Jogamos na E3: Agents of Mayhem é muito mais do que um Saints Row 2.0

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Quando Agents of Mayhem foi anunciado, tive a impressão de que a Volition estava fazendo somente um novo Saints Row com uma cara ligeiramente nova. Felizmente, as informações divulgadas durante os meses seguintes e a demonstração que a empresa trouxe para a E3 2017 provaram que eu estava errado e que a empresa não está contente a fazer somente mais do mesmo.

A demonstração exibida durante a conferência se foca em um dos novos vilões do game e mostra como funciona o loop das missões. Antes de partir para o objetivo definido, o jogador tem que definir uma equipe de 3 personagens (dentre 12 disponíveis) que serão encarregado de cumpri-lo, sendo que cada um deles possui poderes e um passado definido.

Conforme a produtora Katherine Nelson explicou, a Volition se preocupou em definir tanto poderes únicos a cada personagem quanto uma história bem amarrada para cada um deles. Ao assistir duas das animações sugeridas por ela, vi que esse objetivo parece ter sido comprido e a desenvolvedora foi bem sucedida em capturar o espírito típico aos desenhos dos anos 80.

Experiência mais contida

Quando Saints Row incorporou poderes de super-heróis à sua mecânica e fez com que carros e armas se tornassem basicamente inúteis, parecia que não havia mais para onde ir. A Volition parece ter reconhecido isso e, sabiamente, “puxou o freio” na hora de criar Agents of Mayhem — o que está longe de ser algo ruim.

Ao criar uma experiência mais pé no chão, a companhia conseguiu se focar em cumprir muito bem sua proposta. A sensação de atirar é muito mais prazerosa do que em qualquer Saints Row, e sua mira finalmente tem a precisão necessária para que um jogo tão dependente de tiros funcione de maneira prazerosa.

ao acionar os poderes especiais de cada herói ainda há muita luz e explosões tomando a tela

Os exageros pelos quais a companhia ficou conhecida continuam ali, mas em uma escala um pouco mais contida. Não dá mais para simplesmente sair voando pelas cidades, arrastando carros no caminho de sua decolagem, mas ao acionar os poderes especiais de cada herói ainda há muita luz e explosões tomando a tela.

Cada um dos personagens possui uma especialização e três habilidades próprias, sendo que algumas delas são passivas — na missão que joguei, Nelson sabiamente recomendou que eu levasse um hacker, o que se provou útil mais tarde. As mais impactantes — e legais de assistir — são aquelas que você aciona quando já fez caos o suficiente durante uma missão ou andança pela cidade.

Humor de alta qualidade

O que é facilmente reconhecível para quem já jogou os projetos anteriores da Volition é o tipo de humor adotado pela companhia. Ao entrar em uma missão, os membros de seu time (tanto os presentes na equipe quanto os que ficaram na base) fazem algum tipo de comentário, e há conversas muito engraçadas em diversos momentos — muitas delas protagonizadas pela inteligência artificial de seu carro.

Esse claramente não é um jogo para crianças: embora tenha a cara de um desenho dos anos 80, Agents of Mayhem é para quem era aquele novo naquela época, usando a nostalgia como uma forma de explicitar as intenções de sua história e para fazer piadas. Usando muito sarcasmo, a companhia consegue criar personagens muito divertidos e vilões deliciosamente detestáveis.

Meu alvo da demonstração, August Gaunt, era uma espécie de Steve Jobs com o ego configurado para um nível extremo. Responsável por criar gadgets altamente desejados, ele virou alvo de campanhas publicitárias e, como um bom vilão, usa o desejo relacionado a suas criações como arma para, literalmente, dominar a cabeça de seus fãs.

Mesmo que o game indique onde ir para encontrar seu alvo, a liberdade fornecida por ele é grande em todos os momentos. Em meio à missão, eu poderia ter decidido destruir uma base inimiga ou enfrentar um dos grandes titãs de ferro que meus inimigos enviam quando sentem que meu poder cresceu demais — que proporcionam algumas das lutas mais legais e difíceis do game.

Feito para jogar muitas vezes

Oferecendo uma campanha principal que dura entre 20 e 25 horas, Agents of Mayhem é o tipo de jogo feito para jogar múltiplas vezes — e sobram estímulos para isso. Cada um dos 12 personagens evolui de forma distinta, o que significa que aqueles que ficam na base não crescem (embora exista certos ajustes que não o tornem inúteis em fases mais avançadas).

Além disso, inspirada em Diablo III, a companhia criou um sistema de dificuldade que premia com mais experiência e itens aqueles que decidirem tornar as missões mais difíceis. Segundo Nelson, assim que a aventura principal é finalizada, o jogador pode escolher livremente entre qualquer missão anterior e refazê-la (e um sistema de fases procedurais ajuda a manter a experiência fresca).

Devo afirmar que essas opções são bastante úteis, até porque, depois de aproximadamente 1 hora jogando o game, minha vontade era simplesmente continuar aquela experiência (algo que o ambiente de uma E3 infelizmente não permitiu). Felizmente não vou ter que esperar muito para conferir a aventura completa, já que Agents of Mayhem chega ao Xbox One, PlayStation 4 e PC no dia 15 de agosto deste ano.

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