Especial Destiny: o legado que marcou uma era termina e isso é só o começo

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Ok, já temos uma assistente estranha e um líder ladino. E então temos o Guardião. Minha maior história de sucesso. Acho que estamos prontos para acabar com isso – Cayde-6

Há cerca de três anos, Destiny foi ao ar. De lá para cá, o título se consagrou como um dos melhores jogos de tiro multiplayer em primeira pessoa. A fórmula do sucesso foi, sem sombra de dúvidas, o ambiente cooperativo, que não era uma novidade na época, porém a Bungie soube aproveitá-lo muito bem.

Explorando o fator ‘galera’, o título atraiu inúmeros jogadores que ao longo de horas e horas de diversão desenvolveram laços de amizade que perduram até os dias de hoje. Inclusive, é bem provável que esse pessoal já esteja se programando para reativar o antigo clã em Destiny 2.

Além disso, todas aquelas atualizações regulares visando melhorias e um balanceamento ideal, como correções de bugs, ajustes em habilidades e mudanças nos equipamentos (principalmente nas armas), passaram a sensação de que o jogo jamais fora abandonado pelos desenvolvedores.

Na pele de um Guardião da última cidade na Terra, quem jogou teve momentos memoráveis combatendo enxames da Colmeia, tropas da infantaria Cabal, exércitos de máquinas Vex, “Casas” ancestrais de Descaídos e até mesmo legiões possuídas e também mutantes desses inimigos implacáveis.

O Viajante...

Foi graças à entidade conhecida apenas como Viajante que a humanidade deu um salto em sua própria evolução, dando início à Era Dourada e à colonização de outros planetas do Sistema Solar. Por outro lado, também podemos dizer que todo o caos que assolou a raça humana foi derivado das ações dessa ‘divindade’ misteriosa.

Para combater as ameaças vindas do espaço, em seu último ato de benevolência, o Viajante criou os Fantasmas (uma inteligência artificial) com o objetivo de localizar e despertar os Guardiões que protegeriam seu legado salvando a humanidade da iminente aniquilação.

Esse exército de heróis recebeu habilidades especiais para canalizar a Luz do Viajante e usá-la como arma contra os extraterrestres: o poder Solar com dano incendiário, o Arco que domina a eletricidade e o Vácuo que manipula campos gravitacionais.

A Escuridão Subterrânea

A primeira expansão foi ao ar três meses após o lançamento do título. Nesse curto espaço de tempo, os jogadores já haviam percebido que Destiny era muito mais do que um FPS futurista. Pessoalmente ou através das redes sociais, amigos conversavam com frequência sobre ele e até se programavam para fazer missões e eventos lado a lado.

Nesse conteúdo, a Bungie inseriu novos assaltos e atividades para enriquecer a história do Príncipe da Colmeia. A Escuridão Subterrânea também trouxe melhorias em jogabilidade, armaduras e armas, e até o nível máximo da Luz foi elevado.

Enquanto a maioria das pessoas se preparava para as festas de fim de ano, vários gamers estavam tentando concluir a segunda incursão, na qual Crota, o filho de Oryx, é o chefão final.

A Casa dos Lobos

Foi em maio de 2015 (cerca de quatro meses após o Fim de Crota) que a Bungie liberou a segunda expansão de Destiny – intitulada de A Casa dos Lobos. Nesse lançamento, alguns jogadores ficaram decepcionados, porque não havia uma nova incursão para nos envolver por horas toda semana.

Contudo, mesmo sem uma raid dos Decaídos, o conteúdo adicional foi rico em história e atividades cooperativas. Além de uma nova área social, o Arrecife, a expansão trouxe a Prisão dos Anciões, local onde alguns dos maiores criminosos intergalácticos eram mantidos. Era possível adentrar aquela terra sem lei em busca de fama... e de equipamentos melhores e mais poderosos.

As arenas de PVP já estavam presentes em Destiny desde o seu lançamento, porém a chegada dos Desafios de Osíris acendeu uma chama nos jogadores – foi o despertar do lado competitivo, que estava “dormente” até então.

foi o despertar do lado competitivo...

De sexta a segunda, a comunidade com sede de sangue batalha até os dias de hoje em disputas 3x3 na modalidade Eliminação para alcançar a glória e um passe livre até Mercúrio.

É necessário vencer nove partidas (melhor de cinco rodadas) e não ter derrotas na passagem para ter a oportunidade de abrir um baú lendário com armas e armaduras exclusivas, incluindo um emblema único para se destacar na multidão.

O Rei dos Possuídos

Em setembro de 2015, a terceira DLC de Destiny foi ao ar. Oryx, o Rei dos Possuídos, deu as caras um ano após o lançamento oficial do título. De lá para cá, ocorreram diversas atualizações grandes e pequenas com melhorias e correções que afetaram diretamente a jogabilidade e o balanceamento.

Pode-se dizer também que a própria Bungie amadureceu enquanto acompanhava a evolução dos jogadores, afinal esta expansão trouxe mudanças radicais, como a terceira subclasse para cada personagem; o Predador Noturno (Vácuo) para o caçador, o Demolidor Solar (Solar) para o titã e o Condutor da Tempestade (Arco) para o arcano.

Outra alteração de impacto foi a forma como os atributos eram calculados, principalmente a defesa. O nível máximo passou para 40 e a Luz, atingindo o patamar de 320, começou a ser equilibrada através de todos os equipamentos.

