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Descubra o que são vulcões, como se formam, seus diferentes tipos e as ameaças que representam ao clima. 

Os vulcões estão entre os fenômenos mais intensos da Terra, pois podem criar erupções que podem devastar regiões inteiras. Apesar de suas forças destrutivas, eles também desempenham um papel crucial em diferentes características do planeta.Explicando de uma forma simples, um vulcão é um tipo de abertura na crosta terrestre que possibilita a saída de magma, que são rochas derretidas do interior da Terra. Além disso, eles também liberam gases quentes e cinzas para a superfície.Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237610-feita-lava-vulcao.htm" target="_blank">Do que é feita a lava de vulcão?</a>Ao longo da história, as erupções vulcânicas foram importantes para a formação do planeta e até para a história da humanidade. Não é à toa que algumas civilizações antigas tratavam vulcões como um lugar religioso. Por exemplo, os astecas consideravam os vulcões locais sagrados que tinham relações com os deuses.Para a ciência, essas estruturas rochosas são fundamentais para entender a dinâmica do planeta, desde os impactos que podem causar no clima até o funcionamento das estruturas internas da Terra.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/LQwZwKS9RPs?si=mOp8gcvu7PJxiwQE" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>“Em um sentido estrito, o termo vulcão se refere à abertura por onde o magma e outras substâncias entram em erupção na superfície, mas também pode designar a formação terrestre criada pelo acúmulo de lava solidificada e detritos vulcânicos próximos à abertura”, a enciclopédia Britannica descreve.<h2>O que são vulcões?</h2>Um vulcão é uma abertura que conecta o interior da Terra à superfície. Inclusive, nem todos os vulcões possuem o formato clássico de montanha; alguns se formam em áreas relativamente planas ou com inclinações suaves. Na verdade, o formato montanhoso surge com o tempo, devido ao acúmulo de lava e rochas expelidas durante as erupções.Quando o magma consegue atingir o exterior, ele passa a ser chamado de lava. Durante a erupção vulcânica, essa lava escorre ou é lançada para fora com fragmentos de rocha, nuvens de gás e outros detritos.Com o tempo, as camadas de lava solidificada, cinzas e detritos se acumulam ao redor da cratera. É justamente esse processo que forma o relevo característico, dando ao vulcão a aparência de uma montanha com uma cratera no topo.No caso de um vulcão ativo, existe uma região subterrânea onde o magma se acumula sob condições intensas de alta pressão. Quando essa pressão chega em um limite, o magma quebra a camada solidificada na superfície e é ejetado para fora.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162022944012.jpg" alt="a-imagem-mostra-lava-fluindo-de-um-vulcão" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162022944012.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162022960014.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162022960013.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162022991015.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A lava (imagem) é o magma que expeliu do interior do vulcão. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>É assim que ocorrem as erupções: o material mais quente e menos denso do interior da Terra é expelido pela pressão dos gases acumulados dentro do vulcão. Para ilustrar, é um processo parecido com o que acontece em uma garrafa de champanhe, quando a rolha é ejetada pela pressão dos gases da bebida.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/86017-mapa-3d-terra-mostra-surgem-vulcoes-video.htm" target="_blank">Mapa 3D da Terra mostra como surgem os vulcões&nbsp;</a></li></ul>Em relação a um vulcão adormecido, ele está há muito tempo sem erupções vulcânicas, mas ainda pode voltar a entrar em erupção algum dia.Ao redor do planeta, existem milhares de vulcões distribuídos, tanto na superfície terrestre quanto, no fundo dos oceanos. Os vulcões submarinos são responsáveis pela formação das cordilheiras submarinas e, atualmente, é responsável pela maior parte da atividade vulcânica registrada<h2>Como os vulcões se formam?</h2>A formação dos vulcões está diretamente ligada à dinâmica das placas tectônicas da Terra e ao calor no interior do planeta.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162425432024.jpg" alt="a-ilustravao-apresenta-a-dinamica-da-formação-de-vulcoes" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162425416022.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162425416021.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/07/03/03162425432023.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>Os vulcões se formam principalmente de três maneiras, a partir da ascensão do magma para a superfície. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>Em geral, existem três fenômenos geológicos principais que dão origem aos vulcões:<ul><li>Placas se afastando (zonas de divergência): quando duas placas tectônicas se movem em direções opostas, abrem um espaço na crosta por onde o magma pode ascender. O magma do manto sobe para preencher a fenda aberta e forma vulcões submarinos;</li><li>Placas se chocando (zonas de subducção): quando uma placa tectônica oceânica colide e mergulha por baixo de outra placa, o material afundado aquece e começa a derreter no manto. Esse magma é menos denso e tende a subir, alimentando, vulcões na placa superior;</li><li>Pontos quentes (hotspots): alguns vulcões surgem no meio de placas tectônicas, acima de regiões anômalas do manto chamadas “hotspots”. Nesses pontos, o magma rompe a crosta e forma vulcões na superfície.</li></ul><h2>O que é um supervulcão?</h2>Apesar de não existir uma definição científica universal, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281386-supervulcao-ciencia-responde.htm" target="_blank">um supervulcão é um tipo de vulcão</a> com uma erupção explosiva que atinge o nível máximo na escala de intensidade; chamada Índice de Explosividade Vulcânica (VEI). O VEI 8 é o mais poderoso, e equivale a expelir milhares de quilômetros cúbicos de material em uma única erupção.Enquanto uma erupção comum pode liberar menos de um quilômetro cúbico de detritos, um supervulcão pode ejetar mais de mil quilômetros cúbicos.As erupções supervulcânicas são tão volumosas que destroem a própria estrutura do vulcão. Quando um supervulcão entra em erupção, ele esvazia suas câmaras subterrâneas; com o colapso dessas câmaras após a liberação do magma, o terreno acima desaba, formando depressões gigantes conhecidas como caldeiras.Por isso, muitos supervulcões não se apresentam como montanhas, mas sim como extensas caldeiras vulcânicas relativamente planas. Um exemplo é Yellowstone, nos Estados Unidos, um supervulcão com uma caldeira de dezenas de quilômetros de diâmetro, resultado de erupções antigas.“Outros vulcões formadores de caldeiras que provocaram erupções piroclásticas extremamente grandes nos últimos 2 milhões de anos incluem o Long Valley, no leste da Califórnia; a Caldeira de Valles, no Novo México; Toba, na Indonésia; e Taupo, na Nova Zelândia”, explica a instituição geológica norte-americana USGS.<h2>Existem vulcões no Brasil?</h2>Atualmente, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/234135-existe-existiu-vulcao-brasil.htm" target="_blank">não existem vulcões ativos no Brasil</a>. Diferentemente de outras regiões, o território brasileiro está relativamente longe dos limites das placas tectônicas. Ou seja, isso significa que não há zonas de subducção ou outras áreas capazes de gerar vulcanismo na superfície.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/232333-morada-vulcoes-o-circulo-fogo.htm" target="_blank">O que é o Círculo de Fogo?</a></li></ul>Em outras palavras, o ambiente geológico do Brasil não favorece o surgimento de vulcões ativos, mas isso não quer dizer que nunca houve atividade vulcânica por aqui. Há aproximadamente 130 milhões de anos, erupções de lava ocorreram na região que hoje corresponde ao sul do Brasil e partes da África, durante a separação dos continentes.As erupções vulcânicas liberam altas quantidades de gases e partículas na atmosfera, como o dióxido de enxofre, que podem influenciar no aquecimento global. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401407-por-que-os-vulcoes-podem-ser-uma-ameaca-ao-clima-da-terra.htm" target="_blank">Entenda por que os vulcões podem ser uma ameaça ao clima da Terra</a>. Até a próxima!

O que são vulcões? Formação, tipos e curiosidades

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Cada “batimento cardíaco” geológico imprimiu um sinal químico diferente nas rochas vulcânicas analisadas pelos pesquisadores.

