Direto da E3: Vampyr é o RPG gótico de que todos precisávamos

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Após o tímido Remember Me, o estúdio DontNod conseguiu chamar de vez a atenção do público com o já clássico Life Is Strange. Deixando que outra empresa cuidasse da sequência do adventure, a desenvolvedora decidiu tomar um rumo arriscado e investir em Vampyr, um game que experimenta com a já conhecida temática dos vampiros - algo que sempre é arriscado considerando as dificuldades de trabalhar com isso de forma inovadora.

No entanto, pelo que pudemos ver na apresentação que a empresa conduziu a portas fechadas, o resultado final desse esforço não deve decepcionar. Na aventura você assume o papel do cirurgião Jonathan Reid, que se vê amaldiçoado com o vampirismo, o que cria um dilema moral: o jogador deve optar entre salvar os inocentes ou se alimentar deles para conseguir aumentar seus poderes.

A DontNod colocou esse dilema como ponto principal da trama e das mecânicas do game: apesar de ter (bons) momentos de combate, o game se trata de um RPG nos moldes das aventuras clássicas da BioWare. Ou seja, se prepare para passar um bom tempo explorando cada área do game conhecendo os habitantes de cada área e cumprindo tarefas secundárias que vão ajudá-los a conhecer melhor.

Vampiros e relacionamentos

Investir em relacionamentos com os personagens que surgem pelo caminho é a chave tanto para você conhecer mais sobre eles quanto para garantir pontos de experiência. Como exemplo, a produtora mostrou uma cena na qual o jogador se depara com um homem que é um assassino confesso que não tem nenhum peso na consciência - um alvo perfeito. O que o impede de ser a melhor presa possível é o fato de que ele está doente, diminuindo a qualidade de seu sangue.

Para melhorar a ¨qualidade do abate¨, o jogador pode usar seus conhecimentos médicos para curar a doença e ganhar bônus de experiência no processo. No entanto, quem nos demonstrava o game acreditou que era uma ideia melhor matar a mãe do sujeito, cujo sangue veio logo de cara com uma ótima qualidade - o que teve grandes consequências.

vai ser possível terminar a aventura mesmo que todos os distritos tenham sido perdidos

Qualquer pessoa morta faz com que o nível de caos em uma região aumente, distanciando o cirurgião de seu objetivo de encontrar uma cura para sua maldição. Quando muitas mortes e violência tomam um local, ele é considerado perdido e inimigos tomam suas ruas, eliminando qualquer possibilidade de conhecer mais seus habitantes e terminar quaisquer missões secundárias disponíveis por lá.

Segundo a DontNod, vai ser possível terminar a aventura mesmo que todos os distritos tenham sido perdidos para essa maldição, mas você vai ter que encarar um final não muito positivo. Da mesma forma, vai ser possível acabar a história agindo como um verdadeiro pacifista e só matando inimigos agressivos - o que, em contrapartida, aumenta em muito o nível de dificuldade e pode exigir uma boa dose de ¨grinding¨.

Uma aventura promissora

Vampyr é o tipo de game que eu realmente gosto, exigindo mais inteligência e observação do que reflexos rápidos para ser aproveitado de maneira satisfatória. Os gráficos do game podem não ser os mais bonitos mais vistos, mas a atenção aos detalhes se faz presente em outros sentidos: respeitando obras clássicas do gênero, a produtora impede que o jogador entre em qualquer casa para a qual ele não foi convidado (algo que é ignorando em muitos produtos com a temática vampiresca).

Com lançamento programado ainda para 2017, o título tem tudo para estabelecer de vez a DontNod como um nome a se respeitar na concorrida indústria dos games. Mal posso esperar para finalmente poderir conferir em minhas próprias mãos (e não somente em vídeo) essa aventura que deve durar entre 15 a 20 horas, dependendo do grau de imersão que o jogador decidir dedicar ao game.

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