Eris, tira a sua bola de cima do meu mapa – Cayde-6

Oryx não era apenas um pai em busca de vingança. Enquanto o Viajante pode ser consideração a Luz, o Rei dos Possuídos é a divindade das Trevas em carne e osso. Ele não planejava apenas destruir a Terra e eliminar aqueles que mataram Crota – o que ele realmente queria era cobrir o Universo na escuridão.

Por conta de uma história rica em detalhes e da vasta quantidade de novidades e mudanças apresentadas, esta é considerada por muitos como a melhor expansão de Destiny. O número de jogadores ultrapassou a marca de 20 milhões ao redor do mundo e o tempo médio conectado era de aproximadamente três horas por dia.

Vale ressaltar que nesse ponto até os personagens que interagem com a história se tornaram mais carismáticos e seus diálogos ficaram repletos de sentimentos.

A Ascensão do Ferro

A chegada da quarta DLC veio exatamente um ano após a anterior. Nesse meio-tempo, a Bungie até tentou trazer novidades para agradar (e manter) a comunidade, porém os esforços não foram suficientes e muitos aposentaram o jogo.

Nessa época, os rumores sobre o Destiny 2 começaram a voltar à tona e isso fortaleceu ainda mais a sensação de que a desenvolvedora já não estava tão interessada em criar novos conteúdos. Todavia, A Ascensão do Ferro deu uma sobrevida ao título.

Foram dois anos de ajustes entre erros e acertos que serviram para mostrar como a Bungie realmente amadureceu. No fim das contas, a expansão pode não ter tido o sucesso esperado, mas deixou visível que a equipe por trás do jogo preparou um conteúdo extremamente detalhado.

Uma história bem contada

Enquanto o Viajante ainda estava se aproximando da Terra, os Senhores de Ferro eram a elite da raça humana. Combatentes destemidos, homens e mulheres, cujo brasão simbolizada garra e dedicação.

A falha, ou melhor, a falta de uma incursão na Casa dos Lobos fora sentida por todos. Tendo isso em mente, os Decaídos foram conectados diretamente ao antigo inimigo que quase aniquilou a humanidade – as nanomáquinas SIVA.

A trama explica o que aconteceu com Lorde Saladino e seus companheiros. Este NPC sempre esteve presente como responsável pelo evento Bandeira de Ferro. Porém, até então, seu passado era vago e quase sem informações.

Além da história bem contada através de uma jornada com um final incrível, a atualização tem novos assaltos, equipamentos (incluindo a volta de armas consagradas, como Gjallarhorn e Quebra-Gelo) e a introdução de ornamentos para itens específicos do arsenal.

Também é bom mencionar que, a partir desse momento, Destiny parou de receber suporte ao XBOX 360 e ao PS3, o que tornou o uso de recursos disponível apenas para os consoles da última geração. O resultado disso é possível conferir nos gráficos ricos em detalhes.

A Era do Triunfo - Fechando com chave de ouro

Em celebração aos três anos de Destiny, a Bungie apresenta uma nova expansão e homenageia a dedicação e o tempo investido pela comunidade em seu título. A Era do Triunfo é uma DLC que resgata conteúdos antigos, como a incursão para derrotar Oryx em A Queda do Rei.

Além dela, O Fim de Crota e a Câmara de Cristal foram ajustadas com novos desafios de chefões em um modo heroico com 390 de Luz recomendada. As recompensas são os clássicos equipamentos, agora com nível máximo.

Toda semana, uma das incursões deve ganhar destaque com desafios especiais e a chance de obter as 16 armas elementares do ano 1 – chamadas de Exóticas Adeptas. Os novos ornamentos permitem uma customização incrível das armaduras exclusivas.

Por trás dos bastidores da história

Muitos que jogam (ou jogaram) Destiny comentam e até reclamam da história fraca, com inúmeros buracos, dos personagens sem diálogos (e até daqueles que desaparecem do nada). No entanto, o que pouca gente sabe e muitos nem se recordam é que ele quase foi engavetado um ano antes de ser lançado.

Em outubro de 2015, o jornalista Jason Schreier, do portal Kotaku, publicou um artigo completo [em inglês] sobre o assunto. Com base em suas entrevistas com desenvolvedores e ex-desenvolvedores da Bungie, ele explica em detalhes o que aconteceu nos bastidores e como a trama e o enredo (que vinham sendo lapidados por três anos) tiveram que ser refeitos quase que por completo em menos 12 meses.

Por fim, Destiny foi lançado oficialmente em 9 de setembro de 2014 coberto de muitas complicações e hoje conta com cinco grandes expansões e outras menores:

  • A Escuridão Subterrânea (9 de dezembro de 2014);
  • A Casa dos Lobos (19 de maio de 2015);
  • O Rei dos Possuídos (15 de setembro de 2015);
  • A Ascensão do Ferro (20 de setembro de 2016);
  • A Era do Triunfo (28 de março de 2017).

Sem contar os eventos especiais, como as corridas de pardal (SLR), Festival de Finados e Dias Carmesins, que davam as caras em intervalos regulares. Também foram apresentadas dezenas de atualizações e correções de conteúdo trazendo alterações na mecânica do jogo – algumas armas e armaduras ganharam destaque e outras passaram a pegar poeira no banco.

O título consagrado e que também é um case de sucesso da Bungie conquistou vários prêmios e indicações ao longo dos anos, entre eles(sem) destaque para melhor experiência online e melhor trilha sonora no The Game Awards 2014 e melhor jogo do ano na BAFTA 2015, Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas.

Destiny 2 foi oficializado na conta do Twitter do próprio jogo

Destiny 2: na sua opinião, o que você gostaria de ver na sequência do jogo? Que melhorias podem ser aplicadas? Compartilhe seus pensamentos conosco.

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