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Um grupo de pesquisadores descobriu que tempestades no oceano podem induzir terremotos que chegam até o núcleo da Terra.

Algumas tempestades podem provocar diversas consequências para a população humana, desde inundações em áreas urbanas até riscos à vida e à saúde das pessoas que estão na região. Agora, um estudo sugere que tempestades no oceano podem gerar “terremotos” que reverberam até o núcleo da Terra.De acordo com um novo estudo publicado na revista científica Seismological Research Letters, pesquisadores da Universidade Nacional Australiana (ANU) descreveram que as tempestades de inverno mais intensas, que ocorrem perto da Groenlândia, podem gerar ondas sísmicas no interior da Terra.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274122-ciclone-furacao-tornado-tufao-diferenca-ciencia-responde.htm" target="_blank">Ciclone, furacão, tornado, tufão, qual é a diferença?</a></li></ul>Eles também identificaram sinais semelhantes provocados por tempestades em Terra Nova e Labrador, uma província do Canadá. Vale destacar que não é um terremoto em si, mas ondas sísmicas de um tipo específico.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/t7wJu0Kts7w?si=eOgYLPwXmoVENRSk" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>A equipe desenvolveu uma tecnologia de detecção de ondas sísmicas, instalada em uma região remota da Austrália, capaz de identificar sinais que chegam até o interior do planeta. Os pesquisadores afirmam, inclusive, que o método pode ser útil para estudos semelhantes em outros planetas."Este método, particularmente no contexto da exploração de outros planetas e luas geladas, pode ser usado para identificar planetas com núcleo, incluindo aqueles que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273196-venus-tinha-placas-tectonicas-parecidas-terra-diz-estudo.htm" target="_blank">não possuem placas tectônicas</a> ou vulcões, bem como planetas que não sofrem terremotos, fornecendo dados valiosos para futuras explorações", disse um dos autores do estudo, Abhay Pandey, em comunicado oficial.<h2>Tempestades e terremotos no núcleo da Terra</h2>O fenômeno registrado pelos equipamentos é chamado de "ruído microssísmico", que ocorre quando a interação entre o oceano e a superfície sólida gera ondas sísmicas capazes de viajar até o interior da Terra. O método de detecção utilizou dois conjuntos de sismômetros com braços em espiral, instalados em regiões remotas da Austrália.Os sinais microssísmicos não dependem apenas da presença de tempestades oceânicas, mas também da intensidade dessas tempestades, da profundidade do oceano, da distância, da faixa de frequência, entre outras variáveis.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/15/15121610835199.jpg" alt="imagem-mostra-uma-onda-gigante-em-alto-mar.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/15/15121610772197.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/15/15121610897201.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/15/15121610882200.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/15/15121610944202.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Apesar da dificuldade em registrar essas ondas sísmicas que reverberam até o núcleo da Terra, a tecnologia desenvolvida pelos pesquisadores permitiu a captação desses sinais. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Pandey explica que foram analisados vários dias de dados para entender as ondas sísmicas mais intensas. Os resultados permitiram identificar a origem e o destino dessas ondas. Esse tipo de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288496-cientistas-ter-descoberto-origem-ondas-sismicas-misteriosas-manto-terra.htm" target="_blank">onda sísmica é chamado de PKP</a>, um tipo que consegue atravessar até o núcleo da Terra.Segundo os autores, esses sinais são difíceis de detectar, mas os conjuntos de sismômetros instalados em regiões remotas facilitaram essa captação — eles são muito mais fracos do que os gerados por terremotos comuns. Os dados coletados pelos equipamentos poderão ser utilizados para compreender melhor as características do núcleo da Terra.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273567-ondas-mar-ficando-fortes-medida-aquecimento-global-aumenta-diz-estudo.htm" target="_blank">Ondas do mar estão ficando mais fortes à medida que o aquecimento global aumenta, diz estudo</a></li></ul>“Nossas descobertas destacam a eficácia de arranjos espirais de pequena abertura na detecção de sinais sensíveis ao núcleo gerados por tempestades distantes, com possíveis implicações futuras para o estudo do interior da Terra”, o estudo acrescenta.Ondas sísmicas provocadas por tempestades mostram que o interior da Terra ainda guarda muitos mistérios; inclusive, esses sinais podem carregar informações escondidas por décadas. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273940-terremotos-atuais-ecos-tremores-100-anos.htm" target="_blank">Entenda como terremotos atuais podem ser ecos de tremores com mais de 100 anos</a>. Até a próxima!

Tempestades no oceano podem gerar “terremotos” no núcleo da Terra

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Em um novo artigo, uma equipe de pesquisadores sugere que o universo pode decair muito mais rápido do que era previsto.

O universo pode estar em constante decadência, e talvez isso esteja acontecendo mais rápido do que a ciência previa. Em um artigo recente, pesquisadores de várias universidades da Holanda afirmam que o universo pode “morrer” antes do que eles imaginavam.O estudo foi publicado na revista científica Cosmology and Astroparticle Physics, revisado por pares e é uma continuação de uma pesquisa anterior da mesma equipe, divulgada em 2023.<ul><li>Conheça: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286305-buracos-negros-nova-teoria-contrariar-crencas-relatividade-geral.htm" target="_blank">Nova teoria sobre buracos negros que pode contrariar crenças da relatividade geral.</a></li></ul>Originalmente, os pesquisadores estimaram que os últimos remanescentes estelares levariam mais 10¹¹⁰⁰ anos para desaparecer por completo — esse número representa muito mais que um nonilhão de anos. Contudo, os novos cálculos sugerem que esse processo pode ocorrer em cerca de 10⁷⁸ anos, muito antes do imaginado.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/ijFm6DxNVyI?si=cwngBoe7O1mIZso3" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>No primeiro artigo, os cientistas exploraram o processo de decadência de estrelas de nêutrons e buracos negros causado por um fenômeno semelhante à <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289739-buracos-negros-evaporam-conheca-radiacao-hawking.htm" target="_blank">radiação de Hawking</a>. Nomeada em homenagem ao físico teórico Stephen Hawking, essa radiação térmica seria, em teoria, emitida pelos buracos negros até que eles deixem de existir.“Recentemente, encontramos evidências de que a própria curvatura do espaço-tempo, mesmo sem a presença de um horizonte de eventos, pode levar à evaporação de buracos negros. Neste estudo, investigamos a taxa de evaporação e o tempo de decaimento de uma estrela não rotativa e de densidade constante, causada pela produção de pares induzida pela curvatura do espaço-tempo”, o estudo descreve.<h2>A “morte” do Universo</h2>Até agora, os cientistas acreditavam que a radiação de Hawking só poderia ocorrer no horizonte de eventos, a região na borda de um buraco negro de onde nada pode escapar. Porém, o novo estudo propõe outro cenário, em que estruturas como estrelas de nêutrons e anãs brancas também poderiam emitir um tipo de radiação semelhante.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/13/13121022408106.jpg" alt="a-imagem-apresenta-uma-estrela-em-decaimento-no-universo" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/13/13121022393105.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/13/13121022674109.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/13/13121022549107.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/13/13121022611108.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Vale destacar que a ciência ainda não comprovou que o universo está decaindo, o estudo propõe apenas uma ideia teórica. (Fonte: Daniëlle Futselaar/Artsource.nl)</figcaption></figure>Como as estrelas anãs brancas são considerados os objetos cósmicos mais duradouros do universo, serão provavelmente os últimos a desaparecer. Os pesquisadores calcularam, teoricamente, quanto tempo levaria para que essas anãs brancas decaíssem até deixarem de existir: cerca de 10⁷⁸ anos.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271733-desaceleracao-expansao-universo-contesta-teoria-relatividade-diz-estudo.htm" target="_blank">Desaceleração na expansão do Universo contesta teoria da relatividade, diz estudo</a>.</li></ul>Esse número representa 1 seguido de 78 zeros, algo incontável, mas menor que o 1 seguido de 1100 zeros da previsão original. É um valor praticamente inimaginável para qualquer ser humano. Então pode ficar tranquilo: o universo só vai acabar muito tempo após você deixar de existir."Portanto, o fim definitivo do universo chega muito mais cedo do que o esperado, mas felizmente ainda leva muito tempo", disse um dos autores do estudo e especialista em buracos negros, Heino Falcke.Nem tudo no cosmos dura para sempre, e mesmo os corpos mais estáveis podem ter um fim. Quer saber como será o fim do universo? <a target="_blank" href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280982-fim-universo-conheca-teoria-falsa-decadencia-do-vacuo.htm">Conheça a teoria da falsa Decadência do Vácuo</a>. Até a próxima!

Universo pode "morrer" muito antes do que imaginávamos, diz estudo

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Em um experimento realizado no Grande Colisor de Hádrons (LHC), cientistas conseguiram "transformar" núcleos de chumbo em ouro.