Uma das regiões mais fascinantes da Terra, em termos geológicos, o chamado Rift Etíope é uma zona de separação tectônica onde a Placa Africana está se dividindo em duas: a Placa Núbia (a oeste) e a Placa Somali (a leste). A imensa fenda se estende por centenas de quilômetros e é marcada por uma estrutura mais profunda: a Depressão de Afar.&nbsp;Nesse cenário desértico, que os geólogos chamam de junção tríplice — pois é uma espécie de delta onde três rifts tectônicos se encontram –, uma equipe de pesquisadores da Universidade de Southampton encontrou indícios de batidas lentas e profundas, como um padrão rítmico a regular as plumas térmicas, jorros de rocha quente vindos das profundezas da Terra.&nbsp;<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294780-africa-partindo-ciencia-responde.htm" target="_blank">Por que a África está se partindo?</a></li></ul>Essas batidas “fortes” são, naturalmente, uma metáfora para explicar “que o manto abaixo de Afar não é uniforme ou estacionário — ele pulsa, e esses pulsos carregam assinaturas químicas distintas”, afirma em um comunicado a autora principal, Emma Watts, para explicar que essas plumas mantélicas não sobem de forma contínua, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273764-terra-tem-batimento-cardiaco-pulsa-cada-27-5-milhoes-anos.htm" target="_blank">mas como batimentos cardíacos</a>.<h2>Lendo padrões geológicos rítmicos em rochas vulcânicas</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25120405760104.jpg" alt="amostra-de-rocha-vulcânica.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25120405885106.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25120405822105.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25120405900107.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25120405900108.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Fina lasca de uma das rochas vulcânicas de Afar. (Fonte: Emma Watts, Universidade de Southampton/Universidade de Swansea/Divulgação)</figcaption></figure>Para comprovar a teoria do “coração pulsante”, os pesquisadores coletaram e analisaram mais de 130 amostras de rochas vulcânicas jovens da região de Afar. A equipe descobriu uma pluma única, porém assimétrica, com bandas químicas distintas e repetitivas ao longo do rift, que os cientistas chamaram de códigos de barras geológicos.&nbsp;O coautor Tom Gernon, professor de Ciências da Terra, explicou o apelido: “Esses pulsos parecem se comportar de forma diferente dependendo da espessura da placa e da velocidade com que ela se separa. Em fendas de expansão mais rápida, como o Mar Vermelho, os pulsos viajam de forma mais eficiente e regular, como um pulso por meio de uma artéria estreita”.Segundo Watts, essas "batidas" do manto terrestre acontecem porque ele não é uniforme, ou seja, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/282665-manto-terra-moldou-topografia-da-superficie-entenda.htm " target="_blank">contém materiais diferentes misturados ao longo de milhões de anos</a>. Cada pulso de rocha quente que sobe tem uma "receita química" única que os cientistas conseguem detectar, analisando as rochas vulcânicas que chegam à superfície após as erupções.<h2>Implicações das descobertas para o futuro da África</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25121028414125.jpg" alt="Camelos-e-homens-na-Depressão-de-Afar.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25121028399124.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25121028461126.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25121028477127.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/25/25121028492128.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A Depressão de Afar que será inundada por um oceano no futuro. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Ressaltando que o processo de abertura das fendas tectônicas não aconteceu de forma simultânea, mas em etapas, o estudo afirma que “o Rift do Golfo de Áden começou há cerca de 35 milhões de anos, o do Mar Vermelho, há 23 milhões, e o Rift Etíope principal, há 11 milhões de anos”. Isso significa que, após Áden, as outras fendas seguiram com lacunas de cerca de 12 milhões de anos.Os autores compararam as amostras com menos de 2,6 milhões de anos — de vulcões que estiveram ativos recentemente—, com o material mais antigo da região. Focando nesses dados, a equipe descobriu o ritmo, mas não foi capaz de medir o tempo exato, que, segundo Watts, "é provável que esteja em uma escala de tempo de milhões de anos".&nbsp;<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402280-placa-oceanica-antiga-entre-arabia-e-eurasia-pode-estar-se-rompendo-diz-estudo.htm" target="_blank">Placa oceânica antiga entre Arábia e Eurásia pode estar se rompendo</a></li></ul>Essa descoberta tem implicações profundas para entender como os continentes se dividem e como novos oceanos se formam. Na junção tríplice de Afar, sob a Etiópia, onde três placas tectônicas se encontram, o magma derretido está golpeando a crosta do planeta por baixo. Lá, o continente está sendo dividido aos poucos, nos estágios iniciais da formação de um novo oceano.O estudo foi publicado na revista Nature Geoscience.O que você acha da ideia de estar presenciando o nascimento de um novo oceano em nosso planeta? Comente nas redes sociais e compartilhe a matéria com seus amigos. Para saber mais sobre placas tectônicas, veja como <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/263587-cientistas-encontraram-20-mil-vulcoes-antigos-fundo-oceano.htm" target="_blank">cientistas encontraram quase 20 mil vulcões antigos no fundo do oceano</a>.

Pulsos vindos do fundo da Terra ditam o ritmo da formação de um novo oceano

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O novo estudo revela como a morte de milhões de indígenas durante a colonização europeia impactou os níveis globais de metano em 1592. 

Desde que, no ano 2000, o Prêmio Nobel de Química Paul Crutzen e o limnólogo Eugene Stoermer propuseram a hipótese de que a atual época geológica do planeta Terra, o Holoceno, havia se encerrado e em seu lugar se iniciara o Antropoceno, diversos estudiosos têm tentado definir quando realmente a “era do homem” começou a impactar a Terra.Infelizmente, o órgão que tem autoridade para reconhecer essa mudança, a União Internacional de Ciências Geológicas (IUGS) rejeitou-a em março de 2024. Isso não impediu que várias propostas continuassem sendo apresentadas, ora situando o início do Antropoceno no início do século 17 ou em meados do século 20 com a detonação das bombas atômicas.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280676-antropoceno-holoceno-futuro-terra-debate.htm " target="_blank">Antropoceno ou Holoceno? O futuro da Terra em debate</a></li></ul>Em um estudo recente, publicado na revista Nature Reviews, Earth and Environment, o cientista de ecossistemas e biogeoquímico Vincent Gauci, da Universidade de Birmingham, na Inglaterra, propõe uma nova data de início para o Antropoceno. Baseada em mudanças nos níveis globais de metano, sua hipótese é de que a era geológica teria começado em 1592.<h2>Vantagens de uma teoria baseada no metano atmosférico</h2><div class="raw-html-embed"><iframe width="665" height="374" src="https://www.youtube.com/embed/FWOhcSVW3p0" title="Global Atmospheric Methane from Jan 1, 2018 through Nov 30, 2018" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Embora a proposta de Gauci tenha também como pano de fundo o colonialismo europeu, ele sugere que o Antropoceno começou cerca de 18 anos antes da data proposta de 1610, baseada nos níveis de CO₂ identificados nos registros de núcleos de gelo. A nova data se apoia em uma pesquisa sobre a concentração atmosférica de metano.&nbsp;A metodologia baseada em metano oferece algumas vantagens sobre os indicadores anteriores. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275253-retrospectiva-seculo-pesquisadores-analisam-66-milhoes-anos-do-co2.htm " target="_blank">Enquanto o CO₂ pode permanecer na atmosfera por décadas ou séculos</a>, o metano responde rapidamente a alterações ambientais, além de ser 80 vezes mais potente. Em outras palavras, representa um marcador temporal mais preciso para mudanças antropogênicas.&nbsp;Assim como na pesquisa de Simon Lewis e Mark Maslin, as descobertas de Gauci se basearam em indícios de mudanças históricas na composição da atmosfera global detectados em testemunhos de gelo coletadas de geleiras e calotas polares da Antártida. A pesquisa atual mostra uma concentração mínima de metano 100 anos depois da chegada de Colombo às Américas.<h2>Morte e renascimento de homens e árvores</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040461170.jpg" alt="Medindo-a-absorção-de metano-pelas-árvores.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040461169.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040617172.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040586171.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/24/24115040664173.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Medindo a absorção de metano pelas árvores. (Fonte: Vincent Gauci/Divulgação)</figcaption></figure>A chegada dos europeus em 1492 e a colonização a partir de 1500 resultaram em um colapso demográfico (leia-se genocídio indígena) de cerca de 50 milhões de pessoas nas Américas. Com isso, grandes extensões de terras agrícolas deixaram de ser cuidadas, o que provocou um reflorestamento sem precedentes. Resultado: menos CO₂ e metano na atmosfera.&nbsp;Em seu artigo, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150489-efeito-estufa-humanos-emitem-metano-pensava.htm " target="_blank">Gauci se apoia no poder das árvores como sumidouros de metano</a>. Com mais árvores crescendo em terras agrícolas abandonadas, havia mais área de superfície de árvores lenhosas em contato com a atmosfera. Segundo o autor, essas árvores hospedam micróbios que removem diretamente o metano da atmosfera.&nbsp;Outro mecanismo, a retenção de parte das chuvas pelas copas das árvores faz com que a água evapore diretamente de volta à atmosfera, sem chegar ao solo. Na prática, isso significa um “sequestro” da água que iria para os pântanos, reduzindo uma grande fonte produtora de metano.&nbsp;<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/273158-antropoceno-podemos-testemunhando-morte-natureza-alerta-especialista.htm" target="_blank">Antropoceno, podemos estar testemunhando a morte da Natureza, alerta especialista</a></li></ul>Esses vestígios de nossa influência antiga sobre o planeta indicam que “sempre houve uma conexão íntima e evolutiva entre a humanidade e o mundo natural”, diz Gauci. “Uma conexão tão fundamental que, durante toda a nossa existência como espécie, fomos inseparáveis da própria natureza”, conclui ele em um comunicado.Você acha que o fato de algumas vozes não estarem sendo ouvidas nas discussões climáticas invalida a existência do Antropoceno? Comente nas redes sociais e aproveite para compartilhar esta matéria. Para saber mais sobre aquecimento global, explore <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289574-explorando-aquecimento-global-guia-completo-gases-efeito-estufa.htm" target="_blank">este guia completo de gases de efeito estufa</a>.

Embora oficialmente negado, início do Antropoceno é mostrado em estudo

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Descubra como os jogos eletrônicos afetam o cérebro, explorando benefícios e riscos associados a diferentes idades, tempo e tipos de jogos.

