menu
Logotipo do TecMundochevron_right
Logo Voxel
Voxel

Project Sylpheed tenta resgatar um gênero que há muito não faz sucesso.

schedule04/10/2007, às 05:43

Simuladores de combates espaciais não são tão populares no universo dos games atualmente quanto já foram algum dia. Nos anos noventa, títulos como Wing Commander e Star Fox faziam parte da lista dos títulos favoritos de grande parte dos jogadores. Mas a fórmula que parecia completamente inovadora e até complexa logo se tornou simples e desgastada e, dentre os desenvolvedores que insistiram em utilizá-la, poucos conseguiram fazê-lo com sucesso.

Vendo no Xbox 360 um potencial para a criação de gráficos mais sofisticados e efeitos visuais impressionantes, a Square Enix resolveu apostar no já desgastado gênero, com o jogo de combates espaciais Project Sylpheed. Embora tenha introduzido um conceito de anime ao gênero, a essência da fórmula já conhecida no gênero é mantida, enquanto as mecânicas parecem ter sido tiradas de algum jogo de meados dos anos 90.

Uma guerra estelar

Em um futuro distante, os terráqueos colonizaram a galáxia, causando a revolta dos ADAN, um grupo de humanos contrário à “tirania da Terra”. Os conflitos entre as forças terráqueas e o grupo de resistência é constante; invasões, atentados e ataques fazem parte da rotina das forças da Terra e do ADAN.

undefined Nesse cenário, dois melhores amigos, Katana e Margras, são separados devido à instabilidade do planeta Acheron — terra natal de Margras. Como ambos eram ótimos pilotos, o destino acaba se encarregando de transformar melhores amigos em piores inimigos; Katana serve agora às forças terráqueas, enquanto Margras, após ser condenado ao exílio, junta-se ao grupo de resistência ADAN.

Você assume o papel de Katana, que ainda antes de provar suas habilidades como piloto, é colocado em campo de batalha para defender a Terra das invasões impiedosas da ADAN, lideradas por seu antigo melhor amigo, Margras.

Entre as estrelas

Project Sylpheed é basicamente o que é possível se esperar de um jogo de naves, porém, nada além disso. O jogador assume o controle de uma nave recheada de armas e com a capacidade de realizar manobras rápidas e certeiras. As armas vão de mísseis seguidores a metralhadoras (considerada uma arma de nariz, acionada por um botão diferente).

Nem sempre acertar um inimigo é uma tarefa fácil, visto que há tantos rastros, centelhas e explosões nas áreas onde as batalhas ocorrem que a princípio fica difícil identificar
undefined uma nave adversária a menos que ele esteja realmente perto de você. Felizmente, o rastro deixado pelos jatos inimigos são distinguidos por uma cor diferente.

Outro fator bastante presente que ajuda a localização do jogador são os elementos dispostos na tela (os chamados HUD). Através deles, é possível saber onde está seu objetivo e qual o próximo alvo (definido pelo jogo aparentemente sem nenhum critério). Além disso, características como o nível de vida, escudo e aquecimento da nave são medidos na parte inferior da tela, junto a um pequeno e confuso radar.

No final das contas, a maior parte dos mostradores na tela não têm muita utilidade. Saber exatamente onde seus inimigos estão nem sempre é necessário, afinal, o dano que eles inflingem sobre você é mínimo e geralmente seu escudo se encarrega de absorvê-lo — o escudo é limitado, mas recupera-se sozinho com o tempo.

Na verdade, não há muito o que se fazer em Project Sylpheed além de mirar mísseis seguidores em uma série de adversários e lançá-los. Alguns objetivos, como destruir mísseis ou proteger determinada unidade, podem tomar um pouco da sua atenção, mas no geral, não o jogo não lhe exige muito raciocínio ou extrema .

Embora o título apresente três níveis de dificuldade diferente, jogar nos níveis mais elevados não é mais desafiante ou recompensador, embora seja efetivamente uma tarefa mais difícil. Após adquirir certa intimidade com a mecânica e os controles do game, tudo se torna muito mecânico e automático.

Assumindo o controle


A mecânica de Project Sylpheed é simples, embora o esquema de controles possa parecer complicado à primeira vista. Há um tutorial para explicar a função de cada comando disponível, entretanto, ele não cumpre adequadamente sua função e ainda assim tudo fica bastante confuso no começo. Há botões com mais de uma função (como é o caso do Y, que ativa três tipos de especiais, um muito diferente do outro) que podem confundir o jogador, entretanto, logo após descobrir que nem a metade deles é necessária, tudo fica mais fácil.

À sua disposição há basicamente dois botões de ataque — um para a arma principal, outro para a chamada arma de nariz (uma espécie de metralhadora, mais fraca, porém mais rápida), acionados pelo LB e RB, respectivamente. Junto ao gatilho direito (utilizado para aumentar a velocidade da nave) estes são os comandos mais usados durante os confrontos com o inimigo.

Mas não é só na implementação de uma série de comandos inúteis que Project Sylpheed peca. Embora o controle da nave não seja exatamente ruim, não raramente você se depara com paredes invisíveis quando chega perto de algumas naves maiores; isso quando você as enxerga, pois nem sempre a poluição visual constante do jogo torna isto uma tarefa fácil.

Explosões cósmicas


Embora Project Sylpheed apresente gráficos interessantes, com efeitos visuais muito bons, a poluição visual acaba tornando difícil a assimilação dos elementos dispostos na tela. Os HUD (mostradores em tela) são predominantes e, somados aos diversos rastros e explosões, acabam tornando tudo muito confuso.

Mas o pior acontece quando muitas naves se amontoam na mesma área: a taxa de quadros por segundo cai bastante, chegando a comprometer consideravelmente a
undefined jogabilidade. A instabilidade da taxa de quadros por segundo chega, em alguns momentos, até a dificultar o controle da nave.

As animações que antecedem as missões são de qualidade e levam à tona o aspecto anime do jogo. Entretanto, os diálogos, dignos de um anime traduzido, são um pouco exagerados e infantis. O elenco do game também remetem bastante ao estereótipo do anime, com cabelos coloridos e chamativos e personagens andrógenos; alguns deles, bastante irritantes também.

Os diálogos ocorrem durante o jogo em si também, entretanto, o mais natural é ignorá-lo, pois os próprios efeitos sonoros são mais interessantes e cumprem melhor o seu papel. A trilha sonora, por sua vez, remete bastante a um padrão comumente utilizado em jogos mais antigos, o que é absolutamente condizente com a proposta do jogo.

Em um futuro distante...


Embora Project Sylpheed seja um dos únicos games de batalhas espaciais lançado nos consoles mais atuais, o gênero já não é mais tão popular quanto um dia já foi. A jogabilidade demasiadamente simples e as mecânicas características do estilo do jogo podem não agradar à maior parte dos jogadores, enquanto outros problemas acabam fazendo do game ainda menos

smart_display

Nossos vídeos em destaque

star

Continue por aqui