Um grupo de cientistas utilizou o Grande Colisor de Hádrons (LHC), da Organização Europeia para a Investigação Nuclear (CERN), para “transformar” chumbo em ouro entre 2015 e 2018.Em um artigo publicado na revista científica&nbsp;Physical Review C, os pesquisadores afirmam que o LHC conseguiu produzir 86 bilhões de núcleos de ouro a partir de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401562-contaminacao-por-chumbo-pode-ter-levado-a-queda-do-imperio-romano.htm" target="_blank">núcleos de chumbo</a> acelerados a altíssimas velocidades.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286887-enigma-alquimico-ciencia-tras-explosoes-ouro-purpura.htm" target="_blank">A ciência por trás das explosões de ouro púrpura</a></li></ul>Apesar de "bilhões de núcleos" parecer muita coisa, é importante destacar que isso não significa a criação de uma barra de ouro. Na prática, os experimentos produziram apenas trilionésimos de grama do metal.Para chegar nessa produção, os cientistas aplicaram uma técnica que calcula o número de prótons associados aos nêutrons que interagem com o chumbo. Para isso, além do LHC, eles utilizaram o ALICE (Colisor de Íons) e os ZDCs (Calorímetros de Zero Grau) do CERN."Graças às capacidades únicas dos ZDCs do ALICE, a presente análise é a primeira a detectar e analisar sistematicamente, de forma experimental, a assinatura da produção de ouro no LHC", disse a associada da colaboração ALICE e coautora do estudo, Uliana Dmitrieva, em comunicado oficial.<h2>Transformando chumbo em ouro</h2>O chumbo e o ouro são elementos relativamente próximos na tabela periódica: o chumbo possui número atômico 82 e o ouro, 79. O número atômico representa a quantidade de prótons no núcleo de um átomo; ou seja, o chumbo tem um núcleo com 82 prótons e o ouro, com 79 prótons.Teoricamente, se você conseguir remover três prótons do núcleo de um átomo de chumbo, ele passaria a ter 79 prótons. Assim, o chumbo se "transformaria" em um átomo de ouro.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12112623864070.jpg" alt="a-fotografia-apresenta-o-instrumento-alice-instalado-no-grande-colisor-de-hadrons-cern" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12112624036071.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12112624036072.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12112624083074.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/12/12112624083073.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O instrumento ALICE, instalado no Grande Colisor de Hádrons (LHC), foi um dos detectores responsáveis pela “transformação” do chumbo em ouro. (Fonte: CERN)</figcaption></figure>Foi isso que o estudo conseguiu demonstrar. Contudo, os cientistas não realizaram esse processo de forma totalmente controlada, apenas observaram que ele ocorreu durante o experimento.Ao acelerar os átomos de chumbo até quase a velocidade da luz, eles passam por um cenário de "quase colisão" que gera um campo eletromagnético intenso. Nesse processo, são produzidos fótons (partículas de luz) que atingem os átomos de chumbo, provocando vibrações no núcleo capazes de expulsar prótons e nêutrons.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269155-grande-colisor-hadrons-detecta-hipernucleos-raros.htm" target="_blank">Grande Colisor de Hádrons detecta 'hipernúcleos raros'</a></li></ul>"É impressionante ver que nossos detectores conseguem lidar com colisões frontais que produzem milhares de partículas, sendo também sensíveis a colisões em que apenas algumas partículas são produzidas por vez, permitindo o estudo de raros processos de 'transmutação nuclear' eletromagnética", explica outro autor do estudo e porta-voz do ALICE, Marco Van Leeuwen.Mesmo sendo um feito histórico para a ciência, isso não significa que o LHC seja capaz de produzir ouro em alta quantidade. Na verdade, os experimentos realizados entre 2015 e 2018 geraram uma quantidade de ouro menor do que um grão de areia. Ou seja, a ciência continua longe de criar uma “galinha dos ovos de ouro”.A transmutação de ouro no colisor de hádrons é um processo incrível, mas a origem desse metal precioso é muito mais antiga e cósmica. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272814-onde-vem-ouro-terra-ciencia-responde.htm" target="_blank">Entenda de onde vem todo o ouro da Terra</a>. Até a próxima!

Alquimia? Cientistas conseguem "transformar" chumbo em ouro; saiba mais

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Descubra a física por trás de um dos artefatos mais destrutivos já feitos pela humanidade.

<div>No auge da Guerra Fria, quando o mundo vivia sob a constante tensão de um conflito nuclear, cientistas e governos corriam para desenvolver armas cada vez mais poderosas. Nesse cenário, nasceu uma das criações mais devastadoras da engenharia humana: a bomba de hidrogênio.&nbsp;Muito mais potente que as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280441-tragedia-nuclear-hiroshima-revelar-misterios-formacao-sistema-solar.htm" target="_blank">bombas de fissão atômica lançadas sobre Hiroshima</a> e Nagasaki, a chamada bomba H representou o domínio da fusão nuclear como arma. Mas o que torna essa arma tão poderosa? E como a física por trás dela difere da bomba atômica convencional?<ul><li>Saiba tudo sobre: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289191-hidrogenio-saiba-tudo-primeiro-elemento-tabela-periodica.htm" target="_blank">Hidrogênio, o primeiro elemento da Tabela Periódica</a></li></ul>Para entender a bomba de hidrogênio, é preciso primeiro compreender o que veio antes dela.&nbsp;<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145229916013.jpg" alt="imagem-mostra-um-teste-termonuclear.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145229916014.jpg 137w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145229979015.jpg 438w," sizes="100vw"><figcaption>Teste termonuclear durante a Operação Castelo em 1954. (Fonte: Domínio público)</figcaption></figure>As primeiras bombas nucleares, desenvolvidas durante o Projeto Manhattan nos anos 1940, funcionavam com base na fissão nuclear: o processo de dividir núcleos de átomos pesados, como urânio-235 ou plutônio-239, liberando uma quantidade gigantesca de energia.&nbsp;A liberação de energia ocorre porque a massa dos produtos da fissão é ligeiramente menor que a do núcleo original, e essa diferença de massa é convertida em energia <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/254456-voce-sabe-significado-equacao-famosa-albert-einstein.htm" target="_blank">conforme a famosa equação de Einstein, E = mc²</a>.<blockquote>A bomba de hidrogênio, por sua vez, utiliza a fusão nuclear: a união de núcleos leves para formar um núcleo mais pesado, liberando energia no processo. Esse é o mesmo mecanismo que alimenta o Sol.&nbsp;</blockquote>Na bomba H, isótopos leves do hidrogênio, como o deutério e o trítio, são fundidos sob temperaturas e pressões extremas, produzindo hélio-4 e liberando nêutrons e energia.&nbsp;A energia liberada <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269273-fissao-fusao-nuclear.htm" target="_blank">durante a fusão nuclear é muito maior que na fissão</a>, mas para que ela ocorra, é necessário um estímulo inicial que produza condições semelhantes às do interior de uma estrela. Esse estímulo é justamente uma bomba de fissão, que atua como gatilho para a bomba H.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232235026.jpg" alt="imagem-da-cidade-de-Hiroshima-após-o-ataque-nuclear.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232251027.jpg 223w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232313028.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232344032.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>Hiroshima após o lançamento da bomba atômica que provocou sua destruição em 1945. (Fonte: Domínio público.)</figcaption></figure>A estrutura de uma bomba de hidrogênio segue geralmente o chamado "design Teller-Ulam", nomeado em referência aos cientistas Edward Teller e Stanislaw Ulam. Nesse arranjo, uma bomba de fissão primária é usada para comprimir e aquecer o combustível de fusão em uma segunda câmara.&nbsp;Quando a bomba de fissão é detonada, a radiação emitida é confinada em um invólucro refletor, criando uma onda de radiação que comprime o segundo estágio com enorme força. Essa compressão leva os núcleos de deutério e trítio a superar sua repulsão eletrostática e se fundirem.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279308-bomba-atomica-queimar-atmosfera-terra.htm" target="_blank">Uma bomba atômica é capaz de ‘queimar’ a atmosfera da Terra?</a></li></ul>A física da fusão envolve a superação da barreira coulombiana: a repulsão elétrica entre os núcleos carregados positivamente. Somente em temperaturas acima de dezenas de milhões de graus Celsius essa barreira pode ser vencida. Nessas condições, a matéria entra no estado de plasma, onde os elétrons são arrancados dos átomos, permitindo que os núcleos colidam e se fundam.&nbsp;<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145230041018.jpg" alt="imagem-mostra-a-Explosão -da-bomba-H-durante-a-Operação-Ivy.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145229994016.jpg 209w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145230041017.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145230041019.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>Explosão da bomba H durante a Operação Ivy. (Fonte: Domínio público.)</figcaption></figure>A primeira bomba de hidrogênio foi testada pelos Estados Unidos em 1952, na experiência conhecida como Operação Ivy, no atol de Enewetak, no oceano Pacífico. A explosão foi devastadora, com um rendimento superior a 10 megatons de TNT, milhares de vezes maior do que as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Em 1953, a União Soviética respondeu com sua própria versão da bomba H, e a corrida armamentista se intensificou.A mais <a href="https://www.tecmundo.com.br/polemica/92740-saiba-tudo-bomba-hidrogenio-acontece-coreia-norte.htm" target="_blank">poderosa bomba de hidrogênio</a> já detonada foi a Tsar Bomba, testada pela URSS em 1961. Seu rendimento estimado foi de 57 megatons, liberando energia equivalente a mais de 3.000 vezes a bomba de Hiroshima. O clarão da explosão foi visível a mais de 1.000 km de distância, e a onda de choque deu a volta ao mundo três vezes.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232188024.jpg" alt="imagem-mostra-Protótipo-da Tsar-Bomba.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232188025.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232313029.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232313030.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06145232313031.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Protótipo da Tsar Bomba em exposição num museu nos Estados Unidos. (Fonte: Domínio público.)</figcaption></figure>Hoje, embora os tratados de não proliferação nuclear <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266604-ultimo-estoque-oficial-armas-quimicas-destruido-eua.htm" target="_blank">busquem limitar o uso e a produção dessas armas</a>, a tecnologia da bomba H continua sendo estudada, tanto pelo seu impacto político quanto pelo potencial que oferece para aplicações energéticas futuras em contextos pacíficos, como a fusão controlada.A ciência por trás da bomba de hidrogênio é um retrato ambíguo do gênio humano: uma conquista do conhecimento físico que reflete tanto a capacidade criativa quanto a propensão destrutiva da humanidade.&nbsp;Ao compreender profundamente os mecanismos dessas armas, também compreendemos melhor a matéria, a energia e os limites éticos que envolvem a aplicação do saber científico.</div>

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A ciência por trás da bomba de hidrogênio

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Um grupo de pesquisadores descobriu que um material quântico é capaz de armazenar dados em uma única dimensão. Entenda.

