No mais recente documentário do canal No Clip, a equipe de desenvolvimento de Warframe explicou as lições que aprendeu ao desenvolver um game free to play baseado em microtransações. Segundo os criadores, a intenção sempre foi criar uma experiência divertida e que não incentivasse os jogadores a gastar dinheiro demais com isso.
“O princípio que nos guia é tentar não incentivá-los para que eles não tenham que fazer muito grind para ter algo, mas também dar a eles variedade suficiente para que conseguir esses recursos seja interessante”, explicou o gerente do estúdio, Sheldon Carter. Segundo ele, isso inclui até mesmo remover certas microtransações caso os desenvolvedores sintam que ela estão sendo usadas mais vezes do que o desejado.
Exemplo disso aconteceu quando o jogo introduziu os Kubrows, mascotes virtuais que podem ajudar você em uma missão. Segundo explica Carter, os jogadores podiam pagar US$ 0,67 para alterar o padrão dos pelos da criatura, em um sistema que funciona de forma um tanto aleatória — algo que teve consequências inesperadas.
“Vimos um cara usando isso umas 200 vezes”, afirmou Carter. “E foi algo como ‘oh meu Deus, o que fizemos. Criamos uma máquina caça-níqueis’. Então, você sabe, levou alguns dias para tirarmos isso — um dia, um dia e meio. Esse é um grande arrependimento”, afirmou o gerente, que explicou que, embora o recurso tenha se mostrado bastante lucrativo, ele ia completamente contra o que Warframe pretendia ser.
Situações como essa explicam a percepção positiva que o game tem no mercado free to play, no qual microtransações randômicas (conhecidas como mecânicas de “gacha”) são bastante comuns. No geral, Warframe oferece pagamentos para acelerar a obtenção de itens cosméticos, mas permite que os jogadores se divirtam e aumentem seus inventários de forma natural, mesmo que isso exija uma boa dedicação de tempo em alguns casos.
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