Jogamos: Final Fantasy XII The Zodiac Age é uma bela promessa para julho

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Diferentemente de muitas pessoas que tiveram contato com Final Fantasy XII em 2006, eu fui com a cabeça muito aberta para essa nova experiência. Desde os primeiros minutos do game, eu amei absolutamente tudo que encontrei: desde a ambientação ao sistema de combate. Como todo jogo, ele tinha seus altos e baixos, mas acho que se tornou o meu Final Fantasy predileto ao longo dos anos.

Eu já estou com a cópia de Final Fantasy XII: The Zodiac Age e, até o momento, tenho acumulando horas de diversão. Entretanto, esta não é uma análise em progresso, mas sim um preview. E qual é a diferença? Basicamente, por conta de embargos, não poderei mencionar algumas coisas por aqui, que só aparecerão no texto final (que entra na semana que vem).

Portanto, esse texto abordará os aspectos técnicos e, por tabela, um pouco das minhas impressões do que achei das primeiras três/quatro horas do jogo. Sem mais demoras, vamos ao que interessa.

Final Fantasy XII é muito melhor do que você se lembra: dê uma chance

Como qualquer mudança em algo enraizado, Final Fantasy XII fez muitos fãs torcerem o nariz na época, já que era o primeiro (com exceção do XI, que era online) a sair do sistema emblemático de turnos que, para muitos, é o que define um Final Fantasy. O impacto da época pode ter chocado muita gente, mas hoje, com diversos títulos da franquia que saem do padrão (como Final Fantasy XIII e XV), você verá que Final Fantasy XII é uma gema preciosa que passou batida por muita gente.

Final Fantasy XII é um dos jogos mais subestimados da era PS2 e a remasterização traz conteúdo inédito

Vou mencionar por cima alguns elementos do game, mas esse não é o foco, pois o que mais importa são as mudanças e o trabalho realizado na remasterização do jogo. Para quem não se lembra, o sistema de combate do jogo é aberto e não depende de turnos, apesar de ter a barra ATB, além de novas mecânicas, como os Gambits, que são automatizações do combate, e o quadro de licenças, que posteriormente foi reformulado para ser parecido com um sistema de classes.

Final Fantasy XII é muito aberto desde o começo da aventura, e esse é um dos méritos mais incríveis do jogo: a sensação de liberdade é bem grande, mesmo que você tenha que seguir algumas quests lineares nos primeiros minutos. Essa exploração em grandes cenários é um dos maiores destaques do título, e ela está ainda mais agradável desta vez.

Incrementos exclusivos da remasterização

Como uma exploração pode ficar mais agradável? Final Fantasy XII tem mapas bem grandes e cenários extensos, algo que poderia complicar entre uma quest e outra (já que, para salvar o jogo, é preciso encontrar um cristal). Para ajudar nisso, a equipe implementou um sistema que aumenta a velocidade do game, como em um emulador, ideal para atravessar longas distâncias, para grindar ou simplesmente para matar repetidamente um mesmo inimigo e aumentar as chances de loot. Para ativá-lo, é só apertar o L1, que acelera quatro vezes a velocidade e não distorce as músicas.

Em Final Fantasy XII The Zodiac Age, há um botão que acelera o tempo, igual a emuladores

O exemplo acima é bacana, mas é apenas um de muitos. A Square Enix realmente deu atenção ao jogo e não fez apenas um upscale de resolução. Há novos inimigos, 18 novas armas, balanceamento na aparição de baús (eles aparecem 1,5 vezes mais e se respawnam com apenas um cenário de distância, diferente do modelo anterior, que requeria três) e muito mais.

Galeria 1

Muitas das novidades refletem diretamente no gameplay também, tornando o que já era bom em algo ainda melhor. Os Quickenings (os limit breaks do game) foram reformulados e não requerem mais MP, é possível ver o minimapa expandido na tela, recompensas diferenciadas para as caçadas e a adição do novo modo Trial, que traz uma série de desafios para prolongar a vida do game e desafiar os jogadores que já estão com um set de armas bom (ele é acessado pelo menu principal, mas não podemos detalhar muito sobre ele ainda). Além disso, algumas novidades em relação à versão japonesa foram alteradas, mas falarei abaixo.

Novidades pela primeira vez no Ocidente

Apesar de ser um game de 2006 para PlayStation 2, Final Fantasy XII: The Zodiac Age chega com conteúdo inédito no PlayStation 4. A não ser que você tenha adquirido uma cópia japonesa da versão International do game original, provavelmente não jogou a experiência diferenciada dos nipônicos.

Basicamente, a versão International mudou um alicerce do game original, alterando o sistema de licenças e trazendo uma dinâmica de classes, igual ao que acontecia nos primórdios da série. Portanto, é a primeira vez que o Ocidente pode experimentar Final Fantasy XII por uma perspectiva e de uma forma bem diferentes.

Porém, The Zodiac Age mexe ainda mais na mistura e altera esse sistema inédito por aqui. Acontece o seguinte: a versão japonesa permitia que cada personagem assumisse um job entre 12, e isso ficaria fixo para sempre. Em outras palavras, todos os seis protagonistas teriam apenas seis jobs, o que significa que metade dos 12 nunca seriam utilizados. Porém, isso muda na versão remasterizada.

International Zodiac Job System que traz classes ao game

Dessa vez, cada personagem pode ter até dois jobs distintos, mas somente um pode ser selecionado no começo da campanha. Essa é apenas uma das coisas novas que eram exclusivas do Japão, mas muitos outros refinamentos foram feitos para alterar ainda mais a jogabilidade. Final Fantasy XII The Zodiac Age é quase uma terceira versão do mesmo título.

Gráficos incríveis e dignos de um remaster de qualidade

Bom, outro aspecto que vale o destaque (e que destaque!) são os gráficos de Final Fantasy XII The Zodiac Age. Confesso: quando foi anunciado, pensei que se tratava de um upscale com poucas melhorias, mas basta algumas horas na frente da tela para perceber que houve um retrabalho bem maior do que o esperado.

O título segue o mesmo nível de qualidade apresentado em Final Fantasy X HD Remaster: alta resolução, melhorias em modelos 3D e refinamentos muito aparentes em texturas e outros efeitos, como motion blur, profundidade de campo e anti-aliasing. Pode ter certeza: mesmo emulando em 1080p no PC, você não terá o suporte ao widescreen e todos os efeitos gráficos refeitos (sem contar todo o conteúdo extra, claro).

Outro aspecto fenomenal que foi produzido mais uma vez do zero é a trilha sonora. Veja bem, não são faixas regravadas ou remixadas, mas sim refeitas por uma orquestra. Sim, a Square pensou nos mínimos detalhes. A parte audiovisual é soberba e, muitas vezes, é fácil esquecer que se trata de um game da era PS2.

Pode ter certeza: a qualidade supera em algumas vezes a emulação em Full HD no PC

Essa foi apenas uma amostra do que posso falar por ora, mas uma coisa devo ressaltar: se você está entre jogar Final Fantasy XII mais uma vez em um emulador ou pegar a versão de PS4, vá sem dúvidas nessa nova edição. Dezenas de adições, retrabalho nas mecânicas, trilha reorquestrada e muito, muito mais. Essa soma cria quase um jogo inédito. Não se enganem: Final Fantasy XII The Zodiac Age não é um mero remaster comum. Por enquanto, só podemos falar isso sobre o jogo por causa de embargo, mas na semana que vem traremos a análise completa.

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