Um grupo internacional de cientistas afirma ter desenvolvido uma técnica quântica capaz de armazenar informações confinadas em uma única dimensão. Eles chegaram nesse resultado ao explorar o magnetismo desses materiais; um avanço que pode contribuir significativamente para o desenvolvimento da computação quântica.De acordo com um estudo publicado na revista científica&nbsp;Nature, os cientistas utilizaram o brometo de cromo e enxofre para armazenar informações.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401498-mundo-classico-surge-naturalmente-em-universos-quanticos-paralelos-diz-estudo.htm" target="_blank">Mundo clássico surge naturalmente em universos quânticos paralelos, diz estudo</a></li></ul>O processo funciona da seguinte forma: os pesquisadores exploram as propriedades desse material para registrar dados por meio de carga elétrica, fótons (luz), magnetismo (spins de elétrons) e fônons (vibrações, como o som).<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/p9pPjASnnxw?si=Rc83hTDwirh6xq5d" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Em um comunicado oficial, o coautor do estudo e professor de engenharia elétrica e computação, Mackillo Kira, afirmou que essas quatro propriedades podem ser aproveitadas na construção de dispositivos quânticos. Elas seriam usadas da seguinte forma:<ul><li>Fótons: podem ser usados para transferir informações;</li><li>Elétrons: usado para processar essas informações;</li><li>Magnetismo: utilizado para armazenar os dados;</li><li>Fônons: para modular e transportar as informações para outras frequências.</li></ul>Antes do estudo, um fenômeno quântico chamado éxciton já havia sido identificado no brometo de cromo e enxofre. Contudo, a nova pesquisa revela como esse processo está ligado à ordem magnética do material.Um éxciton é uma quasipartícula que se forma quando um elétron é excitado do seu estado fundamental para um estado de maior energia. Nesse processo, um "buraco" fica para trás; esse “buraco” e o elétron interagem e se equilibram como um sistema coletivo, conhecido como éxciton.<h2>Éxciton e o material quântico</h2>Em baixas temperaturas, o material adquire uma estrutura antiferromagnética que confina os éxcitons a uma única camada atômica, ou uma única dimensão, onde eles se movem apenas em um dos eixos. Já em temperaturas mais altas, os éxcitons se expandem para um ambiente de três dimensões e se movem em qualquer direção.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09132911866230.jpg" alt="a-imagem-mostra-o-resultado-do-material-que-pode-armazenar-ados-em-uma-unica-dimensao" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09132911882231.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09132912407232.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09132912500234.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/09/09132912422233.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A ilustração mostra como o efeito magnético do material confina informações quânticas em uma única dimensão. (Fonte: Universidade de Michigan / Brad Baxley)</figcaption></figure>O estudo conseguiu produzir éxcitons em uma amostra de brometo de cromo e enxofre ao direcionar pulsos de laser infravermelho com baixa energia. Os pesquisadores acreditam que o confinamento dos éxcitons em uma única dimensão pode permitir que dispositivos quânticos armazenem informações por muito mais tempo.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289139-emaranhamento-quantico-compreendendo-impossivel-forma-simples.htm" target="_blank">Como compreender o emaranhamento quântico de uma forma simples</a></li></ul>“A ordem magnética é um novo botão de ajuste para moldar os éxcitons e suas interações. Isso pode ser um divisor de águas para a eletrônica e a tecnologia da informação do futuro”, disse o coautor do estudo e professor de física da Universidade de Regensburg, na Alemanha, Rupert Huber.Guardar e processar informações com partículas muito pequenas é a base do funcionamento dos dispositivos quânticos; uma tecnologia que promete ser muito mais rápida e eficiente. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/236018-funciona-computador-quantico.htm" target="_blank">Entenda como funciona um computador quântico</a>. Até a próxima!

“Milagre quântico”: material pode armazenar dados em uma única dimensão

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Os bunkers foram criados para proteção contra guerras, mas será que todos abrigos antiaéreos são a prova de explosões nucleares?

Os primeiros abrigos contra explosões nucleares, também conhecidos como bunkers, começaram a ser construídos após os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, em 1945. O intuito é justamente criar uma construção à prova de explosões nucleares e dos efeitos da radiação.Durante a Guerra Fria, entre a década de 1950 e 1960, o medo de um conflito nuclear entre Estados Unidos e União Soviética popularizou ainda mais a construção desse tipo de estrutura subterrânea.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/294312-8-mitos-verdades-energia-nuclear-usada-alimentar-ia.htm" target="_blank">8 mitos e verdades sobre a energia nuclear, escolhida para abastecer IAs</a> &nbsp;</li></ul>Por exemplo, cidades como Zurique, na Suíça, possuem uma política de proteção da população que garante que os residentes tenham bunkers. Inclusive, isso é uma política atual para proteger a população em caso de guerras nucleares, desastres naturais ou outras emergências.Apesar de também oferecer <a href="https://www.tecmundo.com.br/infografico/8668-como-prevemos-e-registramos-desastres-naturais.htm" target="_blank">proteção em algumas catástrofes naturais</a>, os abrigos subterrâneos são projetados principalmente para resistir a ataques nucleares. Além da explosão em si, esses abrigos antiaéreos precisam proteger os ocupantes contra o calor extremo e a radiação resultantes da detonação.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/8PJEpeU00eU?si=H3FzLSTJKcJ90vUA" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Mas será que todo bunker é realmente à prova de explosão nuclear? A resposta simples é: depende.&nbsp;Um abrigo antiaéreo precisa ser construído com uma estrutura específica e seguir normas técnicas rigorosas. Por isso, dependendo do tipo e da qualidade do abrigo subterrâneo, ele pode não oferecer proteção adequada contra uma detonação nuclear.“A radiação térmica é tão intensa que praticamente tudo próximo ao epicentro é vaporizado. O calor extremo provoca queimaduras graves e incendeia uma grande área, formando uma gigantesca tempestade de fogo. Mesmo pessoas em abrigos subterrâneos correm alto risco <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/212494-falta-oxigenio-acabara-vida-terra-1-bilhao-anos.htm" target="_blank">de morte por falta de oxigênio</a> e envenenamento por monóxido de carbono”, é descrito no site da Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN).<h2>Bunkers são a prova de explosões nucleares?</h2>Em mensagem ao site Live Science, o professor de ciência da saúde ambiental Norman Kleiman, que também dirige um curso sobre segurança em radiação, explica que a proteção oferecida por um abrigo subterrâneo depende de diversos fatores.Entre eles, estão a potência da bomba e a localização do abrigo. Por exemplo, se a explosão ocorrer a apenas quatro quilômetros de distância, o bunker dificilmente fará diferença, já que tudo ao redor será completamente destruído — uma ogiva de um megaton poderia causar danos em até cinco quilômetros de distância.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/08/08125838129097.jpg" alt="a-imagem-apresenta-um-bunker-subterraneo-em-sebastopol-na-ucrania" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/08/08125838176099.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/08/08125838286101.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/08/08125838161098.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/08/08125838192100.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A fotografia apresenta um antigo bunker soviético em Sebastopol, na Ucrânia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Nas explosões de Hiroshima e Nagasaki, o raio de destruição foi de aproximadamente 1,6 quilômetro. Assim, uma pessoa em um bunker perfeito construído a cerca de quatro quilômetros do epicentro talvez estaria protegida, mas os efeitos restantes ainda poderiam impedir sua sobrevivência.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267294-guerra-nuclear-causar-efeitos-climaticos-graves-cientistas-imaginavam.htm" target="_blank">Guerra nuclear pode causar efeitos climáticos mais graves do que cientistas imaginavam</a></li></ul>Contudo, as bombas atuais são desenvolvidas com base na fusão de hidrogênio e provocam explosões termonucleares que podem atingir dezenas de quilômetros. Nesse cenário, se você estiver em um abrigo a apenas quatro quilômetros de distância do ponto de detonação, o abrigo subterrâneo seria provavelmente evaporado.Principais características de um bunker funcional:<ul><li>Qualidade dos materiais de construção: o bunker deve ser feito com concreto reforçado e aço resistente, capazes de suportar ondas de choque e radiação;</li><li>Localização e profundidade do abrigo: quanto mais profundo e fora das cidades grandes, maior a proteção;</li><li>Arquitetura: corredores com arquitetura zigue-zague ajudam a bloquear a entrada direta da radiação e funcionam como uma barreira adicional;</li><li>Paredes espessas:&nbsp;é recomendado o uso de paredes de concreto, aço e chumbo com espessura entre 0,9 e 1,5 metro, a fim de garantir isolamento estrutural, térmico e proteção contra radiação;</li><li>Estoque de suprimentos: alimentos, água potável e medicamentos suficientes para manter a sobrevivência por pelo menos uma semana — em casos de radiação intensa, esse tempo pode ser insuficiente;</li><li>Sistema de ventilação: essencial para garantir o fluxo de ar limpo e filtrado, livre de partículas radioativas, poeira ou gases tóxicos.</li></ul>De qualquer forma, é importante reforçar que a proteção oferecida por um bunker depende de fatores que estão fora do controle. Ou seja, se você estiver no lugar errado ou se a bomba nuclear for extremamente poderosa, o abrigo subterrâneo pode não ser suficiente para garantir a sua segurança.Mesmo com o avanço da tecnologia, nem todos os países podem desenvolver armas nucleares. Inclusive, o governo brasileiro é um dos que não possui esse tipo de armamento. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/260471-brasil-nao-ter-armas-nucleares.htm" target="_blank">Entenda por que o Brasil não pode ter armas nucleares</a>. Até a próxima!