Desde a década de 1980, a neurociência estuda os efeitos dos jogos eletrônicos no cérebro humano. Um dos primeiros estudos usou técnicas de neuroimagem para analisar jogadores de Tetris e observou uma redução na atividade de certas áreas cerebrais. Quanto mais as habilidades dos participantes evoluíam, maior era essa redução.Nesse artigo, os pesquisadores perceberam que games podem reorganizar circuitos cerebrais, o que deixa o processamento do cérebro mais eficiente.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/video-game/46712-pesquisa-com-mario-64-mostra-que-video-game-ajuda-a-desenvolver-o-cerebro.htm" target="_blank">Pesquisa com Mario 64 mostra que video game ajuda a desenvolver o cérebro</a></li></ul>Por outro lado, outros estudos indicam que sinais de recompensa constantes nos jogos eletrônicos ativam o mecanismo associado a potenciais comportamentos ruins para os seres humanos.“Um jogo eletrônico é qualquer jogo interativo operado por circuitos de computador. As máquinas, ou “plataformas”, nas quais os jogos eletrônicos são executados incluem computadores, consoles de fliperama, consoles de videogame conectados a televisores, dispositivos portáteis de jogo, celulares e redes baseadas em servidores”, a enciclopédia Britannica descreve.Por isso, o TecMundo reuniu dados de estudos para entender melhor os impactos positivos e negativos dos games no cérebro humano.<h2>Como os jogos eletrônicos afetam o cérebro?</h2>Os efeitos dos videogames no cérebro abrangem diversos processos cognitivos e emocionais. No <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402559-inseguranca-excessiva-e-tdah-a-influencia-da-neurociencia-na-atencao-e-nos-processos-cognitivos.htm" target="_blank">contexto da neurociência</a>, jogar ativa diversas áreas cerebrais ligadas à atenção, memória, visão e tomada de decisão.Com o tempo, o cérebro dos jogadores pode se adaptar e mudar, o que resulta em alterações tanto funcionais quanto estruturais — esse fenômeno é chamado de neuroplasticidade.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/BUkrydp5dlo?si=dFRCms2POfq1yB-S" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Em uma revisão científica publicada na revista Brain Sciences, os pesquisadores apontam que jogar pode ajudar a moldar a estrutura cerebral e ajustar como diferentes regiões se comunicam. Por exemplo, eles explicam que pode mudar volumes de substância cinzenta e conexões neurais."Esta revisão sistemática avalia os efeitos benéficos dos videogames na neuroplasticidade, com foco em estudos de intervenção... Os jogos eletrônicos afetam a estrutura e o funcionamento do cérebro, dependendo de como são jogados", a introdução do estudo descreve.Inclusive, esses efeitos são diferentes conforme o tipo de jogo, a intensidade de uso e o próprio perfil do jogador.<h3>Impactos positivos dos jogos eletrônicos</h3>Diversos estudos apontam que os games podem trazer benefícios cognitivos e funcionais quando jogados de forma saudável. A revisão explica que jogar videogame está comumente associado a melhora na atenção visual, memória de curto prazo e tempo de reação dos jogadores.Em alguns casos, jogos de ação e tiro foram ligados a reflexos mais rápidos e maior agilidade de raciocínio. Em um artigo publicado na revista científica Frontiers in Psychology, Call of Duty e outros jogos de tiro foram utilizados para mostrar um aprimoramento nas decisões e reflexos de jogadores.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/video-game-e-jogos/107421-jogar-mario-kart-aumenta-habilidade-volante-afirma-estudo.htm" target="_blank">Jogar Mario Kart aumenta sua habilidade no volante, afirma estudo</a></li></ul>Uma pesquisa recente com quase duas mil crianças sugere que, aquelas que jogavam 3 horas por dia apresentaram desempenho melhor em tarefas de memória do que crianças que nunca jogavam. As imagens cerebrais dos participantes mostraram uma maior ativação de regiões ligadas à atenção e memória.<h3>Impactos negativos dos jogos eletrônicos</h3>Por outro lado, há preocupações sobre riscos e efeitos negativos dos videogames, especialmente em usos excessivos ou conteúdos inapropriados.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134543641053.jpg" alt="a-fotograif-amostra-um-quebra-cabeças-que-forma-um-cerebro" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134543688054.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134543938057.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134543891056.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134543876055.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Assim como a prática regular de esportes, jogar com frequência também pode gerar efeitos positivos e negativos no cérebro humano. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Um dos efeitos mais discutidos é o risco de dependência: o uso excessivo e não controlado de jogos eletrônicos pode levar ao vício em alguns casos. Outros efeitos negativos associados a jogo excessivo incluem problemas de atenção, sono irregular, isolamento social, sintomas de ansiedade e depressão.É importante destacar que os videogames não são 100% “vilões” nem 100% “mocinhos”, pois dependem de como são usados.<h2>Fatores que influenciam os efeitos dos jogos eletrônicos</h2>Os impactos dos games não ocorrem de forma igual para todas as pessoas e diversos fatores influenciam como o cérebro respondem aos jogos. O tipo de jogo, a duração e frequência e a faixa etária do jogador estão entre os principais elementos que moldam esses efeitos.O caso de um adulto que joga por lazer durante duas horas no fim de semana é bem diferente do de uma criança que joga quatro horas por dia. Os efeitos variam para cada perfil. Por isso, são necessários mais estudos na área, já que as pesquisas costumam analisar casos específicos.<h3>Tipo de jogo: ação, estratégia, simulação e mais</h3>O gênero do jogo é determinante nos tipos de habilidades envolvidas e nos efeitos cerebrais. Jogos de ação como FPS precisam de reflexos rápidos, atenção e coordenação visual e motora. Por isso, estudos os associam ao aprimoramento de tempo de reação e percepção visual.Já jogos de estratégia e quebra-cabeças estimulam planejamento, memória de trabalho e resolução de problemas complexos. Por exemplo, jogos como Minecraft e Roblox envolvem criatividade e um pensamento mais sistêmico.A revisão científica mencionada destaca que os efeitos benéficos variam conforme o tipo de videogame. Enquanto jogos multiplayer favorecem comportamentos colaborativos e sociais, os jogos de simulação de exercícios físicos são benéficos motores e emocionais.<h3>Tempo de exposição e frequência de jogo</h3>Quantas horas por dia ou semana alguém passa jogando pode determinar se os efeitos serão benéficos, neutros ou prejudiciais. De modo geral, uso moderado está ligado a benefícios, enquanto excesso de horas de jogo traz alguns alertas.Um estudo com crianças entre nove e dez anos apontou que aquelas que jogavam cerca de 3 horas diárias registraram certos ganhos cognitivos, mas também apresentaram maiores problemas de atenção e sintomas depressivos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134544686059.jpg" alt="a-fotografia-mostra-uma-criança-e-um-adulto-jogando-videogame" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134544686060.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134544795061.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134544795062.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/17/17134544795063.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Segundo a neurociência, os jogos eletrônicos afetam o cérebro de adultos e crianças de maneiras diferentes. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>A maioria das pesquisas indica que sessões longas de jogos podem causar fadiga mental, distúrbios do sono e sedentarismo. Por outro lado, jogar apenas algumas horas por semana possibilita que o jogo funcione como uma forma de lazer, o que ajuda a minimizar os riscos.<h3>Faixa etária: crianças, adolescentes e adultos</h3>A idade do jogador influência muito a forma como os jogos eletrônicos afetam o cérebro e o comportamento, principalmente das crianças.Um estudo espanhol com 792 crianças menores de 10 anos revelou que a exposição a conteúdos de jogos e TV já influencia a autoimagem e autoestima infantil. Os resultados mostram que muitas crianças, principalmente meninas, tendiam a se comparar fisicamente com personagens virtuais e manifestaram insatisfação com a própria aparência.Adolescentes que fazem o uso problemático de jogos apresentam maior propensão a sintomas de ansiedade. No caso dos adultos, o cérebro formado permite um uso mais saudável dos jogos eletrônicos — mesmo assim, com efeitos positivos e negativos.<h2>Jogos eletrônicos e saúde mental</h2>A ligação entre videogames e saúde mental é complexa. Os jogos podem atuar tanto como aliados no bem-estar quanto potencialmente como desencadeadores de problemas emocionais.Por um lado, muitos jogadores relatam que games os ajudam a “desligar” de preocupações e relaxar, e há estudos indicando que jogar moderadamente diminui o estresse e melhora o humor. Em outra revisão científica publicada em 2020, os cientistas afirmaram que videogames tiveram eficácia em reduzir sintomas depressivos.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/software/404261-duolingo-lanca-148-novos-cursos-de-idiomas-com-ajuda-de-ia-generativa.htm" target="_blank">Duolingo lança 148 novos cursos de idiomas com ajuda de IA generativa</a></li></ul>Mesmo assim, muitos especialistas apontam que o uso excessivo dos games pode estar relacionado à piora de saúde mental.Em resumo, aproveitar os jogos eletrônicos de forma equilibrada pode ser benéfico como lazer e até como uma estratégia para aliviar o estresse, mas não deve ser usado em excesso.Estudos mostram que games podem aprimorar atenção e memória, mas ainda existe debate sobre possíveis efeitos na saúde mental. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/147168-pesquisa-sugere-jogos-nao-causam-problemas-psicologicos.htm" target="_blank">Entenda a pesquisa que sugere que jogos não causam problemas psicológicos</a>. Até a próxima!

