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Cosplayer diz ter sido torturado por seguranças durante a Brasil Game Show

Segundo o cosplayer, dois seguranças do evento o torturaram por 40 minutos em sala isolada do evento

schedule18/10/2019, às 12:35

Cosplayer diz ter sido torturado por seguranças durante a Brasil Game ShowFonte:

Imagem de Cosplayer diz ter sido torturado por seguranças durante a Brasil Game Show no voxel

Atualização no fim da matéria*

A Brasil Game Show aconteceu durante a segunda semana de outubro, no Expocenter Norte, em São Paulo. Michael Giordano Martins Pereira, 34 anos, cosplayer de Coringa, visitou a feira no domingo e alega ter sido torturado por dois seguranças em uma sala isolada de um dos pavilhões do evento.

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Em vários vídeos divulgados em sua rede social no Facebook, Giordano explica que pediu para sair da feira e retocar a maquiagem do cosplay em seu carro, que se encontrava no estacionamento em frente ao Expocenter. Antes de sair, o visitante diz ter certificado com os seguranças se poderia retornar ao evento, mas ao retornar, o cosplayer alega ter sido barrado.

Em meio a confusão, dois seguranças o surpreenderam e disseram que não poderia entrar. Segundo o cosplayer, lhe deram um mata-leão e o arrastaram para uma sala isolada do evento, onde mais tarde foi torturado durante quarenta minutos pelos mesmos seguranças que o abordaram na entrada. De acordo com o relato de Giordano, as agressões foram desde chutes e pontapés até ameaças de estupro.

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Em seu perfil do Facebook, Giordano diz que até 12 seguranças diferentes o torturaram e, mesmo pedindo ajuda, as ameaças continuaram. Entre as fotos publicadas, há um laudo médico de Michael Giordano em que aponta todos os ferimentos sofridos.

O cosplayer foi hospitalizado no domingo (13), dia das agressões, e saiu na última terça (15), com uma costela fraturada, nove costelas trincadas e o pulmão perfurado. De acordo com o R7, Giordano registrou um boletim de ocorrência na última quarta-feira (16), no 74° DP (Parada de Taipas), de lesão corporal e roubo de seus equipamentos do cosplay.

Posicionamento oficial da Brasil Game Show sobre as agressões

A equipe do Voxel entrou em contato com assessoria de imprensa do evento, segue abaixo a nota de esclarecimento oficial:

"A BGS lamenta profundamente que, após mais uma edição de sucesso, em que cerca de 300 mil visitantes se divertiram ao lado de seus amigos e familiares, o evento seja envolvido em uma denúncia de agressão e violência contra um cosplayer. Desde segunda-feira, quando a BGS foi procurada pela advogada Daniela Conti, representando o senhor Michael Giordano Martins Pereira, estamos debruçados sobre o caso para, com a devida cautela, apurar e colaborar com os órgãos competentes para a elucidação dos fatos, sem julgamentos precipitados que possam comprometer os envolvidos, sejam o denunciante, os denunciados e a Brasil Game Show".

*[Atualizado]: a BGS soltou um comunicado oficial público em seu site. Confira:

"Desde segunda-feira, quando a BGS foi procurada pela advogada Daniela Conti, representando o cosplayer Michael Giordano Martins Pereira, nos debruçamos sobre o caso para entender os fatos e, de maneira responsável, adotar medidas justas com todos os envolvidos.

Quem conhece a história da BGS sabe que nossa postura é de respeito e acolhimento, seja com as comunidades gamers, de cosplayers e de influenciadores, seja com nossos parceiros, fornecedores, prestadores de serviço etc. Não seria, portanto, num caso com a gravidade relatada, que tomaríamos alguma decisão precipitada ou leviana. Preferimos arcar com o ônus de uma resposta supostamente tardia a, apressadamente, apontar culpados.

E é em respeito ao público fã da BGS e a todos que nos acompanham nessas 12 edições, que agora informamos que a empresa de segurança terceirizada envolvida no caso teve o seu contrato suspenso até a completa apuração dos fatos e estamos buscando todas as provas para punir os culpados com todo o rigor da lei. Sabemos que isso não apaga ou sequer diminui os transtornos causados ao cosplayer Michael, e já estamos em contato com sua representante legal para auxiliar em tudo o que for necessário.

A BGS sempre vai buscar a paz pois é o ponto de encontro de crianças, jovens, adultos e famílias que têm nos games uma forma saudável de união e diversão. Não incentivamos, aprovamos ou endossamos nenhum tipo de agressão física ou moral. Independente das circunstâncias, comportamentos violentos são inaceitáveis e absolutamente incompatíveis com os valores da BGS."

O Voxel já entrou em contato com Michael Giordano para mais esclarecimentos e atualizará a matéria caso qualquer novidade do assunto surja.

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