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Bunkers são realmente a prova de explosões nucleares? A ciência responde!

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Em um estudo recente, um grupo de cientistas propõe duas hipóteses de buracos negros que existem sem nenhum tipo de singularidade.

Teoricamente, todos os buracos negros possuem características que os tornam capazes de atrair até mesmo a luz para seu ponto de não retorno. As próprias leis da relatividade geral, formuladas pelo físico alemão Albert Einstein, indicam que a singularidade é uma das propriedades fundamentais desses corpos celestes.Em um novo estudo disponível no servidor de pré-impressão arXiv, uma equipe de pesquisadores propõe duas alternativas que sugerem que buracos negros podem existir sem a presença de singularidades. O artigo já foi aceito para publicação na revista científica Journal of Cosmology and Astroparticle Physics, mas ainda não foi oficialmente publicado.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403394-universo-esta-dentro-de-um-buraco-negro-estudo-levanta-hipotese.htm" target="_blank">Universo está dentro de um buraco negro? Estudo levanta hipótese</a></li></ul>Uma das principais características de um buraco negro é o seu horizonte de eventos, a região que marca a borda do objeto e onde nada pode escapar, nem mesmo a luz. Já a singularidade fica no <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403722-cosmos-para-curiosos-1-o-que-ha-no-interior-de-um-buraco-negro.htm" target="_blank">centro do buraco negro</a>: é o ponto que concentra toda a sua massa, onde as leis da física como as conhecemos deixam de funcionar.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/chhcwk4-esM?si=UOgXPdGqUis4KLg6" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>A gravidade ali é tão intensa que nenhum cientista sabe ao certo o que acontece nesse ponto. Existem algumas teorias, mas a ciência ainda não é capaz de explicar completamente. No estudo recente, os pesquisadores propõem que talvez dois <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282124-quantos-buracos-negros-estelares-existem-via-lactea.htm" target="_blank">tipos de buracos negros</a> que não apresentam a singularidade.“Buracos negros na relatividade geral são amplamente considerados idealizações matemáticas. Embora esse conceito tenha se mostrado altamente eficaz e tenha desempenhado um papel essencial tanto na física matemática quanto na observacional, a busca por uma estrutura menos idealizada e não singular para a física dos buracos negros é claramente bem fundamentada”, o estudo descreve.<h2>Buracos negros sem singularidade</h2>O artigo propõe dois tipos de objetos que poderiam existir sem a presença de uma singularidade:<ul><li>Buracos negros regulares: nesse caso, a estrutura incluiria um anel de luz, um horizonte de eventos externo e, em vez da singularidade, um horizonte interno que capturaria a matéria indefinidamente — de forma semelhante a um buraco negro convencional;</li><li>Imitadores de buracos negros: esses objetos seriam caracterizados por apresentar um anel de luz, com uma superfície não necessariamente sólida, mas sem nenhum tipo de horizonte de eventos.</li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07120316144110.jpg" alt="a-imagem-apresenta-um-buraco-negro-padrao-um-buraco-negro-regular-e-um-imitador-de-buraco-negro" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07120316300111.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07120316534114.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07120316503113.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/07/07120316503112.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Da esquerda para a direita, a imagem mostra as características de um buraco negro com singularidade, um buraco negro regular e um imitador de buraco negro. (Fonte: arXiv)</figcaption></figure>“Apesar dos avanços consideráveis nesse campo, ainda existem desafios importantes na identificação e caracterização de classes fisicamente bem fundamentadas de buracos negros regulares e de imitadores de buracos negros”, a introdução do artigo explica.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402316-e-possivel-um-buraco-negro-morrer-a-ciencia-responde.htm" target="_blank">É possível um buraco negro morrer? A ciência responde!</a></li><li>Aproveite: <a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm" target="_blank">garanta os melhores livros e e-books sobre Astronomia com desconto no cupom Amazon!</a>&nbsp;</li></ul>Vale destacar que essas não são as primeiras teorias a sugerir a existência de buracos negros sem singularidade. Há décadas, cientistas investigam se é possível que esses objetos existam sem essa característica extrema, mas eles ainda não chegaram a nenhuma resposta definitiva.A gravidade dos buracos negros sempre despertou curiosidade sobre seus efeitos no espaço; mas o que aconteceria se um deles interagisse diretamente com o corpo humano? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402855-o-que-aconteceria-se-um-buraco-negro-atravessasse-o-corpo-humano.htm" target="_blank">Entenda o que aconteceria se um buraco negro atravessasse o corpo humano</a>. Até a próxima!

Buracos negros podem existir sem singularidades? Cientistas questionam

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Um novo estudo sugere que a gravidade é uma das dicas de que o universo funciona como um grande computador cósmico. Entenda!

Parte da comunidade científica acredita que na hipótese de que a realidade pode ser uma simulação computacional criada por algo que ainda não compreendemos. Agora, um estudo sugere que a própria gravidade pode ser uma das grandes pistas de que o universo é um computador gigantesco.Em um estudo publicado na revista científica&nbsp;AIP Advances, um pesquisador da Universidade de Portsmouth, no Reino Unido, utilizou a estrutura da segunda lei da infodinâmica para identificar essa possível pista de que vivemos em um sistema computacional.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402364-simulacao-mostra-o-asteroide-bennu-colidindo-com-a-terra-em-2182-entenda.htm" target="_blank">Simulação mostra o asteroide Bennu colidindo com a Terra em 2182; entenda</a></li></ul>Esse conceito é baseado na <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402223-definicao-de-entropia-nao-contradiz-teoria-quantica-e-termodinamica-diz-estudo.htm" target="_blank">segunda lei da termodinâmica</a>, que afirma que o universo continuará perdendo energia à medida que a desordem aumenta — um fenômeno conhecido como entropia. A diferença da infodinâmica é que a "entropia da informação continue igual ou reduza ao longo do tempo.Outro ponto abordado no novo estudo foi a investigação da ideia de que a informação também possui massa. Em outras palavras, os pesquisadores sugerem que a informação pode ser considerada uma forma de matéria. Com base nisso, eles calcularam a quantidade de informação existente a partir das partículas elementares presentes no cosmos."Assim como os computadores tentam economizar espaço e funcionar com mais eficiência, o universo pode estar fazendo o mesmo. É uma nova maneira de pensar sobre a gravidade", disse físico da Universidade de Portsmouth e autor do estudo, Melvin Vopson, em comunicado oficial.<h2>O universo é um computador?</h2>Segundo Vopson, essas partículas elementares podem ser organizadas como divisões semelhantes a "pixels" no espaço-tempo, ou até representadas em linguagem binária — neste caso, as informações são codificadas em 0 ou 1.Nesse contexto, a gravidade funcionaria como um indicativo de que esses "pixels" estão distribuindo a matéria, um possível resultado computacional do universo.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06132006366086.jpg" alt="a-imagem-apresenta-os-detalhes-sobre-a-gravidade-ser-uma-caracteristica-de-que-o-universo-é-um-computador" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06132006445087.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06132006570089.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06132006648090.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/06/06132006538088.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>As imagens descrevem a teoria de a gravidade pode servir como um processo computacional; nesse caso, o universo seria como um grande computador. (Fonte: Universidade de Portsmouth)&nbsp;</figcaption></figure>No comunicado, o cientista compara os atributos dessa informação aos processos celulares, que também registram dados. Assim, a gravidade seria uma característica da organização dessas informações no cosmos; a força que atrai os corpos celestes para mantê-los organizados.“O processo é idêntico ao de um jogo de computador digital, aplicativo de realidade virtual ou outra simulação avançada”, Vopson acrescenta.É importante destacar que os cientistas não estão afirmando que o universo é, de fato, uma simulação ou que a gravidade seja uma verdadeira característica computacional.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404023-rotacao-do-universo-poderia-explicar-a-tensao-de-hubble-entenda.htm" target="_blank">Rotação do universo poderia explicar a tensão de Hubble; entenda</a></li></ul>O estudo apenas propõe uma teoria que considera a possibilidade de o universo funcionar como um grande computador cósmico. Porém, ainda há um longo caminho antes que qualquer conclusão possa ser confirmada pela ciência.Por que o universo parece tão uniforme, mesmo em regiões tão distantes entre si? Essa é uma das perguntas cruciais para compreender a dinâmica do cosmos. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402954-a-terra-esta-em-um-lugar-especial-no-universo-principio-cosmologico-pode-responder.htm" target="_blank">Entenda como o princípio cosmológico pode responder se a Terra está em um lugar especial no Universo</a>. Até a próxima!

Gravidade pode ajudar a responder se vivemos em grande computador, diz estudo

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O equipamento permitirá criar imagens 3D das amostras de rochas extraídas do fundo do oceano.

