Far Cry 5 respeita gameplay da franquia e agrada pela temática de fanáticos

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Não poderia haver momento mais oportuno quanto o que vivemos atualmente para a Ubisoft lançar Far Cry 5, que não necessariamente vai revitalizar a franquia – pois ela nem precisa disso ainda –, mas certamente vai brincar com fogo, em contraste com um mundo real cercado por circunstâncias polêmicas e fanatismos.

E é justamente esse apelo fanático que dá o tom da nova aventura, desenvolvida pelas principais mentes de Far Cry 3 lá nos estúdios canadenses da Ubi, em Toronto e Montreal, com Dan Hay como produtor e escritor. Mas a ficção adotada pela empresa em todos os títulos anteriores agora cruza uma linha tênue com Far Cry 5: pela primeira vez, a jornada será retratada em um ambiente real, Montana, incluindo todo o provincianismo que envolve a região.

O TecMundo Games teve a oportunidade de testar a nova aventura por quase 1 hora durante a E3 2017, e nossas primeiras impressões foram as melhores possíveis – justamente por essa ousada abordagem que o game terá. Gameplay e visual continuam seguindo a competente cartilha estabelecida nos títulos anteriores, mas é a temática que serve como isca para você abocanhar uma experiência diferente, que conversa com o mundo real.

Separatismo, fanatismo e realismo

A equipe de desenvolvimento escalou membros seletos da produção para gastar nada menos que 14 dias em Montana, uma região fronteiriça dos EUA, pesquisando a cultura local e os hábitos dos moradores dali – conhecidos por não gostarem da presença de estrangeiros interferindo em sua peculiar rotina, que envolve, digamos, uma certa religiosidade fanática.

Far Cry 5 é legítimo ao reproduzir esse contexto. Na demo que joguei, limitada a um trecho com uma cidadezinha típica de estradas do interior estadunidense, cada personagem reagia de uma maneira diferente, por vezes pitoresca, às minhas perguntas. E sempre com aquela postura preconceituosa, característica de moralistas e dos chamados “rednecks”, que preconizam os Estados Unidos antigos.

Os NPCs te olham torto, têm sotaque com o “R” carregado e podem até te ameaçar fisicamente – não os inimigos, mas sim os indivíduos comuns

Os NPCs te olham torto, têm sotaque com o “R” carregado e podem até te ameaçar fisicamente – não os inimigos, mas sim os indivíduos comuns. “Estudamos todo o contexto de lá para reproduzir da melhor forma possível, sem criar puramente de nossas cabeças”, contou Jean-Sébastien, diretor narrativo do jogo, ao TecMundo Games. Você entra em bares, fazendas, cabanas na beira do lago e outros ambientes que podem ser hostis ou não – e esse aspecto imprevisível deu um bem-vindo toque de suspense a Far Cry 5. Afinal de contas, o que esperar de um bando de fanáticos? Nem a conferência da Ubi respondeu para fomentar o hype.

Mudanças bem-vindas no gameplay

Após as boas-vindas nada calorosas dos habitantes locais, resolvi dar uma vasculhada em Montana. Que mundo imenso! Lindo, verdejante, vivo, pútrido, lotado de energia negativa oriunda dos fanáticos, envolvente, encantador. Tudo isso misturado. Avistei uma base inimiga e adotei o procedimento padrão de qualquer outro Far Cry: binóculo para taguear os oponentes, abordagem sorrateira, eliminação um a um e posto avançado liberado. Sem segredos, sem mudanças. “O principal está ali, não tem por que mudarmos isso. O que precisávamos fazer era adicionar elementos novos a um mecanismo que já funciona e trazer essa narrativa diferente”, complementa o desenvolvedor em entrevista a nós.

Os animais estão de volta e há iscas que você pode arremessar para atraí-los e usá-los em combate. Por falar em bichos, eis aqui uma atividade inédita de muito bom gosto: a pescaria. Trata-se de um minigame em que você deve usar uma linha que contém isca, apertar um comando cadenciadamente e torcer para que algum peixe abocanhe sua jogada. Se isso acontecer, o controle vibra em ritmo de terremoto, e você precisa direcionar o analógico para a direção oposta à do peixe. É rápido, porém divertido o suficiente para quebrar eventuais monotonias, com uma atividade diferente, que foge dos clichês adotados anteriormente na franquia.

De lá do alto, enquanto você brinca de Deus, é possível usar uma metralhadora giratória, disparar mísseis e até mesmo despejar bombas

Há também o avião monomotor, que chamou atenção no trailer de anúncio do título. Sim, a Ubisoft prometeu que nós, jogadores, poderíamos controlar essas belezinhas. Dito e feito. E é uma delícia: de lá do alto, enquanto você brinca de Deus, é possível usar uma metralhadora giratória, disparar mísseis e até mesmo despejar bombas. Suas invasões em postos avançados ganharam um novo sentido – mas pode esperar um montão de missões específicas para os veículos aéreos também.

Tudo isso para ver até onde vai o fanatismo de “The Father”, o principal vilão (sim, há mais de um) da aventura. “É muito bom ter mais esse vilão que parece ter emplacado. [A franquia] Far Cry é conhecida por isso”, pontuou Sébastien.

Que assim seja. Mal podemos esperar por fevereiro de 2018! Far Cry 5 está previsto para PlayStation 4, Xbox One e PC. O TecMundo Games segue com a cobertura completa da E3 2017 aqui no site, no YouTube, nas redes sociais, no seu celular, computador ou onde for. Permaneçam conectados porque há MUITO mais por vir!

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