Criador de BioShock elogia as mudanças de Zelda: Breath of the Wild

Responsável pela criação de BioShock, Ken Levine é um dos nomes mais importantes da indústria de games, já tendo deixado sua contribuição em games como Thief e System Shocks 2. Atualmente desenvolvendo um game misterioso junto com a Ghost Story Games, ele concedeu recentemente uma entrevista à Polygon na qual fez diversos elogias às mudanças que a Nintendo trouxe para The Legend of Zelda: Breath of the Wild.

Segundo ele, a empresa acertou a criar um jogo que é “um elo ao nosso passado, mas não uma repetição dele”. Levine explica que, embora os visuais da série tenham mudado com o passar do tempo, o sentimento transmitido por cada capítulo era bastante semelhante aos demais — algo que se prolongou por mais de 30 anos.

“E então você liga Breath of the Wild. Comparado aos outros jogos da série, esse joga você em uma versão de Hyrule para a geração atual sem uma longa sequência de narrativa. Ele abre generosamente o mundo para você, em vez de fazer isso em pedaços dignos de uma mordida. Você não pode ter todo o dungeon de lava até comer todo o dungeon de gelo!”.

Ligação com o passado

Levine acredita que a mudança foi tanta que a Nintendo não pode mais voltar à fórmula dos antigos Zelda, e que confiar demais em fórmulas antigas é algo perigoso. “A vontade de retornar a antigos sucessos é poderosa. Mas as coisas que nós fizemos podem virar tumbas nas quais nos enterramos”, alertou.

“um elo ao nosso passado, mas não uma repetição dele”

“Eu me sinto compelido a aplaudir o time de Breath of the Wild não somente por sua visão, mas pela coragem que eles tiveram de mexer com uma fórmula consagrada pelo tempo. É fácil mudar pela vontade de mudança. É realmente difícil conseguir fazer isso da forma certa. A vitória de Breath of the Wild é multifacetada. Você pode ver isso na direção de arte com nuances. Você pode ouvir isso no design de som meticuloso. Você pode sentir isso nos sistemas bem afinados. Mas o que torna ele uma obra de arte é que é um elo para nosso passado, mas não uma repetição dele”, finaliza o diretor de BioShock.