O acelerador Sirius vai auxiliar pesquisadores na análise de rochas do pré-sal, contribuindo para otimizar o processo de geração de imagens 3D das amostras extraídas do fundo do mar. Detalhes da parceria entre a Petrobras e o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) foram revelados na última semana.Segundo a organização vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), a utilização do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274924-boson-higgs-saiba-tudo-particula-deus.htm">acelerador de partículas</a> permitirá uma série de avanços na exploração das pesquisas em óleo e gás. Para tanto, foi desenvolvida uma microestação na linha Mogno, uma linha de luz de micro e nano imagem.<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274611-onde-vem-petroleo-ciencia-responde.htm">De onde vem o petróleo? A ciência responde!</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/28/28164815217003.jpg" alt="acelerador-sirius-rochas-pre-sal-1.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/28/28164815420005.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/28/28164815295004.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>Equipe de trabalho na microestação. (Imagem: CNPEM/Divulgação)</figcaption></figure>Usando técnicas avançadas de tomografia, a iniciativa vai criar imagens tridimensionais para investigar as estruturas internas de diferentes materiais de forma não invasiva, em variadas escalas, com zoom contínuo e possibilidade de alcançar a resolução de 200 nanômetros. Além disso, o projeto diminuirá o tempo de análise do material.Conjunto de rochas carbonáticas que se formaram há mais de 100 milhões de anos, as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402692-brasil-aceita-convite-e-vai-fazer-parte-do-grupo-de-aliados-da-opep-confirma-ministro.htm">reservas petrolíferas</a> do pré-sal se localizam abaixo de uma camada de rocha salina no fundo do mar, em grande profundidade. As amostras recolhidas de lá também poderão ser submetidas a diferentes condições térmicas, mecânicas e químicas para verificação em tempo real das alterações.<h2>Conhecendo melhor os reservatórios de petróleo</h2>A partir da instalação da microestação na linha de luz Mogno, o projeto será capaz de receber até 88 amostras por vez, trocando-as automaticamente enquanto a micromotomografia 3D é realizada. Usando a tecnologia, a Petrobras quer criar um banco de dados digital de rochas, aumentando o conhecimento sobre os reservatórios petrolíferos.Esse conjunto de informações será associado a algoritmos, com a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150807-profundezas-terra-mapeadas-ajuda-da-ia.htm?f">inteligência artificial</a> contribuindo para identificar as estruturas geológicas e simular o processo de recuperação do óleo no interior das rochas. Além disso, os pesquisadores poderão fazer simulações para prever a dinâmica de exploração dos reservatórios e fornecer os dados para outros experimentos.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/234340-centro-abriga-acelerador-particulas-brasileiro-sofre-ataque-hacker.htm">Centro que abriga acelerador de partículas brasileiro sofre ataque hacker</a></li></ul><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/28/28164700694001.jpg" alt="acelerador-sirius-rochas-pre-sal-2.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/28/28164701085002.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/28/28164700678000.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>O projeto já realizou as primeiras experiências. (Imagem: CNPEM/Divulgação)</figcaption></figure>Segundo o CNPEM, as primeiras medições na linha Mogno ocorreram em novembro de 2024, envolvendo o uso de amostras de poços do pré-sal. Desde então, a equipe trabalha no pós-processamento dos dados, que formarão as imagens tridimensionais das rochas.No momento, a microestação funciona na modalidade de “comissionamento científico”. Projetos de pesquisa interessados em utilizar a novidade deverão se inscrever na próxima chamada de propostas para usar o Sirius, ainda este ano, com a iniciativa sendo liberada para a comunidade científica a partir de 2026.<h2>O que é o acelerador Sirius?</h2>Instalado em Campinas (SP), o Sirius é um acelerador de partículas capaz de produzir um tipo especial de luz, chamado síncroton, utilizada para investigar a composição e a estrutura da matéria em suas variadas formas. O equipamento foi <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/134648-conheca-sirius-o-novo-acelerador-particulas-brasileiro.htm">inaugurado em 2018</a> ao custo de R$ 1,8 bilhão.Diferente do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/241375-fisica-quantica-acelerador-particulas-poderoso-mundo-religado.htm">Grande Colisor de Hádrons (LHC)</a> que fica na Suíça e objetiva investigar o núcleo dos átomos, o acelerador de partículas brasileiro acelera elétrons próximo à velocidade da luz com o processo levando à luz síncroton. Ao usá-la, os pesquisadores podem realizar análises baseadas no amplo espectro de radiações que a compõem e no seu alto brilho para investigações em escala nanométrica.<ul><li>Fique por dentro: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/261249-acelerador-particulas-brasileiro-tem-330-propostas-de-pesquisa.htm">Acelerador de partículas brasileiro tem mais de 330 propostas de pesquisa</a></li></ul>Com capacidade para atender milhares de pesquisas anualmente, o Sirius contribui para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos, fontes renováveis de energia, novos fertilizantes e soluções inovadoras para a agricultura, entre outros projetos.Curtiu o conteúdo? Continue no TecMundo para mais atualizações sobre ciência e tecnologia e não se esqueça de compartilhar as notícias nas redes sociais.

Sirius: acelerador de partículas brasileiro será usado para analisar rochas do pré-sal

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Conheça outras contribuições para o mundo da mente por trás do famoso Teorema de Pitágoras.

Quando ouvimos o nome Pitágoras é quase inevitável lembrar do famoso teorema que leva seu nome — aquele que relaciona os lados de um triângulo retângulo com uma elegância geométrica que fascina estudantes até hoje. Mas reduzir esse pensador a um simples enunciado matemático é como definir Leonardo da Vinci apenas como pintor da Mona Lisa.Pitágoras foi um dos grandes arquitetos do pensamento ocidental, e seu legado vai muito além dos números que aprendemos na escola. Filósofo, matemático, místico, fundador de uma escola que mais parecia uma seita filosófica, Pitágoras foi um personagem multifacetado cuja vida e ideias influenciaram áreas tão diversas quanto música, cosmologia e ética.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22181544817072.jpg" alt="GettyImages-146726727.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22181544849073.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22181545099076.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22181545067074.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22181545083075.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Representação gráfica do Teorema de Pitágoras: a soma dos quadrados dos catetos de um triângulo retângulo é igual ao quadrado de sua hipotenusa. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Nascido por volta de 570 a.C. na ilha de Samos, na Grécia, durante sua juventude Pitágoras viajou pelo Egito, Babilônia e outras regiões do Oriente em busca de conhecimento, absorvendo influências religiosas, matemáticas e filosóficas. Por volta de 530 a.C., estabeleceu-se em Crotona, no sul da península itálica, onde fundou a sua famosa escola — uma comunidade dedicada ao estudo dos números, da música, do universo e da alma.Conhecida como escola pitagórica, o lugar servia tanto como um centro de pesquisa matemático-filosófica quanto uma fraternidade religiosa. Seus membros seguiam regras rigorosas de conduta, praticavam a introspecção e acreditavam na transmigração da alma. Para eles, tudo no universo podia ser reduzido a relações numéricas. Não era apenas matemática — era uma filosofia de vida.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22182748215082.jpg" alt="GettyImages-177550690.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22182748262083.jpg 104w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22182748356086.jpg 333w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22182748340084.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22182748356085.jpg 666w," sizes="100vw"><figcaption>Busto de Pitágoras em Roma. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure><h2 class="" data-start="2055" data-end="2112">1. A Música como Ciência e Experiência Espiritual</h2>Uma das descobertas mais impressionantes de Pitágoras foi a relação entre som e número. Observando as cordas de um instrumento chamado monocórdio, ele percebeu que notas agradáveis ao ouvido ocorriam quando as cordas vibravam em proporções simples: 2:1 (oitava), 3:2 (quinta) e 4:3 (quarta). Pela primeira vez, alguém provava que a harmonia musical tinha uma base matemática.Essa ideia foi revolucionária. Até então, a música era considerada uma arte intuitiva. Pitágoras a transformou em ciência. Essa abordagem inaugurou a teoria musical como a conhecemos hoje e influenciou profundamente pensadores como Boécio na Idade Média e, mais tarde, os compositores da Renascença e do Barroco.Mas para Pitágoras, a música não era apenas som organizado — ela era um reflexo da ordem cósmica. Ouvir música harmônica purificava a alma e aproximava o ser humano da verdade universal.<h2 class="" data-start="2805" data-end="2991">2. A Harmonia das Esferas: a sinfonia do Cosmos</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22120803119109.jpg" alt="The_story_of_the_greatest_nations;_a_comprehensive_history,_extending_from_the_earliest_times_to_the_present,_founded_on_the_most_modern_authorities,_and_including_chronological_summaries_and_(14783288925).jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22120803150110.jpg 230w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22120803275113.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22120803260111.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22120803260112.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Ilustração de 1913 mostrando Pitágoras ensinando uma classe de mulheres na sua escola. (Fonte: Domínio Público)</figcaption></figure>Inspirado por essa visão da música, Pitágoras e seus discípulos propuseram a ideia da harmonia das esferas. Segundo essa teoria, os planetas e estrelas se moviam segundo proporções matemáticas perfeitas, produzindo uma música inaudível — uma sinfonia cósmica constante.Essa “música do universo” não podia ser ouvida com os ouvidos físicos, mas sim com o espírito treinado. A ideia pode parecer estranha aos olhos modernos, mas antecipou um conceito essencial: que o universo obedece a leis matemáticas. Johannes Kepler, séculos depois, resgataria essa noção em sua obra Harmonices Mundi, ao descrever as órbitas planetárias em termos harmônicos.Embora não seja uma teoria científica no sentido moderno, a harmonia das esferas mostra como Pitágoras foi um dos primeiros a propor que o universo era racional e regido por padrões matemáticos — uma ideia central na física contemporânea.<h2 class="" data-start="3949" data-end="3993">3. Filosofia, Ética e a Alma Imortal</h2>Se a matemática era para Pitágoras uma ferramenta para entender o mundo físico, sua filosofia era um guia para entender o mundo interior. Ele acreditava na reencarnação e na purificação da alma por meio do autoconhecimento e da vida virtuosa. Essa doutrina, chamada de metempsicose, afirmava que a alma era imortal e passava por várias existências até atingir um estado de perfeição.Essas ideias influenciaram fortemente Platão, que herdou a crença na alma eterna e na importância da razão como caminho para a verdade. A ética pitagórica valorizava a moderação, a harmonia interior e o respeito à vida — os seguidores de Pitágoras, por exemplo, eram vegetarianos e praticavam o silêncio como forma de meditação.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22121337349114.jpg" alt="Cropped_image_of_Pythagoras_from_Raphael's_School_of_Athens.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22121337365115.jpg 144w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22121337521116.jpg 462w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/22/22121337537117.jpg 692w," sizes="100vw"><figcaption>Detalhe do afresco de Rafael, a Escola de Atenas, em que Pitágoras é mostrado escrevendo em um livro. (Fonte: Domínio Público)</figcaption></figure>O filósofo também via o número como símbolo do equilíbrio moral: o número 1 representava a unidade, o 2 a dualidade e o conflito, o 3 a harmonia. Essa simbologia numérica influenciou profundamente a filosofia ocidental e até tradições esotéricas posteriores.Pitágoras foi mais do que um matemático — foi um visionário que buscou compreender o universo por meio da razão, da música e da espiritualidade. Seu legado é uma síntese rara entre ciência, arte e filosofia, mostrando que o pensamento humano não precisa ser fragmentado.Ao estudar suas contribuições, percebemos que a busca pela harmonia — tanto no universo quanto dentro de nós — é uma constante que atravessa os séculos. Portanto, da próxima vez que ouvirmos falar de Pitágoras, que possamos enxergá-lo não apenas como o homem dos triângulos, mas como um mestre que tentou traduzir o cosmos em acordes de sabedoria.

