Anthem: vimos de pertinho um gameplay cooperativo que desafia a BioWare

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O embalo da E3 2018 está só começando. E o pontapé inicial do período mais quente do ano na indústria de video games foi dado na EA Play, o evento que a publisher tradicionalmente realiza durante a E3 para apresentar seus produtos. Anthem estava entre eles.

Infelizmente, o título ainda não estava jogável, mas nós pudemos checar uma apresentação de quase meia hora recheada de gameplay que mostrou, sobretudo, o caráter cooperativo da aventura – que até desafia, de certa forma, a cartilha da própria BioWare, que assina o desenvolvimento.

Lindo e robusto, mas moderemos o hype

Todo projeto da BioWare é vendido como o “mais ambicioso do estúdio”. Na verdade, essa é uma premissa que povoa qualquer desenvolvedora, pois oras, todo trabalho novo deve ser melhor que os anteriores mesmo, correto?

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Assim sendo, é seguro afirmar, a essa altura do campeonato, que Anthem trará uma abordagem diferente daquilo a que estamos acostumados das receitas que a BioWare embute em suas experiências. Geralmente, os RPGs dela são densos, lentos, carregados, demoram a engrenar, lotados de textos e diálogos. O primeiro Mass Effect é um clássico “BioWare raiz”, assim como Dragon Age, enquanto as sequências apelaram a um público maior ao colocarem grandes doses às mecânicas de ação.

Anthem é definido pela equipe como um “RPG de ação cooperativo social” e, logo de cara, coloca os jogadores no olho do furacão sem poupar testosterona. O gameplay que conferimos mostrou quatro pessoas jogando cooperativamente, sem nenhum tipo de fraude ou pré-gravação; tudo foi ensaiado e apresentado em tempo real aos visitantes.

O ingrediente de Destiny: tem mesmo?

Tem, e muito. A movimentação de ritmo médio se combina a personagens futuristas em cenários naturais, naquilo que, em diversas ocasiões, remete ao Avatar de James Cameron ou até mesmo a Jurassic Park; a sensação de caminhar com os amigos por ambientes assim parece ser deliciosa. Florestas, cavernas, cachoeiras e outros locais inóspitos se entrelaçam com robôs futuristas que são bem diferentes dos de Horizon: Zero Dawn.

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O tiroteio é funcional: mire e atire sobre os ombros, pule enquanto dispara, use a esquiva com sabedoria e veja números pipocando na tela quando suas balas atingirem os inimigos – idêntico ao que acontece em Destiny. Esses números representam a quantidade de dano incidida nos adversários. Recurso que não é novidade, mas continua eficiente.

Há ondas e enxames de criaturas que parecem atacar em maior número quando a jogatina está rolando entre amigos – de acordo com a BioWare, o algoritmo da inteligência artificial foi um dos mais complexos durante o desenvolvimento. Ela se configura de acordo com a quantidade de players desbravando a jornada juntos.

Vimos cavernas adornadas por algas e criaturas marinhas, coelhos com mais de duas orelhas, animais quadrúpedes e outros que integram um rico ecossistema. Ao explorar esses cenários, existe uma imersão convidativa. Ao final da demonstração, uma aranha gigante protegia a região. Era o boss. Foi muito legal ver os quatro jogadores bolando estratégias que, no final das contas, se resumiram a um longo tiroteio – tiros na bunda da aranha, na cabeça, na barriga e nas patas. Até a barra de energia dos oponentes é semelhante à de Destiny.

Anthem é grande, é ambicioso e pode, sim, representar o próximo grande passo da BioWare, que resguarda um currículo exemplar, de poucos deslizes. Já está na hora de deixar o fantasma de Mass Effect Andromeda pra trás.

Anthem será lançado no dia 22 de fevereiro de 2019 para PS4, Xbox One e PC. O Voxel segue na cobertura completa da E3 2018.

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