficos até a jogabilidade

Diversas novas armas apareceram na demonstração também, como a kusarigama (a foice com corrente), canhão de mão, alguns trabucos de longo alcance e diversos outros equipamentos. O mais interessante é que cada arma se comporta de maneira bem diferente uma da outra, trazendo uma variedade bastante honesta. Além disso, os rifles e canhões se comportam de uma forma bem diferente das pistolas de Bloodborne, por exemplo, pois realmente servem para eliminar inimigos distantes.

Contudo, o que brilha mesmo na nova jogabilidade é o balanceamento e o ritmo cadenciado. Todos os elementos são muito bem distribuídos para variar a jogatina e não cansar o usuário, incluindo itens de cura mais frequentes e inimigos bem colocados no mapa, que, por sinal, tem um level design muito caprichado. No fim, há um boss opcional bem difícil para os mais ávidos por desafios e um chefão final capcioso que, apesar de ser fácil de lidar, pode matá-lo em pouquíssimos golpes em momentos de distração.

A fórmula balanceada agrada a gregos e troianos

A grande sacada aqui é que Nioh não é um título para suprir as viúvas de Dark Souls nem para atrair os céticos à fórmula: trata-se de algo original que, por coincidência ou não, acabou agradando aos dois públicos. Se você for com calma e precisão, passará todo o nível com a dificuldade padrão, com eventuais sufocos e tentativas; caso seja um jogador hardcore, há sempre bifurcações, rotas e desafios extras que darão um outro nível de dificuldade.

Conforme você pode ver no vídeo abaixo, o título oferece diversas categorias de jogabilidade. Caso você aperfeiçoe cada método de defesa, contra-ataque, recuperação de stamina e masterização de cada ataque especial das armas, você adentrará em um nível completamente diferente. Contudo, isso não exclui o jogador que quer apenas aproveitar a campanha no maior estilo Onimusha.

Fórmula consegue agradar os dois lados da moeda

A temática Japão Feudal é pouco aproveitada

Vamos pensar um pouco: qual foi o último grande game a explorar essa ambientação e era japonesa? E da última década? Muitas outras formas de mídia (especialmente mangás e animes, que utilizam a própria cultura) aproveitam esse recorte do tempo para criar histórias incríveis. Alguns nomes podem surgir na cabeça, como Onimusha, Okami, Dynasty Warriors, Genji e alguns outros.

A temática está extremamente esquecida, mas é incrivelmente rica para atmosfera de jogos. Quase todos os títulos que aproveitam o período do Japão Feudal são memoráveis e deixam sua marca no universo gamer. Unir o local, a época e a fantasia japonesa (recheada de demônios e elementos espirituais) parece ser uma receita de bolo sem margem para erros.

Cadê Onimusha? Uma hora, alguma coisa aparece para suprir

A Capcom parece que está dormindo no ponto quando o assunto é Onimusha, pois os fãs requisitam um novo título há tempos. Ou a franquia está mal-aproveitada ou algum impedimento legal ou autoral bloqueia a produção de uma nova entrada. De uma forma ou de outra, é até estranho que algo tenha demorado tanto para suprir a carência.

Essa é a grande sacada de Nioh: conquistar os fãs de Dark Souls com uma fórmula similar e cativar os viúvos de um novo título da série da Capcom. O game está muito mais próximo de Onimusha 4, que era mais aberto, com looting e equipamentos especiais em abundância. Os espíritos guardiões de Nioh são quase uma homenagem às habilidades das armas de Onimusha, assim como diversos outros elementos que devem agradar aos seguidores da franquia.

Onimusha 3 é um dos títulos mais consagrados da franquia

Cooperativo do começo ao fim

Aqui vem a cereja do bolo: diferentemente de Dark Souls e Bloodborne, Nioh poderá ser jogado do começo ao fim no modo cooperativo (ou pelo menos foi essa a impressão que as demonstrações passaram), um atrativo maravilhoso para quem sente falta de experiências como essa.

Além de ajudar um amigo, a jornada em conjunto é bem agradável para aproveitar. Caso queira jogar com um colega de level mais alto, é possível pegar equipamentos melhores e mais experiência também, algo que agrada muito no sistema de looting e progressão desenhado pela Team Ninja.

Jogar com um colega o tempo todo muda completamente a experiência (para melhor, na maioria dos casos)

Nioh será bom então? Bom, é uma pergunta bem difícil de responder, já que há inúmeros casos de jogos que prometiam muito, mas não ofereceram a experiência esperada. Contudo, é inegável que tudo o que foi apresentado até agora dá um gostinho de algo marcante e com muito potencial. Para ter certeza, só nos resta esperar até o dia 7 de fevereiro.

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