Muito além do teorema: 3 contribuições de Pitágoras que transformaram o pensamento humano

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Após analisarem dados de um magnetar, cientistas sugerem que a teoria atual sobre a origem desses objetos pode estar equivocada.

Quando uma estrela explode no fim de sua vida, ela pode se transformar em uma estrela de nêutrons que, em certas circunstâncias, dá origem a um tipo raro conhecido como magnetar. Em um novo estudo, um grupo de pesquisadores sugere que a compreensão atual sobre a formação dos magnetares pode estar, ao menos em parte, equivocada.Em um artigo publicado na revista científica&nbsp;Astronomy &amp; Astrophysics, os cientistas explicam que utilizaram dados dos telescópios espaciais Hubble e Gaia para analisar as características do magnetar SGR 0501+4516, localizado a cerca de 15 mil anos-luz de distância da Terra.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204202-cientistas-distancia-magnetar-rajadas-radio.htm" target="_blank">Cientistas conseguem medir a distância entre nós e um magnetar</a></li></ul>Segundo os pesquisadores, o processo de formação geralmente aceito pela ciência pode estar incorreto, pois os resultados sugerem que SGR 0501+4516 não apresenta as características esperadas desse mecanismo.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LDaUa1f3tDo?si=6hIBt6q0oNBmJZ1P" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>De acordo com o entendimento atual, os astrônomos acreditam que um magnetar só pode surgir após a explosão de uma estrela massiva: uma supernova. Em alguns casos, essa explosão deixaria para trás um núcleo cheio de magnetismo que formaria o objeto. Um exemplo é o próprio SGR 0501+4516, que muitos cientistas acreditam ser o remanescente da supernova HB9.“Embora a origem exata de SGR 0501+4516 ainda não esteja clara, propomos que ele seja o melhor candidato da nossa galáxia a magnetar formado por um mecanismo diferente do colapso do núcleo de uma estrela massiva”, os pesquisadores sugerem na introdução do estudo.<h2>O nascimento de um magnetar</h2>Com os dados dos telescópios Hubble e Gaia, os pesquisadores analisaram a velocidade e o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266617-cientistas-detectam-possivel-magnetar-emitindo-sinais-radio-misteriosos.htm" target="_blank">movimento do magnetar</a> e perceberam que essas informações não coincidem com a teoria de que o SGR 0501+4516 teria se originado da supernova HB9. Se ele tivesse realmente nascido dessa explosão, deveria seguir uma trajetória e velocidade específicas, o que não foi observado nos dados.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23150100169060.jpg" alt="os-dados-do-grafico-mostram-a-posição-do-magnetar-e-da-supernova-HB9" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23150100279061.jpg 156w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/23/23150100294062.jpg 498w," sizes="100vw"><figcaption>A grande mancha escura no centro representa a supernova HB9, destacando a próximidade com o magnetar SGR 0501+4516. (Fonte: B. Gaensler / S. Chatterjee)</figcaption></figure>Os autores do estudo exploram três novas possibilidades:<ul><li>A primeira é que ele pode ter se formado há tanto tempo que já não restam vestígios da explosão original, e não há 20 mil anos como os cientistas preveem;</li><li>A segunda é que o magnetar tenha surgido da fusão de duas pequenas estrelas de nêutrons;</li><li>A última hipótese é que o objeto nasceu após explosão de uma estrela anã branca.</li></ul>De qualquer forma, os dados indicam que talvez nem todos os magnetares se originem da explosão de uma estrela massiva, como os dados sobre SGR 0501+4516 indicam.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287046-pesa-estrela-neutrons-cientistas-ter-descoberto-resposta.htm" target="_blank">Quão longe estão as estrelas? A ciência responde!</a></li></ul>"As taxas de nascimento e os cenários de formação de magnetares estão entre as questões mais urgentes na astrofísica de altas energias, com implicações para muitos dos eventos transitórios mais poderosos do Universo, como explosões de raios gama, supernovas superluminosas e explosões rápidas de rádio", disse a coautora do estudo e astrônoma do Instituto de Ciências Espaciais da Espanha, Nanda Rea.Algumas estrelas surpreendem ao apresentar características fora do padrão esperado e, em alguns casos, seus destinos desafiam a lógica. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/288327-possivel-estrela-transforme-planeta.htm" target="_blank">Descubra se uma estrela pode se transformar em um planeta</a>. Até a próxima!

Como nasce um magnetar? Estudo questiona teoria atual e tenda desvendar o mistério

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Além de pouquíssimo agradável, a experiência vaporizaria seu corpo em instantes, e produziria uma reação em cadeia mais violenta do que a maior bomba nuclear.

Embora possamos afirmar às vezes que determinada pessoa é negativa (e muitas vezes é mesmo), na realidade não existem pessoas assim, pelo menos eletricamente. Os seres humanos, assim como a maioria dos objetos macroscópicos, são neutros. Ou seja, cada átomo em nosso corpo tem normalmente o mesmo número de prótons e elétrons, o que resulta em uma carga líquida igual a zero.Por isso, quando um usuário do Reddit chamado Specre1442 questionou, no subreddit AskPhysics, “O que acontece se um elétron for removido de cada átomo do seu corpo?”, a internet ferveu. É que, ao contrário do que possa parecer inicialmente, retirar um pequeníssimo elétron de cada átomo nosso pode ter consequências físicas extremas.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287456-eletrons-realmente-giram-ciencia-responde.htm" target="_blank">Os elétrons realmente giram?</a></li><li><a href="https://www.tecmundo.com.br/produto/402699-cupom-amazon-com-ate-80-off.htm?ab=true&amp;" target="_blank">Curte livros de química, física e mais? Aproveite o cupom Amazon e garanta os melhores títulos com desconto!</a>&nbsp;</li></ul>Além disso, por envolver interferência nas forças fundamentais da natureza, no caso a força eletromagnética, essa ionização caseira poderia ter efeitos catastróficos não só para a pessoa que se submetesse ao processo, mas também para todos ao seu redor. Essa catada de elétrons transformaria seu corpo em um íon positivo gigante, uma espécie de bomba de repulsão eletrostática.<h2>O que significa um grande desequilíbrio de carga elétrica?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101620208006.jpg" alt="GettyImages-940296124.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101620364007.jpg 233w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101620427009.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101620177005.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101620364008.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Raios são excelentes exemplos visuais de um grande desequilíbrio de carga elétrica. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para entendermos o que acontece quando há um desequilíbrio de carga elétrica, basta lembrar de uma sensação incômoda pela qual muitos de nós passamos ao tocar uma maçaneta de metal depois de andar sobre um carpete. É que o atrito entre os pés e o protetor de piso faz com que o corpo acumule carga estática, ou seja, ganhe ou perca elétrons. O resultado quando encostamos em algo condutor, como uma maçaneta, é um choque irritante.&nbsp;Se teorizarmos <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290165-ligacao-carbono-carbono-unico-eletron-observada-primeira-vez.htm" target="_blank">o que aconteceria caso cada átomo do nosso corpo perdesse um elétron</a>, vale lembrar que somos formados por cerca de 7 × 10²⁷ átomos (ou um 7 seguido de 27 zeros). Isso geraria uma carga positiva imensa, completamente fora da escala do que conhecemos no dia a dia. E não é preciso ser nenhum PhD para imaginar que esses trilhões de átomos corporais em fuga despedaçariam o corpo instantaneamente.&nbsp;Segundo o redditor Last-Form-5871, a energia eletrostática liberada ao remover um elétron de cada átomo do corpo humano seria “colossal”, algo entre 10¹⁷ e 10²⁰ joules. Para comparação, a Bomba do Czar, de 1961, liberou cerca de 2 × 10¹⁷ joules. Ou seja, uma pessoa sozinha poderia liberar mais energia que a maior bomba nuclear já detonada, vaporizando-se junto com sua cidade inteira.<h2>Consequências da retirada de elétrons de átomos no Universo</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101912243015.jpg" alt="GettyImages-1243662884.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101912290016.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101912321017.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101912321019.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/21/21101912321018.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A nebulosa de Órion (Messier 42) é um belíssimo exemplo de ionização no espaço. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>O principal problema da remoção de um elétron de cada átomo do corpo não é só o desequilíbrio de carga em si, mas a escala do efeito. Aquelas unidades fundamentais que se mantinham juntas por força sutis passam, abruptamente, a se repelir com violência extrema. Sob essas condições, não há tecido, osso ou estrutura molecular que resista: o corpo se torna um caos atômico, explodindo de dentro para fora.&nbsp;Embora a ionização aconteça o tempo todo no espaço, lá essa separação ocorre por forças extremas como a radiação solar (vento solar e raios ultravioleta), altas temperaturas no meio interestelar e ondas de choque ocorridas em supernovas, ventos estelares ou acréscimos em buracos negros. O resultado são nebulosas coloridas, como a de Órion, e auroras na Terra.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289665-nebulosas-gigantes-cosmicas-formam.htm" target="_blank">Nebulosas, como as gigantes cósmicas se formam?</a></li></ul>A boa notícia é que esse tipo de ionização é fisicamente inviável em nossos corpos malhados, com a tecnologia atual. Remover seletivamente trilhões de elétrons de átomos organizados, de maneira simultânea e precisa, é algo que nenhuma fonte de energia ou dispositivo terrestre consegue fazer, pelo menos por enquanto. De qualquer forma, fica a dica: ser uma pessoa totalmente positiva pode não ser uma boa ideia em certos contextos.&nbsp;O que você achou desse tópico do Reddit sobre as consequências de reduzir as forças negativas (elétricas) no corpo humano? Comente nas redes sociais e aproveite para compartilhar este artigo. Veja também <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290456-eletrons-limite-oferecer-energia-perfeita-diz-estudo.htm" target="_blank">como os elétrons no limite podem oferecer “energia perfeita”</a>.