Games e neurociência: efeitos dos jogos eletrônicos no cérebro

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Especialistas acreditam que no futuro será possível fazer o upload da mente humana para um computador, mas será que isso é possível?

A ideia de fazer o upload da mente humana para um computador é um conceito explorado em diversas obras de ficção científica. Inclusive, existem previsões ambiciosas; um bilionário russo disse que quer transferir seu cérebro para um computador até 2045.Ainda assim, a maioria dos cientistas considera essa meta extremamente otimista, já que não existem tecnologias e nem técnicas médicas para chegar nesse resultado. A própria ideia levanta diversos obstáculos e questionamentos.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403792-implante-no-cerebro-permite-mulher-falar-com-seus-pensamentos.htm" target="_blank">Implante no cérebro permite mulher 'falar' com seus pensamentos</a></li></ul>Afinal, o que realmente significa “transferir” a mente? Isso envolve copiar todas as memórias e a personalidade de um indivíduo para um software? A consciência dessa pessoa seria preservada? Nenhuma dessas perguntas tem resposta até agora.Do ponto de vista científico, realizar um upload mental exigiria <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/275103-supercomputador-imita-cerebro-online-2024.htm" target="_blank">replicar o cérebro humano em um ambiente digital</a>. Assim, seria possível reproduzir a rede de neurônios e sinapses que nos tornam quem somos.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/4b33NTAuF5E?si=JNxZRwn6PNJo-PA8" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Os neurocientistas explicam que a mente não é apenas o resultado das conexões neurais. A ciência ainda não compreende completamente o que é a consciência humana, e isso torna a ideia de fazer o upload da mente para um computador ainda mais complexa.Ou seja, mesmo que um dia seja possível copiar um cérebro, há muitas dúvidas técnicas sobre se essa cópia realmente corresponderia à mente da pessoa original. Sem contar os diversos problemas filosóficos que também envolvem o tema.“Se os cientistas conseguirem desenvolver uma maneira de escanear o cérebro perfeitamente sem destruí-lo (o que não é garantido), então seu cérebro original (e seu senso de identidade) ainda existiria, preso em um corpo que eventualmente falharia. Seu eu digital pode chegar à conclusão de que é uma cópia, desencadeando uma crise existencial”, explica o cientista da computação no University College London, Dr. Peter Bentley, em mensagem à BBC.<h2>Upload da mente humana em um computador?</h2>Em teoria, uma vez que sua mente esteja em um computador, você continuaria existindo em forma de software. Nesse caso, você poderia viver tanto dentro de um computador comum, quanto em um exoesqueleto robótico criado para replicar seu corpo.Bentley explica que o processo de transferir a mente para um computador seria extremamente complexo, pois exigiria a cópia de cada célula e das substâncias químicas envolvidas na atividade cerebral.Para ele, talvez a forma mais viável de evitar complicações seja tornar o corpo humano imortal gradualmente. Em outras palavras, seria como substituir cada órgão do corpo, até que todo o organismo fosse completamente computadorizado e equipado com próteses robóticas.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115041947066.jpg" alt="a-ilustração-apresenta-as-conexoes-de-neuronios-no-cerebro" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115041916065.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115042212074.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115041962067.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115042119073.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O cérebro humano possui mais de 80 bilhões de neurônios e é o órgão mais complexo do corpo; isso pode dificultar a ideia de transferir a mente para um computador. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Segundo um relatório técnico publicado em 2008, dois pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra, afirmam que a emulação completa do cérebro ainda enfrenta diversos desafios; incluindo limitações tecnológicas, de engenharia e de pesquisa.Por outro lado, eles também explicam que se conseguirmos superar esses obstáculos, essa possibilidade poderá se tornar realidade no futuro. Com avanços tecnológicos suficientes, poderíamos simular o cérebro assim como simulamos outros sistemas, mas seria necessário um poder computacional muito maior.“A ideia básica é pegar um cérebro específico, escanear sua estrutura em detalhes e construir um modelo de software tão fiel ao original que, ao ser executado em um hardware adequado, se comporte essencialmente da mesma forma que o cérebro original”, o relatório descreve.<h2>O que faz sua consciência?</h2>Diferentes obras de ficção científica já exploraram a ideia de fazer o upload da mente humana para um computador. Por exemplo, no episódio San Junipero da série Black Mirror, personagens idosas carregam suas consciências para uma cidade virtual paradisíaca onde continuam “vivendo” após a morte física.O fato é que até hoje não conseguimos nem chegar perto de emular um cérebro humano por completo. Além disso, a própria definição de mente e consciência apresenta muitos mistérios. Ainda não sabemos se a consciência surge apenas das conexões físicas do cérebro, ou se existe algo intangível nesse processo.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115945939085.jpg" alt="a-imagem-mostra-uma-pessoa-sentada-em-frente-a-um-computador-com-um-receptor-de-neuronios-na-cabeca" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115946080086.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115946205089.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115946111087.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18115946158088.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O transumanismo é a filosofia que defende o uso da tecnologia para aprimorar as capacidades humanas, a fim de alcançar a imortalidade. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure>Aquilo que você vive ao longo da vida é o que define quem você é, e as experiências sensoriais desempenham um papel fundamental nesse processo. Não é à toa que muitas memórias estão associadas a cheiros, texturas, dores, paisagens e outras vivências que experimentamos ao longo da vida.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404914-ignorados-astrocitos-explicam-como-nosso-cerebro-armazena-tanta-informacao.htm" target="_blank">Ignorados, astrócitos explicam como nosso cérebro armazena tanta informação</a></li></ul>Assim, a visão, audição, tato, olfato, paladar e até as percepções internas provavelmente teriam que ser simuladas ou substituídas por versões digitais. Por isso, talvez a melhor alternativa será transferir a mente para um robô capaz de reproduzir essas sensações.Por enquanto, não existem tecnologias, técnicas, pesquisas ou conhecimento suficientes para possibilitar a transferência da mente humana para um computador. Contudo, estimativas mais realistas sugerem que isso poderia se tornar viável em até 200 anos.Compreender o funcionamento da mente humana é fundamental, tanto para avanços na ciência quanto para tentar reproduzi-la em um computador. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402062-o-que-torna-o-cerebro-humano-unico-a-ciencia-responde.htm" target="_blank">Entenda o que torna o cérebro humano único</a>. Até a próxima!

É possível fazer o upload da mente humana para um computador? A ciência responde!

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Um novo estudo investiga a história da Zelândia, o continente perdido que está cerca de 95% submerso no Oceano Pacífico.

