Um dia após a Quantic Dream divulgar um comunicado em que se diz vítima de uma campanha de difamação, mais problemas surgem para a desenvolvedora de Detroit: Become Human. O Conselho de Paris divulgou um documento sobre a “cultura tóxica” da desenvolvedora no qual afirma que vai investigar a quantidade de financiamento público usado por ela.
O documento critica as fotomontagens que teriam circulado pela empresa, bem como seu processo de demissão “extremamente questionável” e a pressão feita sobre funcionários para que eles trabalhem além dos horários estipulados. A intenção é fazer com que companhias que não respeitem certas regras de conduta tenham que devolver ao estado qualquer espécie de financiamento público que tenham recebido.
“A cidade não deve tolerar que, no uso do dinheiro público, uma companhia desafie o respeito às leis trabalhistas e participe de atos racistas, sexistas e fotomontagens antissemitas, que devem ser consideradas ofensas”, afirma o Conselho. O documento também afirma que o respeito às leis deve ser exigido, mesmo entre companhias que participam de “culturas inovadoras”, nas quais comportamentos tóxicos acabam se tornando lugar comum.
Segundo Danielle Simmonet, do Partido de Esquerda, a Quantic Dream recebe diversos incentivos que incluem isenções de impostos e dinheiro para estimular o desenvolvimento de produtos. O Conselho agora quer saber os valores exatos recebidos por ela, que podem ser usados como base para a criação de cláusulas de reembolso que passem a funcionar no caso de situações semelhantes se repetirem no futuro.
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