O que aconteceria se um elétron fosse retirado de cada átomo do seu corpo?

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Os continentes se movem por causa do deslocamento das placas tectônicas. Mas qual deles se movimenta mais rápido que os demais?

A Terra possui uma crosta dividida em várias placas tectônicas, que flutuam livremente sobre o manto e influenciam diretamente o movimento dos continentes. Mas você sabe qual é a placa que se move mais rápido no planeta?Há milhões de anos, todos os continentes formavam um único bloco de terra chamado Pangeia. Com o passar do tempo, o movimento dessas placas separou os continentes, até que eles alcançaram a disposição atual. No Brasil, consideramos que a Terra possui seis continentes: América, África, Europa, Ásia, Oceania e Antártida.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294780-africa-partindo-ciencia-responde.htm" target="_blank">Por que a África está se partindo? A ciência responde!</a></li></ul>Nos Estados Unidos e em países ingleses, são considerados sete continentes: África, América do Norte, América do Sul, Antártida, Ásia, Europa e Austrália.Se analisarmos nessa visão, podemos dizer que a Austrália é o continente que se move mais rapidamente. Cientistas estimam que sua velocidade de deslocamento é de aproximadamente sete centímetros por ano, enquanto os demais continentes costumam se mover cerca de 1,5 centímetro por ano.A placa tectônica também é chamada de indo-australiana, pois abrange o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/278227-continente-perdido-atlantida-descoberto-australia-estudo.htm" target="_blank">território continental da Austrália</a>, a Tasmânia, partes da Nova Zelândia, da Nova Guiné e do Oceano Índico. Até 2017, a Austrália usava as mesmas coordenadas geográficas em seus mapas desde 1994. No entanto, foi necessário atualizá-las após detectar um deslocamento de 1,6 metro causado pelo movimento da placa.“O movimento das placas é possível porque a fronteira entre a litosfera e a astenosfera é uma zona de desprendimento. À medida que as placas litosféricas se deslocam pela superfície da Terra, impulsionadas por forças ainda não totalmente compreendidas, elas interagem entre si nas suas bordas, divergindo, convergindo ou deslizando umas em relação às outras”, a enciclopédia Britannica descreve.<h2>Continente mais rápido</h2>Apesar de todas as placas tectônicas apresentarem movimentações, cada uma se desloca em velocidades diferentes. Um estudo publicado na revista científica Earth and Planetary Science Letters indica que a placa indo-australiana pode se mover até 8,5 centímetros por ano, enquanto as placas mais lentas avançam entre 2,6 e 2,8 centímetros anualmente.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842907016.jpg" alt="a-ilustração-apresenta-as-placas-tectonicas-da-Terra" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842844014.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842922017.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842891015.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16085842938018.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Especialistas sugerem que a maioria das placas tectônicas (imagem) se movimenta na mesma velocidade do crescimento das unhas em seres humanos. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Normalmente, os cientistas medem esse deslocamento por meio de sistemas de GPS via satélite. Porém, também existem métodos que analisam rochas do fundo do oceano, que possuem informações sobre as inversões do campo magnético da Terra. Com base na duração aproximada dessas inversões, é possível calcular a taxa média de movimentação das placas tectônicas.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287893-terra-tem-seis-continentes-nao-sete-aprendemos-diz-estudo.htm" target="_blank">A Terra tem seis continentes, e não sete como aprendemos, diz estudo</a></li></ul>Em dezenas de milhões de anos, é possível que parte da placa australiana entre em colisão com a placa eurasiana, que fica ao redor do Sudeste Asiático e China. Com esse movimento, provavelmente, as duas deixariam se fundiriam em uma nova placa: a Austrásia.É importante destacar que como essas mudanças são muito pequenas em comparação com o tamanho do planeta, a sociedade não sente essa movimentação.A movimentação dos continentes só é possível graças à dinâmica das placas tectônicas, mas elas não apenas moldam os continentes, pois também explicam terremotos, vulcões e até a formação de montanhas. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274162-pesquisadores-criam-mapa-definitivo-placas-tectonicas-terra.htm">Confira o mapa definitivo das placas tectônicas da Terra</a>. Até a próxima!

Qual é o continente que se move mais rápido? Descubra

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Um novo estudo sugere que a rotação do universo pode resolver um dos grandes problemas da astronomia: a tensão de Hubble.

Há algum tempo, cientistas estudam a hipótese de que o universo pode estar girando, de forma semelhante ao movimento da Terra. Agora, essa ideia está ganhando mais adeptos. Segundo um estudo recente realizado por pesquisadores do Instituto de Astronomia de Mānoa, da Universidade do Havaí, talvez exista uma rotação do universo.Em um artigo publicado na Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, os cientistas propuseram um modelo de universo com rotação e, até o momento, a matemática por trás dele parece estar correta.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280828-james-webb-hubble-confirmam-taxa-expansao-universo-misterio-persiste.htm" target="_blank">James Webb e Hubble confirmam taxa de expansão do Universo, mas o mistério persiste</a></li></ul>Essa informação poderia revolucionar a ciência, já que as teorias atuais indicam que o universo não gira, ele apenas se expande de forma uniforme em todas as direções. Apesar das teorias aceitas explicarem a maioria das observações astronômicas, elas não resolvem o que é conhecido como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274559-misterio-resolvido-tensao-hubble-explicada-teoria-alternativa-gravidade-diz-estudo.htm" target="_blank">tensão de Hubble</a>.A tensão de Hubble é uma discrepância nos valores da taxa de expansão do universo, o que sugere a existência de algum fenômeno ainda desconhecido pela astronomia. Talvez, esse fenômeno seja o giro do universo."Para nossa surpresa, descobrimos que nosso modelo com rotação resolve o paradoxo sem contradizer as medições astronômicas atuais. Melhor ainda, é compatível com outros modelos que pressupõem rotação. Portanto, talvez tudo realmente gire", disse um dos autores do estudo, István Szapudi, em comunicado oficial.<h2>Tensão de Hubble e rotação do universo</h2>Sabemos que o universo está se expandindo, mas os diferentes métodos de medição dessa expansão mostram taxas diferentes; essa é a tensão de Hubble. O novo estudo teoriza que a rotação do cosmos poderia explicar esse problema.No modelo matemático, os pesquisadores utilizaram todas as leis clássicas da física, mas adicionaram uma pequena rotação ao universo. Eles perceberam que essa rotação lenta resolveu, do ponto de vista matemático, o problema da tensão de Hubble — sem causar contradições com as equações atuais.De acordo com os resultados do modelo, o universo poderia completar uma rotação aproximadamente a cada 500 bilhões de anos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16142402041495.jpg" alt="a-fotografia-mostra-uma-galaxia-em-espiral" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16142401932492.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16142402010494.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/16/16142401994493.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A imagem apresenta a galáxia com rotação espiral M51; será que o universo poderia girar dessa mesma forma? (Fonte: NASA)</figcaption></figure>Talvez por ser tão lento, esse movimento não seja facilmente detectado pelos instrumentos espaciais atuais. Contudo, mesmo com essa baixa velocidade, a rotação seria suficiente para impulsionar a expansão do cosmos, como observamos hoje.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271786-energia-escura-responsavel-maior-parte-universo-diz-estudo.htm" target="_blank">Energia escura é responsável pela maior parte do universo, diz estudo</a></li></ul>De qualquer forma, é importante destacar que o modelo matemático ainda não é suficiente para confirmar se essa rotação do universo realmente existe.Por isso, os cientistas planejam desenvolver um modelo computacional mais completo, com todos os dados necessários para tentar encontrar evidências desse suposto giro cósmico.“Analisamos a evolução temporal do parâmetro de Hubble dentro do modelo Euler–Poisson, com uma escala do tipo Sedov autossimilar e dependente do tempo, aplicada a uma equação de estado linearizada para um fluido escuro. Esse modelo é consistente com a cosmologia de Newton–Friedmann quando o momento angular é zero, e facilita a análise de cosmologias com rotação lenta”, os cientistas descrevem na conclusão do artigo.A tensão de Hubble intriga os cientistas por causa da diferença nos valores observados para a taxa de expansão do universo. Quer saber mais? <a href="https://tecmundo.com.br/ciencia/266788-constante-hubble.htm" target="_blank">Entenda o que é a Constante de Hubble</a>. Até a próxima!