O fundo do oceano continua sendo um dos maiores mistérios da humanidade. Apesar de já termos alcançado 12,2 quilômetros de profundidade com a perfuração de Kola, na Rússia, a maior parte do oceano ainda é desconhecida. Um exemplo intrigante é a Zelândia, um continente perdido que permanece quase 95% submerso — também é conhecido como Te Riu-a-Māui, no idioma indígena Maori.O nome Zelândia não é por acaso: parte desse continente submerso corresponde à Nova Zelândia. Além disso, ele também deu origem à região da Nova Caledônia, um território francês composto por diversas ilhas.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/a-terra-tem-seis-continentes-e-nao-sete-como-aprendemos-diz-estudo" target="_blank">A Terra tem seis continentes, e não sete como aprendemos, diz estudo</a></li></ul>A Zelândia está localizada entre as placas tectônicas do Pacífico e da Australiana. Segundo os cientistas, é considerada uma das regiões que mais fornecem amostras de materiais ligados aos processos tectônicos, oceanográficos, climáticos e biológicos do Oceano Pacífico.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/_qepWb_NVj4?si=n8Qdt5FEHqX28dwC" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Em um novo artigo publicado na revista científica New Zealand Journal of Geology and Geophysics, um pesquisador analisa em detalhes os dados da região para investigar mais sobre sua história geológica.&nbsp;O estudo descreve que a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/269132-descobrindo-zelandia-continente-hipotetico-tornou-real.htm" target="_blank">Zelândia fez parte do antigo supercontinente Gondwana</a>, do qual se separou há milhões de anos. Mais algum tempo depois, ele se descolou da Austrália e gradualmente se tornou o que observamos atualmente.O continente perdido tem aproximadamente 5 milhões de quilômetros quadrados e está localizado no Hemisfério Sul. Como cerca de 95% de sua área está submersa, a parte terrestre forma algumas ilhas espalhadas pelo oceano.“Esta é a revisão mais abrangente até o momento da geologia do continente Zelândia, com 5 milhões de quilômetros quadrados e 95% submerso. Durante a maior parte dos últimos 500 milhões de anos, a Zelândia fez parte do supercontinente meridional de Gondwana. Então, de 85 a 60 milhões de anos atrás, a Zelândia se separou de Gondwana para se tornar seu próprio continente”, disse o geólogo do Instituto de Ciências Geológicas e Nucleares Limitada e autor da revisão, o Dr. Nick Mortimer.<h2>Continente perdido: Zelândia</h2>Durante muitos anos, geólogos suspeitavam da existência do continente Zelândia. Porém, em 2017, um grupo de cientistas publicou um artigo com uma alta quantidade de dados que defendia sua existência. Desde então, a Zelândia passou a ser reconhecida como o continente mais recente identificado.Segundo o professor de paleontologia e estratigrafia James Crampton, a Zelândia oferece um registro estratigráfico valioso, que auxilia no entendimento da história dos sistemas oceânicos e climáticos que influenciam o planeta.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18143044457342.jpg" alt="o-mapa-da-terra-mostra-o-continente-perdido-zelandia" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18143044473343.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18143044504346.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18143044489344.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18143044489345.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Como está 95% submerso, um dos mistérios que envolvem o continente perdido da Zelândia é sobre os animais que habitavam sua superfície; evidências sugerem que Saurópodes podem ter vivido por lá. (Fonte: Nick Mortimer)</figcaption></figure>A estratigrafia é uma área da geologia que estuda as camadas de rochas (estratos) para compreender a formação e idade das rochas ao longo do tempo.Como os cientistas estudam a região há alguns anos, ela se tornou uma importante fonte de conhecimento sobre diversas questões do planeta. Contudo, muitas respostas ainda permanecem um mistério.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404054-estudo-pode-reescrever-historia-da-formacao-das-placas-tectonicas.htm" target="_blank">Estudo pode reescrever história da formação das placas tectônicas</a></li></ul>Por exemplo, ainda não se sabe exatamente por que o supercontinente Gondwana se fragmentou ou por que há tantos vulcões espalhados pelo continente perdido.“Rochas vulcânicas da megassucessão da Zelândia se formaram em diferentes contextos dentro de Gondwana: rifte intraplaca, trilha de ponto quente intraplaca, intraplaca difusa e zonas relacionadas à subducção. A tectônica, a geologia e as origens da Zelândia oferecem um importante contexto para compreender seus riscos naturais e recursos”, o artigo descreve.Ainda há muito que não sabemos sobre o interior do nosso planeta; esse é o caso da Zelândia. Quer saber mais sobre o tema? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402379-terra-pode-esconder-supercontinentes-secretos-no-interior-do-planeta.htm" target="_blank">Entenda como a Terra pode esconder "supercontinentes secretos" no interior do planeta</a>. Até a próxima!

Cerca de 95% de um continente perdido está submerso; conheça a Zelândia

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Estudo descobre que respiração funciona como impressão digital e revela marcadores de saúde, incluindo IMC e transtornos mentais.

Além dos padrões costumeiros utilizados em contextos de identificação forense, segurança e autenticação pessoal — como impressões digitais, DNA, íris dos olhos e arcada dentária —, uma equipe de pesquisadores israelenses acaba de acrescentar um novo identificador a esse kit: os padrões respiratórios nasais, individualmente únicos.&nbsp;Em um estudo publicado recentemente na revista Current Biology, a equipe liderada pela neurocientista Timna Soroka, do Instituto Weizmann de Ciência de Israel, equipou voluntários com um dispositivo vestível que monitorava sua respiração nasal. Os padrões permitiram a identificação dos indivíduos com uma precisão de 96,8%.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/276935-ia-sugere-cada-impressao-digital-humana-nao-seja-unica.htm" target="_blank">IA sugere que cada impressão digital humana, talvez não seja única</a></li></ul>Mesmo com todo o conhecimento já acumulado sobre respiração, diz o coautor Noam Sobel, “nos deparamos com uma maneira completamente nova de olhar para a respiração. Consideramos isso como uma leitura do cérebro”, afirma o neurocientista em um comunicado. Os autores apelidaram a nova técnica de “impressão digital da respiração”.&nbsp;<h2>De ferramenta de identificação a marcador individual de saúde</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18132702779194.jpg" alt="resumo-gráfico-do-estudo.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18132702795195.jpg 156w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18132702983198.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18132702921196.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18132702921197.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Resumo gráfico do estudo. (Fonte: &nbsp;Soroka et al. Current Biology, 2025/Divulgação)</figcaption></figure>“A ideia de usar o padrão respiratório de um indivíduo como uma assinatura única tem sido discutida há décadas na comunidade de ciências respiratórias”, afirma Soroka à ScienceAlert. Apesar da singularidade evidente, não havia ferramentas práticas de medição, o que só foi possível agora com o desenvolvimento de dispositivos vestíveis miniaturizados,&nbsp;Inovador, o dispositivo monitora com precisão o fluxo de ar de cada narina durante períodos de até 24 horas. No entanto, bastou uma hora para que os pesquisadores alcançassem uma precisão de 43% na identificação individual dos 97 participantes do estudo. Mas a precisão “disparou” após 24 horas. Os dados coletados foram analisados pelo protocolo BreathMetrics.Os resultados superaram as expectativas dos pesquisadores, revelando não apenas a capacidade de identificação individual através da respiração, mas também uma inesperada correlação entre padrões respiratórios e características pessoais. Isso significa que, além de um novo modelo de identificação biométrica, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/245726-inteligencia-artificial-detecta-parkinson-analisar-padrao-respiracao.htm" target="_blank">o método pode ser uma ferramenta não invasiva de diagnóstico</a>.<h2>&nbsp;Analisando a correlação entre respiração e bem-estar humano</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18133232083205.jpg" alt="homem-respirando-ar-fresco-na-natureza.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18133232083204.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18133232192208.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18133232192207.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/18/18133232176206.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Níveis de depressão ou ansiedade podem estar ligados à maneira como as pessoas respiram. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Entre os múltiplos indicadores de saúde correlacionados com as impressões digitais de respiração estão: índice de massa corporal, ciclos de sono-vigília, níveis de depressão e ansiedade, além de outras características de comportamento. Participantes com pontuações maiores em questionários de ansiedade apresentaram inalações mais curtas, e mais variadas durante o sono.Uma possível relação entre níveis de depressão ou ansiedade e a maneira como as pessoas respiram foi notada por Sobel, “Mas pode ser o contrário”, diz o neurocientista. “Talvez a maneira como você respira o deixe ansioso ou deprimido. Se isso for verdade, poderíamos modificar a forma como você respira para tratar essas condições”, conclui.&nbsp;<ul><li>Leia também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404914-ignorados-astrocitos-explicam-como-nosso-cerebro-armazena-tanta-informacao.htm" target="_blank">Ignorados, astrócitos explicam como nosso cérebro armazena tanta informação</a></li></ul>Apesar do potencial promissor, o dispositivo ainda enfrenta algumas limitações práticas: o tubo nasal pode ser associado a doenças, além de não considerar respiração bucal e apresentar instabilidade durante o sono. Enquanto trabalham em versões aprimoradas, os pesquisadores querem testar se, ao imitar padrões saudáveis, pessoas poderiam melhor seus estados mentais e emocionais.E se sua respiração dissesse mais sobre você do que seu DNA? Comente essa possibilidade nas redes sociais e compartilhe essa matéria. Para saber mais sobre a importância da respiração nasal, veja <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/257298-inflamacoes-virais-nariz-estimular-surgimento-alzheimer.htm" target="_blank">como inflamações virais no nariz podem estimular surgimento de Alzheimer</a>.

Cada pessoa tem uma “impressão digital respiratória” única, diz estudo

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Duas neurocientistas explicam que, embora seja cronologicamente a mesma, a percepção de tempo depende da forma como observamos e vivemos cada momento.

