Bird Box: veja o que mudou no final da história do livro para o filme

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ATENÇÃO: CONTÉM SPOILERS!

A estreia mais bombástica da Netflix nos últimos meses, Bird Box – ou Caixa de Pássaros, que é o título em português e também do livro que baseou a história – vem dividindo opiniões entre os espectadores. E um dos motivos para isso é que muitos leitores fãs da trama original de Josh Malerman não gostaram das mudanças que os roteiristas fizeram no final do episódio.

Muita gente que não conhecia a narrativa até então está se perguntando o que, afinal de contas, foi diferente. A alteração não foi tão grande, e a adaptação é toda bastante fiel, em geral, mas alguns pontos podem mudar completamente o sentido da história.

Relembrando:Bird Box conta a história de Malorie (Sandra Bullock), que fica sozinha com duas crianças pequenas depois que boa parte das pessoas à sua volta começam a morrer de formas bem misteriosas. A causa da morte em si não é o motivo do suspense, mas sim o que instigou as pessoas a cometerem suicídios de modos tão medonhos.

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Ela — e o espectador — só sabe que, o que quer que seja, não pode ser visto. Por isso, os personagens da história precisam fazer tudo vendados e, em hipótese alguma, podem olhar para fora, para a luz. Eles só tiram as vendas quando estão em ambientes internos, com iluminação artificial e bem longe das janelas. Exceto pelo final.

Depois de se aventurar pela floresta com os olhos cobertos, carregando consigo Boy (Julian Edwards) e Girl (Vivien Lyra Blair), seguindo apenas uma pista obscura ouvida no rádio, sobre uma comunidade que ela nem sabe se é real, Malorie chega até seu destino, e voilà: ela realmente existe.

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Até aqui, as coisas seguem realmente muito parecidas com o que havia sido contado pelo criador da história no livro. Porém, quando encontra a construção com as crianças, ela é recebida por uma comunidade unida, formada por pessoas que não parecem ter sido tão afetadas pela situação apocalíptica em que se encontra o mundo. E o motivo para isso é que o lugar onde estão é a Escola Janet Tucker para Cegos, convenientemente instalada no meio do nada e preparada para uma situação de tragédia.

O mais surpreendente é que, além das pessoas que inicialmente frequentavam a escola, quem foi chegando ficou, formando uma pequena comunidade. O espaço tem até mesmo uma área externa coberta por uma vegetação que não passa muita confiança, mas que ainda assim aparentemente mantém as misteriosas criaturas fora do lugar – uma inconsistência com o restante da história, que passa a impressão de que é tudo muito conveniente, mas acima de tudo uma inconsistência com a trama original.

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No livro, quando encontra finalmente o asilo que está procurando, ele não é exatamente esse oásis todo que o filme da Netflix pintou. À primeira vista, tudo parece bem e em ordem, e Malorie consegue respirar depois de uma cansativa jornada. O problema é que esse respiro não é longo e, muito cedo, ela começa a perceber algo estranho no comportamento dos anfitriões.

Além de o lugar ser totalmente coberto, sem o espaço feliz e ao ar livre que o filme mostra, no livro ela logo descobre que eles só estão seguros porque provocaram a cegueira em si mesmos, para não serem afetados pela situação toda.

Assustador, não é mesmo? E o livro termina com a grande possibilidade de que a história continue; afinal, a jornada de Malorie provavelmente não termina ali. Será que o grupo deixa os novos integrantes decidirem se serão ou não cegados ou é mandatório? Será que ela e suas crianças estão realmente seguras ali? Será que ela vai mesmo ficar lá, mesmo com essa descoberta?

Todas essas perguntas são dispensáveis no filme, uma vez que o cenário que a personagem encontra no final do trajeto é perfeito, então não haveria por que considerar buscar outro asilo. Talvez tenha sido uma jogada da Netflix, que não sabia como a aceitação do filme seria e, por isso, preferiu deixar um final já bem fechadinho, caso não fosse retornar à história — mas dá-se um jeito de criar algo, caso a boa receptividade peça um spin-off, não é?

Este texto foi escrito por Lu Belin via nexperts.

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