Normas mais taxativas ameaçam eSport filipino

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O eSport filipino sofreu um duro golpe recentemente com a assinatura de mais uma resolução do Games and Amusement Board (GAB). Segundo o site Compete, a resolução estabelece um limite de premiação total (prize pool) nos eventos de eSport isenta de taxas; ao ultrapassá-lo, os organizadores deverão fornecer 3% da arrecadação. Além disso, deverão ser feitos testes antidoping obrigatórios para THC e metanfetaminas. A resolução também diz respeito aos jogadores, que deverão ter licenças profissionais para disputar os campeonatos, o que acarreta ainda mais custos.

Sem dúvida, essas burocracias e taxas preocupam todos no cenário. Em entrevista ao Compete, Franz "d3v" Co, um dos organizadores por trás do torneio filipino Manila Cup, fala sobre as implicações desta iniciativa: "a resolução ameaça as grandes empresas locais, já que todos os concorrentes podem ser obrigados a obter uma licença como profissional; esta é uma coisa ruim para os eventos de jogos de luta, uma vez que a maioria dos nossos participantes não são 'profissionais' e simplesmente estão lá para a experiência e para jogar".

O país vinha ganhando os holofotes do competitivo no gênero de luta com circuitos profissionais Capcom Pro Tour e Tekken World Tour. Todo esse aumento da burocracia no país afasta o interesse internacional nos circuitos, como com Dota 2 no começo do mês, onde a Valve retirou o status de Major do torneio Galaxy Battles Dota 2 por conta das duras políticas governamentais de testes de drogas.

Com todas essas normativas restritivas, o futuro do eSport filipino segue incerto: "ninguém envolvido na comunidade do jogo de luta foi consultado sobre isso", acrescentou Franz "d3v" Co. "Parece que tivemos o tapete puxado, especialmente depois de todo nosso progresso", completa.

A situação filipina quanto a normas governamentais tão taxativas traz à tona a situação brasileira, já que o Senado quer analisar a situação do esporte eletrônico em terras tupiniquins. Em síntese, a PLS 383/2017 visa garantir a liberdade da prática no país, bem como estimular a boa convivência entre os atletas, o fair play e o combate a discursos de ódio divulgados através de jogos. O projeto, que ainda está em tramitação, divide opiniões. Apesar das ideias nobres, existe muito receio de que a iniciativa suprima todo um cenário em latente ascensão no país.

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