Embora pareça fazer sentido, a ideia de que o tempo “está voando” não tem, naturalmente, nenhuma lógica se olharmos para o relógio. Mas, e se olharmos para dentro de nós, onde um marcapasso interno, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/244011-ciclo-circadiano-conheca-famoso-relogio-biologico.htm" target="_blank">funcionando como um relógio biológico</a>, estabelece pulsos regulares para medir a passagem do tempo, da mesma forma que o coração regula os batimentos cardíacos?Em um artigo publicado recentemente no The Conversation, duas neurocientistas defendem a ideia de que a diferença entre o tempo “real”, medido por relógios e calendários, e a nossa própria noção individual de tempo “ocorre porque, de muitas maneiras, somos os arquitetos da nossa noção de tempo”.<ul><li>Saiba mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402495-e-possivel-reverter-o-envelhecimento-biologico.htm" target="_blank">É possível reverter o envelhecimento biológico?</a></li></ul>Isso significa que, de certa forma, formamos uma memória subjetiva do tempo, um banco de dados pessoal de como “é” um minuto, uma hora ou um dia. Isso explicaria um fenômeno psicológico conhecido que afeta praticamente todas as pessoas idosas: a sensação de que os dias da infância pareciam eternos, enquanto os tempos atuais voam rapidamente.<h2>Algumas teorias da percepção do tempo</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16131453758016.jpg" alt="homem-jovem-flutuando-no-céu-com-despertadores-foguetes-e-balões" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16131453711015.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16131453836018.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16131453852019.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16131453805017.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>A sensação de estar sempre ocupado altera nossa percepção de tempo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Além de causas fisiológicas e psicológicas, as autoras citam um componente neurológico: quando somos jovens, nossos cérebros recebem e processam imagens mais rapidamente, um fenômeno que desacelera com a degradação das vias neurais. Com isso, as pessoas tendem a perceber que o tempo passa mais rápido à medida que envelhecem.Há também a teoria do “tempo logarítimico”, criada pelo filósofo francês Paul Janet em 1897: à medida que envelhecemos, um ano se torna uma fração menor de nossas vidas até aquele ponto. Assim, para uma criança de cinco anos, um ano representa 20% de toda sua existência, enquanto para um adulto de 50 anos, o mesmo período representa apenas 2% de sua vida.&nbsp;A qualidade emocional de um evento também influencia o modo como percebemos o tempo. Quando estamos ocupados, com a atenção dividida entre várias tarefas, o tempo parece passar mais rápido. Experiências negativas, como tristeza ou medo, desaceleram essa percepção, enquanto as alegres e divertidas parecem durar apenas um breve instante. &nbsp;Finalmente, uma sensação conhecida dos millennials, a de estar sempre ocupado, afeta <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402271-como-o-nosso-cerebro-processa-tempo-e-espaco.htm" target="_blank">nossa percepção do tempo em qualquer idade</a>, mas se intensifica na vida adulta, quando acumulamos responsabilidades. Essa “pressão temporal” tende a estabilizar na meia-idade, quando a carreira e a vida familiar atingem um pico, com uma possível desaceleração após os 50 anos.<h2>Como desacelerar a sensação de que o “tempo voa”?</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16130953738005.jpg" alt="homem-velho-e-crianças-rindo-em-um-balanço" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16130953754006.jpg 235w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16130954201009.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16130953879007.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/16/16130954155008.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Buscar novas experiência e aprender novas habilidades pode desacelerar a percepção de passagem veloz do tempo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Para as autoras, Muireann Irish da Universidade de Sydney e Claire O'Callaghan da Universidade de Cambridge, nossa percepção temporal está intimamente conectada à qualidade de vida. A relação revela que não somos meros espectadores da aceleração temporal, mas agentes ativos da nossa experiência subjetiva de tempo.&nbsp;Há estratégias eficazes para desacelerar a sensação de que o “tempo voa”, como buscar novas experiências, aprender habilidades diferentes, visitar lugares desconhecidos e quebrar rotinas estabelecidas. Ao expandir nossa percepção subjetiva temporal, essas práticas conscientes fazem com que períodos pareçam mais longos e ricos em retrospectiva.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403279-por-que-o-cerebro-das-mulheres-envelhece-mais-devagar-a-resposta-pode-estar-no-cromossomo-x.htm " target="_blank">Por que o cérebro das mulheres envelhece mais devagar? A resposta pode estar no cromossomo X</a></li></ul>Compreender esse fenômeno pode ser o começo de uma vida mais plena. Reconhecer a maleabilidade da percepção temporal nos capacita a escolher melhor nossas experiências. “Embora não possamos parar o relógio biológico, podemos influenciar como experimentamos sua passagem”, concluem as autoras. Afinal, anos voados podem se transformar em satisfação duradoura.Que tal desacelerar o ritmo da sua vida para não cair na armadilha do tempo? Compartilhe esta matéria com seus amigos que pensam que estão sempre ocupados. Para saber mais de tempo, entenda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/285960-tempo-nao-anda-frente-fisica-moderna-explica.htm" target="_blank">por que ele não “anda para a frente” segundo a física moderna</a>.

Por que o tempo passa mais rápido à medida que envelhecemos? 

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Um estudo confirma que restos mortais de espécies de mais de 14 mil anos são de lobo, e não de primeiros cachorros domesticados.

Há alguns anos, cientistas encontraram restos mortais de animais que viveram durante a última era glacial, há cerca de 14 mil anos. Inicialmente, os especialistas suspeitavam que fossem <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/211614-sobras-comida-cao-acompanhou-homem-americas.htm" target="_blank">de alguns dos primeiros cães domesticados por humanos</a>. Contudo, algumas novas análises confirmaram a verdadeira espécie dos animais.Em um estudo publicado na revista científica Quaternary Research, pesquisadores da Universidade de York, na Inglaterra, apontam que os restos mortais pertencem provavelmente a lobos primitivos. Mais precisamente, são de duas lobas irmãs que viveram há 14 mil anos e morreram com apenas dois meses.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404704-cientista-confirma-que-lobo-terrivel-revivido-e-apenas-lobo-cinzento-entenda.htm" target="_blank">Cientista confirma que lobo-terrível 'revivido' é apenas lobo-cinzento</a></li></ul>Ambos os filhotes foram encontrados na região de Tumat, na Rússia — eles foram apelidados de “Filhotes de Tumat”. O primeiro foi descoberto em 2011, preservado no permafrost, e o segundo surgiu durante escavações em 2015. <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/256962-o-permafrost-o-que-cientistas-encontrar-nele.htm" target="_blank">O permafrost é uma camada do subsolo da Terra</a> que permanece congelada permanentemente.<div class="raw-html-embed">
<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/lxixy1u8GjY?si=lnXHfNiKQWwBkN90" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe>
</div>“Embora muitos fiquem desapontados ao saber que esses animais são quase certamente lobos e não os primeiros cães domesticados, eles nos ajudaram a chegar mais perto da compreensão do ambiente da época, como esses animais viviam e quão notavelmente semelhantes os lobos de mais de 14.000 anos atrás são aos lobos modernos” disse a arqueológca da Universidade de York, Anne Kathrine Runge, em comunicado oficial.<h2>Cachorros domesticados ou lobos</h2>Apesar de terem sido encontrados em anos diferentes, a análise genética revelou que as duas são fêmeas da mesma mãe. Além disso, os pesquisadores também conseguiram realizar diversos experimentos para entender outras características desses animais.Como estavam preservados no permafrost, os espécimes apresentavam excelente estado de conservação. Assim, as análises do conteúdo estomacal revelaram restos de uma espécie extinta da Era Glacial: o rinoceronte-lanoso.Alguns especialistas acreditavam que eles poderiam ser os primeiros cães domesticados, alimentados pelos próprios humanos. Pois no mesmo sítio arqueológico em Tumat, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/241092-bebe-mamute-congelado-30-mil-anos-encontrado-canada.htm">também foram encontrados mamutes-lanosos</a> com indícios caçados por humanos.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/13/13141829663257.jpg" alt="a-imagem-mostra-os-restos-mortais-de-lobos-primitivos-encontrados-no-permafrost-em-tumat" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/13/13141829741258.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/13/13141829741259.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/13/13141829835260.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>Como ficaram congelados no permafrost, os restos mortais dos lobos estava praticamente intacto; seu conteúdo estomacal revelou até sua última refeição. (Fonte: Universidade de York</figcaption></figure>Outro indício que levou os cientistas a suspeitarem de uma possível domesticação foi a pelagem preta dos filhotes. Essa característica é mais comumente encontrada nos primeiros cães domesticados, embora também seja identificada em alguns lobos.Segundo a pesquisa, os animais provavelmente morreram devido a um deslizamento de terra, que acabou os mumificando no gelo. Como não apresentavam sinais de ferimentos, os cientistas acreditam que eles morreram dentro de uma toca subterrânea.<h2>Evidências do passado</h2>As amostras estomacais coletadas dos restos sugerem que os filhotes podem ter se alimentado de rinocerontes. Os testes também mostraram que a alimentação desses animais era muito semelhante à dos lobos modernos, baseada em vegetais e carne.Se os restos forem resultados de uma caça, os cientistas acreditam que esses lobos primitivos talvez fossem maiores do que os espécimes encontrados atualmente. Porém, em outras características, apresentam diversas semelhanças.Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/286432-lobo-mumificado-44-mil-anos-encontrado-permafrost-siberia-conter-bacterias-vivas.htm" target="_blank">Lobo mumificado de 44 mil anos encontrado no permafrost da Sibéria pode conter bactérias vivas</a>“Embora muitos fiquem decepcionados por esses animais serem quase certamente lobos e não cães domesticados primitivos, eles nos ajudaram a entender melhor o ambiente da época, como esses animais viviam e quão notavelmente semelhantes os lobos de mais de 14.000 anos atrás são aos lobos modernos”, Runge acrescenta.Pesquisas sobre animais da última Era do Gelo podem revelar evidências sobre o ambiente em que viveram e até sobre as grandes mudanças climáticas do passado. Mas será que isso poderia acontecer no futuro? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/403386-como-a-orbita-da-terra-pode-causar-uma-nova-era-do-gelo.htm" target="_blank">Entenda como a órbita da Terra pode causar uma nova Era do Gelo</a>. Até a próxima!

Lobos ou cães? Estudo sugere origem genética de restos mortais de 14 mil anos

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Novo modelo teórico desenvolvido por pesquisadores do MIT integra neurônios e astrócitos em rede de memória associativa que modula conexões sinápticas.

