Com ritmo inconstante, EA faz conferência segura, mas não deixa peteca cair

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*Este texto é opinativo e não necessariamente reflete a visão do site

O pontapé inicial para a E3 2017 foi dado pela EA. Segura e convicta de seus produtos, a gigante dos esportes opta pela modalidade de sediar um evento próprio, separado do abarrotado Los Angeles Convention Center, mas durante o fervo da feira. É uma estratégia inteligente que, de lambuja, consegue receber todos os fãs, não somente imprensa ou pessoas ligadas à indústria.

Sim: pela primeira vez, o EA Play foi aberto ao público no formato “Fan Fest”, isto é, uma verdadeira festa voltada aos fãs, com direito a filas que davam volta no quarteirão sob o calor californiano, gente fantasiada, displays de testes dos jogos e mais.

Filas imensas de fãs ardorosos: o caminho que a indústria está seguindo agora

Esportes, esportes, esportes...

O portfólio e a confiança que a EA construiu com os esportes ao longo de décadas são feitos notáveis. Basicamente, o selo “EA Sports” se tornou referência absoluta no gênero, e é claro que a empresa tem de valorizar essa marca, por mais que ela seja entediante a muita gente.

Madden deteve a marca de jogo mais vendido nos EUA durante anos. Logo, o que é “sonolento” para nós é uma pilha a muitas outras pessoas

O início da conferência não poderia ser diferente, portanto. Sem falar que é uma modalidade absurdamente agradável ao mercado norte-americano – Madden, por exemplo, deteve a incrível marca de jogo mais vendido nos EUA durante anos. Logo, o que é “sonolento” para nós é uma pilha a muitas outras pessoas.

Ainda assim, ter começado a coletiva com esse carrilhão esportivo em sequência criou a inconstância da empolgação. São títulos previsíveis, sobre os quais já sabemos. Deixe para depois, encurte o tempo deles, foque em novas IPs e nas bombas que foram recém-anunciadas. Ou mantenha o gás dos atletas numa escolha deliberada mesmo.

Galeria 1

O vai e vem com saldo positivo

E aí a EA bradou a carapuça do inesperado e mostrou A Way Out, um jogo cuja proposta não é exatamente revolucionária (aventuras plenamente cooperativas já existem aos montes por aí), mas empolgante o suficiente para dar aquele arrepio na espinha. Estamos de olho nessa interessante peça de ambição, prevista para o começo de 2018, relativamente perto. Isso é ótimo, aliás. Ninguém aguenta mais teaser prometedor na cara sem data alguma.

Depois, FIFA 18, Cristiano Ronaldo, papos sobre atletas, captura de movimentos e blá blá blá. Mas, ainda assim, o ressalto de um produto importantíssimo para o mercado e, hoje, líder em sua categoria. A cada ano, FIFA só fica melhor.

Oi, Microsoft!

Quando o ritmo ameaçava entrar na bolha da sonolência novamente, pimba, golpe de mestre: o anúncio-bomba de Anthem, um título que não brotou em rumor algum, completamente imprevisto pela onda de boatos e pelo mercado.

O Scorpio é a plataforma de adoração escolhida, e a conferência da Microsoft trará mais informações sobre Anthem

O novo jogo da Bioware nada tem a ver com Star Wars e trouxe um teaser interessante que mostra um universo sci-fi com robôs e monstros gigantes, bem similar ao de Titanfall. Faltou alguma estimativa de data, mas tá valendo. O detalhe? O Scorpio é a plataforma de adoração escolhida, e a conferência da Microsoft trará mais informações sobre o jogo, quem sabe com uma possível previsão de lançamento. Taí a bola cantada.

Galeria 2

Por fim, aquilo que já sabíamos: Need for Speed Payback, novidades para Battlefield 1, Battlefront 2 com direito à redenção e reconhecimento da própria EA sobre a ausência de um monte de coisas no primeiro, o que inclui o modo campanha e o famigerado conteúdo adicional do multiplayer.

O que nós jogamos:

Felipe Gugelmin botou as mãos em Battlefront 2 (clique aqui para conferir), Need for Speed Payback (clique aqui para conferir) e FIFA 18 (clique aqui para conferir).

Voltando à conferência...

Faltou aquele tal Star Wars à la Uncharted, desenvolvido pela Visceral? E aquele pitoresco Fe? E a tal novidade da Respawn? Sim, mas os lampejos supracitados, quando resguardados da perda de ritmo, sustentaram uma conferência segura, agradável e, sobretudo, convicta de seus produtos. Não foi um evento que interrompesse o fluxo das estrelas ou mobilizasse os animaizinhos da floresta, tampouco uma ocasião com aquela dose épica de memorável, mas sim, saldo positivo para a EA, especialmente no agito que sentimos dos fãs aqui em Los Angeles.

O que vocês acham? Escrevam logo abaixo, nos comentários, e continuem acompanhando a cobertura completa da E3 2017 aqui no TecMundo Games. Os repórteres Bruno Micali e Felipe Gugelmin estão em Los Angeles e também temos uma força-tarefa no Brasil para a cobertura remota em vídeo e em texto. Sigam conosco porque o trem do hype só começou!

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Fontes

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