Testamos Humankind, o novo e promissor 4x da Amplitude Studios

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Imagem: Amplitude Studios

Humankind, o novo jogo da Amplitude Studios, é um prato cheio para quem curte jogos no estilo 4x (explorar, expandir, extrair e exterminar). Esteja você em busca de mecânicas divertidas, uma densa aula de história com muito material para ler, ou um ciclo de jogabilidade gratificante, que premia revisitar a campanha em busca da melhor pontuação e de ver rotas ramificadas, esse é um jogo que merece ficar no seu radar.

A convite da SEGA, fomos convidados a testar com exclusividade as primeiras duas horas da campanha do jogo, que ainda está em uma build relativamente distante do produto final, previsto para ser lançado em 2021 apenas nos computadores. Ainda assim, o que jogamos já dava uma boa ideia do grande potencial que cerca esse ousado projeto.

Por fama e glória!

Um dos maiores diferencias de Humankind em relação aos seus concorrentes mais diretos, como a franquia Civilization, é o foco na mecânica de "Fama", exposta em tempo integral no canto superior esquerdo da tela. Como líder da sociedade, sua missão é justamente trabalhar o tempo todo para deixar uma marca notável no mundo e ser eternizado nos livros de história.

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Há vários caminhos possíveis para fazer isso, desde construir Maravilhas, monumentos que atestam a grandeza de sua civilização, até conquistar territórios, expandir suas fronteiras, exterminar seus concorrentes ou se tornar uma potência e referência em rotas de comércio. Investir em descobertas científicas e se tornar um bastião do conhecimento também é uma rota possível, então você pode ser tão pacifista ou agressivo quanto desejar, não há uma única rota para o triunfo.

Progresso por Turnos e Eras

Sua jornada por Humankind começa de forma bem humilde, controlando um pequeno grupo de nômades no período Neolítico em uma terra inóspita durante a primeira Era da campanha. A jogabilidade é estruturada por turnos, então você pode planejar com calma todos os seus movimentos, sem precisar ter medo de ofensivas rivais enquanto planeja o que fazer.

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Durante um turno, você pode mandar suas unidades se moverem dentro de suas limitadas capacidades de percorrer um determinado número de espaços do tabuleiro por vez, tomar decisões diplomáticas, econômicas e de pesquisa, iniciar obras e decidir o que cada uma das áreas dominadas precisa fazer.

Dependendo do seu desempenho, é possível progredir mais rapidamente para a próxima Era, o que libera mais recursos e possibilidades para seu povo, mas a progressão também pode acontecer de forma forçada com o simples passar do tempo, o que obviamente não é recomendado, pois costuma ser um sinal de que as outras civilizações estão tomando a dianteira na corrida tecnológica.

Diversidade de culturas

Depois que você monta a sua primeira cidade e explora um pouco o mapa, o jogo começa a ramificar mais a sua narrativa. A Amplitude Studios continua trabalhando para acrescentar mais culturas interessantes e diversas, como a civilização Olmeca, que não estava presente ainda na nossa demonstração. Na build atual, optamos por jogar com os Egípcios, e foi legal notar como sua arquitetura característica pouco a pouco dava as caras nos territórios que dominamos.

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De tempos em tempos o jogo oferece escolhas em uma janela entre turnos que ditam qual será o rumo do seu povo em um determinado tema. Por exemplo, uma das questões mais interessantes surgiu quando começamos a construir templos religiosos: o povo se perguntava se os homens, mulheres, ou ambos deveriam se tornar líderes. De acordo com Jeff Spock, o diretor de narrativa do jogo, qualquer decisão tomada por lá gera efeitos no longo prazo, mas infelizmente não deu tempo de conferir esse resultado na nossa demonstração.

Ao invés disso, nos focamos no microgerenciamento de curto prazo, que pareceu rico, complexo e divertido o suficiente para justificar horas e mais horas de jogabilidade. É prazeroso construir um império com dezenas de cidades trabalhando em harmonia, e então decidir qual deve ser o foco de cada uma delas, entre gerar moeda para seu povo, alimentos, tecnologias ou artes. É preciso levar em conta até mesmo o potencial dos territórios ao redor, já que certos pontos do mapa são mais propícios a extrair recursos naturais, enquanto outros pontos são fartos em alimentos, por exemplo.

Espetáculo sonoro e visual

Um dos elementos mais agradáveis de Humankind é a sua trilha sonora soberba, que alterna momentos épicos e introspectivos na medida certa para garantir que as longas partidas sejam agradáveis, mas também que seus grandes feitos sejam bem destacados por uma música orquestrada maravilhosa.

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As melodias são um complemento perfeito ao visual bem colorido do jogo. Apesar da avassaladora quantidade de texto escondida entre os menus, que logo passam a ocupar quase toda a sua tela e tempo, dificilmente você se sente sobrecarregado após superar os primeiros degraus da curva de aprendizado, o que leva entre poucos minutos e uma hora, dependendo da sua familiaridade com jogos em estilo 4X.

É bem legal aproveitar a estrutura lenta dos turnos para gastar um tempo lendo as informações levantadas pelos historiadores contratados pela Amplitude Studios, um prato cheio para quem se interessa em ler e aprender sobre história de verdade. Ao fim das duas horas de teste, não só Humankind deixou uma baita vontade de ver como seriam as próximas Eras para minha civilização, como deu vontade de assistir documentários ou tirar a poeira dos velhos livros de história. Fãs de 4X, podem aguardar ansiosamente por esse lançamento, porque ele não deve decepcionar!

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