O artigo "Memória associativa neurônio-astrócito", publicado recentemente na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, utiliza propositalmente um termo técnico da informática e da engenharia da computação para apresentar uma visão inovadora sobre o funcionamento da memória no cérebro humano.Nesse modelo teórico, elaborado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), os astrócitos, células gliais vistas tradicionalmente como coadjuvantes, assumem um protagonismo inédito, passando a desempenhar um papel ativo e fundamental na formação e armazenamento da memória.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402062-o-que-torna-o-cerebro-humano-unico-a-ciencia-responde.htm " target="_blank">O que torna o cérebro humano único?</a></li></ul>Além de cerca de 86 bilhões de neurônios, que transmitem sinais elétricos para armazenar memórias e coordenar informações e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/224280-robos-minusculos-levam-remedios-diretamente-sistema-nervoso-central.htm">comandos pelo sistema nervoso</a>, o cérebro humano contém bilhões de astrócitos, células com formato de estrela e prolongamentos longos e ramificados que permitem múltiplas conexões.<h2>Revendo o papel dos astrócitos na memória humana</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03115610241256.jpg" alt="ilustração-abstrata-de-um-astrócito" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03115610069252.jpg 241w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03115610225254.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03115610147253.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03115610241255.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Versão abstrata de um astrócito, mostrando seus processos, e a idealização matemática de minicircuito com um único astrócito. (Fonte: Leo Kozachkov, PNAS, 2025/Divulgação)</figcaption></figure>Coautor do estudo, o professor Jean-Jacques Slotine explica em um comunicado: “Originalmente, acreditava-se que os astrócitos apenas limpavam ao redor dos neurônios, mas não há nenhuma razão específica para que a evolução não tenha percebido que, como cada astrócito pode contatar centenas de milhares de sinapses, eles também poderiam ser usados para computação”.Diferentemente dos neurônios, os astrócitos não geram impulsos elétricos, comunicando-se quimicamente via cálcio: eles enviam sinais por meio de prolongamentos que envolvem sinapses neuronais. Essa estrutura tripartida permite que liberem gliotransmissores, que modulam a função sináptica e criam um sistema de retroalimentação com a atividade neuronal.Entretanto, mesmo sabendo que os astrócitos influenciam a comunicação neuronal, não sabemos exatamente quais cálculos ou processamentos eles realizam com as informações que recebem dos neurônios. Com o novo estudo, a perspectiva <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400493-neste-momento-o-seu-cerebro-esta-tentando-prever-o-futuro.htm " target="_blank">é que possamos compreender melhor essas funções computacionais</a>, bem como o funcionamento da memória humana.<h2>Modelando redes neurais</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03121608571285.jpg" alt="imagem-mostra-rede-neurônio-astrócitos" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03121608587286.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03121608649287.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03121608665289.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03121608665288.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Capacidades de correção de erros da rede neurônio-astrócitos. (Fonte: Leo Kozachkov, PNAS, 2025/Divulgação)&nbsp;</figcaption></figure>Para modelar como os astrócitos contribuem para armazenamento de memória, os autores usaram redes de Hopfield, um tipo de rede neural artificial desenvolvida na década de 1980, que armazena e recupera padrões, mas se limita a conexões simples entre neurônios, sendo incapaz de abranger a vasta capacidade de memória do cérebro humano.&nbsp;Para superar essa limitação, a equipe usou uma versão modificada chamada "memória associativa densa", capaz de armazenar muito mais informações por meio de acoplamentos entre múltiplos neurônios simultaneamente. Porém, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/271780-conhece-jamais-vu-saiba-outra-peca-cerebro-te-pregar.htm " target="_blank">as sinapses convencionais conectam apenas dois neurônios</a>, uma célula pré-sináptica e uma célula pós-sinápticaTentando resolver esse enigma biológico, os astrócitos precisam entrar em ação. “Para construir memórias associativas densas, é necessário acoplar mais de dois neurônios”, diz o coautor Dmitry Krotov. Como um único astrócito se conecta a muitos neurônios e a muitas sinapses, os autores sugerem que há transferência de informação entre sinapses mediada pelos astrócitos.&nbsp;<h2>Aplicações do novo modelo de memória associativa neurônio-astrócito</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03124026893004.jpg" alt="representação-de-neuronios.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03124026362001.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03124026362000.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03124026705003.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/06/03/03124026377002.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>O modelo de memória associativa neurônio-astrócito pode orientar novas pesquisas em IA. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Ao tratar astrócitos como coleções de processos computacionais independentes, o modelo neurônio-astrócito do MIT supera as redes de Hopfield tradicionais. Sua arquitetura híbrida permite comunicação entre múltiplas sinapses ao mesmo tempo, criando memórias com alta capacidade de armazenamento e eficiência energética crescente conforme a rede expande.Para validar o modelo, os pesquisadores precisam desenvolver métodos para manipular as conexões entre processos dos astrócitos e observar seus impactos na função mnêmica. "Esperamos que uma das consequências deste trabalho seja que os experimentalistas considerem esta ideia seriamente e realizem alguns experimentos testando esta hipótese", diz Krotov.<ul><li>Conheça também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/245588-supermemoria-conheca-causas-manifestacoes-hipertimesia.htm" target="_blank">Causas e manifestações de hipertimesia, a supermemória</a></li></ul>Além de oferecer insights sobre o armazenamento cerebral de memórias, o novo modelo pode orientar pesquisas em IA, afirma Krotov. Na verdade, o trabalho pode ser uma das primeiras contribuições da neurociência moderna com o desenvolvimento algorítmico, após as duas áreas de conhecimento terem ficado afastadas nos últimos 50 anos, conclui.Gostou da matéria? Compartilhe com seus amigos nas redes sociais. Para saber mais sobre a memória, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/294739-nosso-cerebro-divide-o-dia-capitulos-entenda.htm" target="_blank">saiba como o nosso cérebro divide o dia em “capítulos”</a>.

Ignorados, astrócitos explicam como nosso cérebro armazena tanta informação

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Descubra o que é o DNA lixo, por que recebeu esse nome e quais funções já foram identificadas no genoma considerado “sem utilidade” por anos.