Rotação do universo poderia explicar a tensão de Hubble; entenda

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Conheça a ciência por trás de um dos eventos mais destrutivos do planeta.

<div class="Am aiL Al editable LW-avf tS-tW tS-tY" style="direction:ltr;min-height:240px;" id=":1iy" hidefocus="true" aria-label="Corpo da mensagem" writingsuggestions="false" g_editable="true" role="textbox" aria-multiline="true" contenteditable="true" tabindex="1" itacorner="6,7:1,1,0,0" spellcheck="false" aria-owns=":1lc" aria-controls=":1lc" aria-expanded="false">Por trás da aparente calma de uma superfície oceânica, por vezes, um perigo descomunal se esconde e, em um instante, uma costa tranquila se transforma em caos. O mar recua como se tomasse fôlego e, segundos depois, uma parede de água avassaladora avança com uma força brutal.&nbsp;Os tsunamis são manifestações brutais de energia transferida em larga escala — uma dança de forças geofísicas e hidrodinâmicas que culmina em uma onda capaz de atravessar oceanos inteiros a velocidades de jato comercial.&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400170-qual-e-a-diferenca-entre-um-tsunami-e-um-maremoto-a-ciencia-responde.htm" target="_blank">Qual é a diferença entre um tsunami e um maremoto?</a></li></ul>Entender <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294227-missao-falha-sismica-japao-ajudar-entender-causas-tsunamis.htm" target="_blank">a física por trás dos tsunamis</a> não é apenas uma questão de curiosidade científica, mas uma necessidade premente em um mundo onde o impacto desses eventos pode ser catastrófico.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218703003.jpg" alt="Onda-gigante.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218328000.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218328002.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218328001.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091218719004.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Onda gigante em tempestade atigindo a costa. (Fonte: Getty Imagem)</figcaption></figure>A palavra "tsunami" vem do japonês e significa literalmente "onda de porto". Isso porque muitas vezes os pescadores que estavam em mar aberto não notavam nada de incomum, enquanto as ondas devastavam as vilas costeiras.&nbsp;Diferentemente <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271379-ondas-oceanos-representam-desafio-complexo-ciencia-nao-linear-diz-estudo.htm" target="_blank">das ondas geradas pelo vento</a>, os tsunamis têm origem em deslocamentos abruptos de grandes volumes de água, normalmente causados por terremotos submarinos, erupções vulcânicas, deslizamentos de terra ou, mais raramente, impactos de meteoritos.Do ponto de vista físico, um tsunami é uma onda de gravidade de longa duração e grande comprimento de onda (tipicamente entre 100 e 500 km) e baixa amplitude no mar aberto — geralmente menos de 1 metro.&nbsp;<blockquote>“O que o torna destrutivo é a compressão dessa energia à medida que a onda se aproxima da costa. ”</blockquote>Isso ocorre por causa da conservação da energia e da redução da profundidade do oceano: a velocidade da onda diminui (de cerca de 800 km/h em mar profundo para menos de 50 km/h perto da costa), mas a altura aumenta drasticamente, podendo ultrapassar 30 metros em casos extremos.A equação que descreve a velocidade de propagação de uma onda de tsunami em águas profundas é v =&nbsp;√gh&nbsp;, onde g&nbsp;é a aceleração da gravidade (9,8 m/s²) e h&nbsp;é a profundidade do oceano.&nbsp;Para um oceano com 4.000 metros de profundidade, isso dá uma velocidade aproximada de 198 m/s (ou 712 km/h). Essa velocidade explica por que um tsunami pode atingir continentes distantes poucas horas após o evento que o gerou.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806240005.jpg" alt="representação-artistica-de-um-tsunami.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806381008.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806350007.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806334006.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09091806412009.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Representação artística de um tsunami. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A descrição completa dos tsunamis envolvem conceitos avançados de mecânica dos fluidos, conservação de energia e momento <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282677-ondas-gigantes-aguas-calmas-saiba-tsunamis-lagos-tao-perigosos.htm" target="_blank">para a análise da propagação de ondas não lineares</a>. Modelos numéricos sofisticados, baseados nas equações de águas rasas derivadas da equação de Navier-Stokes, são usados para prever a propagação e o impacto das ondas.Curiosamente, tsunamis não têm uma única crista como as ondas comuns. São compostos por uma série de ondas separadas por intervalos de minutos, chamadas de trens de ondas. A primeira onda a atingir a costa nem sempre é a maior, e o fenômeno pode durar horas, com diferentes ondas chegando em sequência.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004574011.jpg" alt="tsunami-Indonesia.webp" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004543010.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004715013.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004715012.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092004808014.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Destruição deixada após a passagem do tsunami de 2004 na Indonésia. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Historicamente, os tsunamis deixaram marcas profundas na memória humana. O tsunami de 2004, gerado por um terremoto de magnitude 9,1 na costa de Sumatra, é um dos mais letais já registrados, com mais de 230 mil mortos em 14 países.&nbsp;Outro evento notório foi o tsunami causado pelo terremoto do Japão em 2011, que <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/267914-agua-residual-desastre-fukushima-despejada-oceano.htm" target="_blank">provocou a catástrofe nuclear de Fukushima</a>. Neste caso, a altura das ondas superou 10 metros em algumas regiões do Japão, ultrapassando barreiras de proteção e revelando os limites dos sistemas de prevenção.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/infografico/8668-como-prevemos-e-registramos-desastres-naturais.htm" target="_blank">É possível prever desastres naturais?</a></li></ul>A magnitude do terremoto foi estimada em 8,9 na escala Richter, liberando energia equivalente a centenas de bombas atômicas. A detecção precoce de tsunamis é um desafio científico e tecnológico.&nbsp;Atualmente, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/231044-tsunamis-possuem-campo-magnetico-detectado.htm" target="_blank">os cientistas usam sistemas de sensores de pressão no fundo do mar</a> (como as boias DART - Deep-ocean Assessment and Reporting of Tsunamis) que detectam alterações de pressão associadas à passagem das ondas. &nbsp;Esses dados são transmitidos via satélite para centros de alerta que podem emitir avisos com algumas horas de antecedência — tempo vital para evacuação de zonas costeiras.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512270018.jpg" alt="tsunami-no-japao.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512238015.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512254016.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512270017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/04/09/09092512285019.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Tsunami que atingiu o Japão em 2011. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>No futuro, o aprimoramento da modelagem computacional, da inteligência artificial e da rede de sensores globais promete melhorar a precisão das previsões e salvar vidas. No entanto, o maior desafio ainda é a conscientização pública e o preparo das comunidades costeiras.&nbsp;A compreensão sobre o que é um tsunami, como ele se forma e quais sinais precedem sua chegada pode salvar incontáveis vidas. Integrar conceitos básicos de física e geociências de forma efetiva ao currículo escolar, promover campanhas de conscientização em áreas costeiras e treinar a população para respostas rápidas e coordenadas são passos fundamentais.&nbsp;O conhecimento científico, quando compartilhado de forma acessível e contínua, transforma-se em escudo contra tragédias!</div>

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A física por trás dos tsunamis

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Final Explicado de O ETERNAUTA (ALERTA DE SPOILER 🚨)

Explicando Finais

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O MONSTRÃO TÁ VINDO! Dá uma olhada nesse comparativo entre os três jogos mais recentes da franquia DOOM e conta pra gente nos comentários qual está mais bonito e brutal! DOOM: The Dark Ages será lançado dia 14 de maio para Xbox Series X e S, PS5 e PC. A análise completa do jogo já está disponível no nosso site e canal do YouTube. #doom #doomthedarkages #doomguy #comparativo #xbox #playstation #pcgaming #bethesda #idsoftware #gaming

DOOM: Qual está mais bonito e brutal?

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Final Explicado de Week Hero Class 2ª temporada

Após viajar para o Japão e jogar quase 30 horas diretamente da Kojima Productions, essas são as 3 coisas que mais gostamos de Death Stranding 2: On The Beach (sem spoilers). Conta pra gente quais são as suas expectativas para o jogo nos comentários! 🔥 Se liga na oferta que encontramos para você! 🔥 - PlayStation Store - Cartão Virtual 250 Reais: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/3R56pLE - Xbox Game Pass Ultimate: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/39RhB87 Instagram: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/instagramvoxel TikTok: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/tiktokvoxel WhatsApp: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/whatsvoxel Telegram: <a href="https://" target="_blank" rel="nofollow noopener">https://</a>bit.ly/telegramvoxel #deathstranding2 #ds2 #kojimaproductions #kojima #hideokojima #playstation5 #ps5 #sony

3 coisas que o Derek mais curtiu em Death Stranding 2

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