Embora nada impeça que um game que receba notas baixas venda milhões de cópias, a Capcom prefere que um produto venda menos, mas tenha reviews com pontuações mais altas. Segundo o COO da empresa, Stuart Turner, a empresa se preocupa tanto em atender aos desejos de acionistas (que gostam de boas vendas) quanto ao propósito de criar jogos com elementos artísticos fortes.
“Enquanto temos acionistas a agradar, não se trata só da performance comercial”, afirmou Turner à Games Industry. “Há um elemento artístico que sempre surge e que ajuda a saber qual é a maneira certa. Enquanto comparamos os números absolutos de RE 7 a RE 6 e eles não são os mesmos, em termos de rendimento... é algo completamente ok. Ele marcou todas as caixas internamente. Ele foi muito bem recebido”.
Visão a longo prazo
“Em alguns aspectos, ter notas de review muito boas conta tanto para a Capcom quanto um game que vendeu milhões e milhões e milhões. Preferimos que um game que recebeu um 9 venda menos, do que um 6 que vendeu mais”, complementa o executivo. O exemplo de Resident Evil 7 é claro: apesar de ter sido mais bem-recebido do que seu antecessor, ele vendeu menos cópias (5,1 milhões até o momento, contra 7,1 milhões de RE 6).
"Preferimos que um game que recebeu um 9 venda menos, do que um 6 que vendeu mais”
Segundo o diretor de marketing Antoine Molant, a Capcom atualmente está menos focada em vendas de “Dia 1” e consegue enxergar melhor o longo prazo. “E nesse caso RE 7 está tendo um desempenho ótimo. Mesmo agora, quase dois anos, ainda é um título de destaque da realidade virtual. Isso ajuda o game a continuar vendendo”.
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