Energia da rua para a pista: Tesla mostra versão de corrida de seu Model S

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Quem é fã de carros sabe que o automobilismo tem um papel crucial no desenvolvimento de novas tecnologias que, mais cedo ou mais tarde, acabam chegando aos veículos de rua disponíveis para os meros mortais. Com os carros elétricos, parece que essa realidade não vai mudar: a Tesla revelou nesta semana uma versão de corrida de seu sedã Model S.

O veículo fará parte da primeira temporada do EGT, o Electric GT Championship, competição que, como o nome entrega, será voltada para carros de turismo 100% elétricos – por enquanto, o sedã da Tesla é o único modelo a disputar o campeonato.

A princípio, os organizadores queriam utilizar a versão P85D do carro, mas o advento de uma versão 2.0 do software de gestão de baterias (que habilitou o Ludicrous Mode Plus) foi algo muito emblemático para ser ignorado – é por isso que o sistema motriz do carro é o mesmo utilizado no veículo de rua.

O Model S P100D de competição gera 585 kW de potência, o equivalente a 778 cavalos, e 101 kgfm de torque. Se o 0 a 100 em 2,4 segundos da versão “comum” já impressionava, a nova marca de 2,1 segundos chega a ser assustadora. A velocidade máxima é estimada em aproximadamente 250 km/h.

A melhora nos números acontece porque o veículo em sua versão de corrida é substancialmente mais leve: o interior é praticamente todo retirado e diversos componentes de carroceria e estrutura são trocados por outros feitos com materiais mais leves, como fibra de carbono.

Com isso, o Model S de pista perdeu 500 kg – uma belíssima de uma dieta, que também veio acompanhada de uma mudança nos freios e na suspensão.

Por fora, o sedã comportado ganhou um pacote aerodinâmico completo, com direito a um aerofólio enorme e tudo mais, e ficou mais largo para receber os pneus de competição.

No caso de algum acidente que cause o risco de incêndio por causa da bateria, um sistema de segurança com extintores automáticos foi instalado nos carros.

A Electric GT estreia neste ano, sem uma data definida, e deverá contar com 10 equipes e 20 pilotos. Serão sete corridas ao longo do ano, que serão divididas em sessões de treinos práticos de 20 minutos, classificatório de 60 minutos, uma corrida com 60 km de distância no início e outra no fim da tarde.

Cada fim de semana de competição será acompanhado de um festival de tecnologia e inovação para sustentabilidade, tanto dentro quanto em volta dos circuitos. A EGT passará por circuitos conhecidos, como o Circuito da Catalunha, Donington Park, Estoril, Assen, Mugello, Paul Ricard e Nürburgring.

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