Durante os trabalhos de análise do genoma humano, os cientistas descobriram que uma parte considerável do DNA aparentemente não tinha nenhuma função. Diante disso, decidiram nomear essa porção como “DNA lixo”, expressão criada décadas atrás.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287625-estresse-mudar-o-nosso-dna-entenda-o-epigenetica.htm">O estresse pode mudar o nosso DNA? Entenda o que é a epigenética</a></li></ul>Apesar das conclusões iniciais, essa parte significante do ácido desoxirribonucleico (DNA) continuou sendo alvo de investigações e a história passou por uma reviravolta interessante. Estudos recentes podem até fazer com que a curiosa expressão seja revista e descontinuada.<div class="raw-html-embed"><iframe src="https://www.facebook.com/plugins/post.php?href=https%3A%2F%2Fwww.facebook.com%2Ftecmundo%2Fposts%2Fpfbid02DT7viLFfJePek5PXFmvby8VbJnz6UdpX4s9VawT68aJYmpEcoBVAwytq152vMRJGl&amp;show_text=true&amp;width=500" width="500" height="590" style="border:none;overflow:hidden" scrolling="no" frameborder="0" allowfullscreen="true" allow="autoplay; clipboard-write; encrypted-media; picture-in-picture; web-share"></iframe></div>Essas pesquisas também têm demonstrado que o DNA não codificante, outro nome pelo qual tais partes do genoma são chamadas, desempenha um papel essencial na regulação da expressão dos genes, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401573-o-cronometro-da-morte-entenda-como-funciona-o-envelhecimento-celular.htm">influenciando o envelhecimento</a> e outros processos importantes. O que era considerado inútil agora não é mais.Quer saber o que fez os cientistas mudarem de ideia a respeito do DNA lixo e conhecer um pouco mais sobre ele? Basta continuar a leitura!<h2>O que é DNA lixo e qual a sua função?</h2>Antes de mais nada, você sabe o que é DNA? Trata-se de uma molécula localizada no núcleo das células dos seres vivos que fica responsável por <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/237040-funciona-o-armazenamento-dados-dna.htm">armazenar as informações genéticas do organismo</a>, possibilitando que elas sejam transmitidas de uma geração para outra.Com formato tridimensional de dupla hélice, o ácido desoxirribonucleio é essencial para a vida, guardando as informações em um código composto por quatro bases químicas: adenina (A), guanina (G), citosina (C) e timina (T). Os mistérios por trás desta complexa estrutura começaram a ser desvendados em 1953.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401788-como-o-teste-de-dna-comprova-uma-relacao-familiar.htm" target="_blank">Como o teste de DNA comprova uma relação familiar?</a></li></ul>Na ocasião, os bioquímicos James Watson e Francis Crick publicaram uma pesquisa sobre a estrutura deste ácido, explicando<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/264148-cientistas-descobrem-dna-humano-espalhado-terra.htm" target="_blank"> como era constituído o DNA humano</a>. O trabalho revolucionou a compreensão dos seres vivos, rendendo à dupla o Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina em 1962.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213417815005.jpg" alt="dna-lixo-o-que-e-1.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213417988007.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213417926006.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>A complexa estrutura do DNA é alvo de estudos há décadas. (Imagem: Getty Images)</figcaption></figure>As pesquisas seguintes, inspiradas nos avanços encontrados por Watson e Crick, apontaram a existência de pelo menos 3 bilhões de pares de letras no <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/259739-genomica-futuro-ciencia-entre.htm">genoma humano</a>. Em teoria, todas essas combinações deveriam conter instruções para codificar proteínas na célula, mas, na prática, não era bem assim.Como nem todas as <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274730-alguem-roubasse-sequencia-dna-veja-riscos.htm" target="_blank">sequências genéticas</a> dentro da molécula tinham a capacidade de codificar diretamente as proteínas, os pesquisadores acreditavam que essa parte não possuía nenhuma função. Devido à suposta inutilidade, decidiram batizá-la de DNA lixo.Ele representa toda a parcela do DNA que não codifica proteínas, mas desempenha outras funções importantes como descoberto mais tarde. As sequências incluídas nesses trechos estão envolvidas na ligação das proteínas, na regulação e em outros processos, como se sabe atualmente, afetando a atividade genética.<h2>Quanto do DNA de um ser humano é considerado “lixo”?</h2>De modo geral, estima-se que 98% do DNA não tenha nenhuma função, pelo menos com base em estudos antigos. Essa parte também ficou conhecida como genoma obscuro.Esse material era tratado como resto de genes partidos, que perderam relevância há algum tempo, funcionando como um depósito de resíduos da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402456-o-papel-das-mutacoes-geneticas-na-evolucao-humana.htm">evolução da espécie humana</a>. Em contrapartida, a parte aproveitável do DNA é bastante reduzida.Ou seja, apenas 2% dos 3 bilhões de letras do genoma humano são dedicados à codificação de proteínas. Isso representa aproximadamente 20 mil genes codificadores identificados em meio às longas linhas de moléculas que formam as sequências do DNA humano.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289469-novo-capitulo-genoma-humano-50-000-emaranhados-dna-descobertos.htm">Novo capítulo no genoma humano: 50.000 emaranhados de DNA são descobertos</a></li></ul>Muitos geneticistas ficaram surpresos com o número reduzido, devido à proximidade com a quantidade registrada em outras criaturas com organismos muito mais simples. É praticamente a mesma quantia de genes no DNA das minhocas (20 mil) e uma diferença pequena para a mosca-da-fruta (13 mil).Calcula-se que cada célula humana tenha 2 m de DNA, dos quais 1,96 m seriam considerados sem utilidade nas pesquisas antigas. Caso fosse possível juntar tudo isso em apenas um fio, esticando o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/242778-informacoes-voce-descobrir-teste-dna.htm">material genético</a>, chegaríamos a 20 milhões de km de DNA por pessoa.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213623503010.jpg" alt="dna-lixo-o-que-e-2.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213623472008.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213623598011.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213623503009.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>Novas técnicas estão revolucionando a compreensão sobre a parte obscura do DNA. (Imagem: Getty Images)</figcaption></figure><h2>Por que o DNA não codificante foi considerado inútil por tanto tempo?</h2>A ausência de tecnologia capaz de decodificar a parte obscura do DNA é um dos motivos pelos quais o material foi considerado sem função durante décadas. Enquanto o sequenciamento do genoma era realizado, os pesquisadores encontraram várias sequências de DNA repetidas nessas regiões.Chamadas transposons, as sequências representam quase a metade do genoma de todos os mamíferos. Devido à dificuldade de analisar tamanha quantidade, os geneticistas decidiram priorizar as sequências exclusivas das áreas codificadoras de proteínas, denominadas exomas.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404581-dna-do-brasil-revela-exclusao-genetica-e-uma-miscigenacao-violenta-no-pais.htm">DNA do Brasil revela exclusão genética e uma miscigenação violenta no país</a></li></ul>Mas o desenvolvimento de tecnologias de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204386-sequenciamento-genetico-usp-mostra-futuro-humano.htm">sequenciamento de DNA</a> inovadoras permitiu voltar ao DNA lixo para analisá-lo detalhadamente. Em uma pesquisa com camundongos, um fragmento específico de transposons foi excluído, resultando na morte de metade dos filhotes durante a gestação.Dali em diante, os cientistas começaram a trabalhar com a possibilidade de que algumas sequências de DNA obscuro são essenciais para a sobrevivência, mudando o entendimento que se tinha sobre essa parte do material genético. E os avanços tecnológicos continuam a trazer descobertas incríveis.<h2>Existe DNA realmente inútil no nosso genoma?</h2>Contrariando as pesquisas pioneiras, trabalhos científicos recentes demonstram que nem todo o DNA lixo é inútil, como se acreditava. Os geneticistas estão descobrindo funções para a maioria desses materiais, como os já citados transposons.Também chamados de “genes saltadores” devido à capacidade de mudar de área dentro do genoma, eles podem ter sido essenciais para a evolução, com o movimento levando à perda da cauda na <a href="https://www.tecmundo.com.br/biologia/33191-cientistas-encontram-componente-genetico-que-diferencia-humanos-dos-demais-primatas.htm">família dos primatas</a>. Assim, os humanos teriam desenvolvido o andar ereto.Já os telômeros são responsáveis por manter a integridade do DNA, evitando que os cromossomos se unam. Além disso, atuam como uma espécie de relógio biológico, controlando o tempo de vida das células — cada vez que elas se dividem, parte deste DNA não codificante é perdida.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213842930012.jpg" alt="dna-lixo-o-que-e-3.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213842977014.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/27/27213842930013.jpg 500w," sizes="100vw"><figcaption>A edição genética pode corrigir mutações e contribuir para o tratamento de doenças. (Imagem: Getty Images)</figcaption></figure>Depois de várias divisões, elas alcançam o tamanho mínimo, entendendo a mudança como um alerta para iniciar o processo de morte celular. Esse tipo de ação é importante principalmente para as células mais antigas, com <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/402255-celulas-de-gordura-podem-ser-nova-arma-para-combater-o-cancer-sugere-estudo.htm">maior propensão a gerar tumores</a> devido às mutações acumuladas.<ul><li>Relembre: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/27596-as-5-descobertas-cientificas-mais-interessantes-dos-ultimos-anos.htm">As 5 descobertas científicas mais interessantes dos últimos anos</a></li></ul>Outra sequência genética anteriormente considerada DNA lixo, o íntron atua como um marcador, indicando à célula onde começa e termina a leitura do RNA gerado. Pesquisas sugerem, ainda, que ele facilitou a criação de novas combinações de sequências, tendo papel essencial na evolução dos genes.<h2>Como o entendimento sobre DNA lixo impacta a medicina e a biotecnologia?</h2>As mudanças na abordagem sobre o DNA não codificante podem trazer impactos significativos para a saúde. Diferentes Estudos de Associação Genômica Ampla (GWAS) sugerem que a maioria das variações genéticas associadas a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/233505-30-anos-fatores-risco-doencas-cronicas-pioram-brasil.htm">doenças crônicas</a> está na parte inicialmente considerada irrelevante para a ciência.Ou seja, alterações no DNA lixo podem influenciar no surgimento de doenças cardíacas, Alzheimer e diabetes, entre outras condições. Também acredita-se que o material deixado de lado nas primeiras pesquisas tenha ligação com certos tipos de câncer, depressão e esquizofrenia.Dessa forma, os avanços na área promovem melhorias nos tratamentos, com a adoção da <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401020-o-que-e-crispr-e-quais-sao-suas-implicacoes-para-a-humanidade.htm">tecnologia CRISPR</a>, que permite a criação de terapias personalizadas pela edição genética. O desenvolvimento de novas opções de medicamentos e vacinas, focadas em regiões não codificantes das proteínas, é outro benefício da alteração.<ul><li>Confira: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404578-crispr-bebe-com-doenca-rara-e-o-primeiro-paciente-do-mundo-a-receber-terapia-de-edicao-genetica.htm">Bebê com doença rara é o primeiro paciente do mundo a receber terapia de edição genética</a></li></ul>Empresas como CureVac e Haya Therapeutics já trabalham com soluções baseadas no DNA não codificado, trazendo uma nova esperança para pacientes com doenças raras. Também é possível aproveitar os avanços para diagnósticos mais precisos e precoces, se antecipando aos sintomas.Curtiu o conteúdo? Continue lendo mais notícias no TecMundo e não se esqueça de compartilhá-las nas redes sociais com os amigos.

O que é DNA lixo e por que ele intriga a ciência

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Estudo de 10 anos descobriu tecidos moles em um fóssil de dinossauro com câncer, revelando insights sobre as raízes moleculares da doença.

Ciência que se consolidou a partir dos anos 2000, a paleoproteômica estuda proteínas preservadas em materiais antigos, como fósseis, sedimentos arqueológicos ou restos subfósseis (ossos, dentes, conchas), para compreender a biologia, a evolução e a ecologia de organismos extintos.&nbsp;Em um dos estudos mais representativos dessa técnica, iniciado em 2016, cientistas da Anglia Ruskin University (ARU) e do Imperial College London, ambos no Reino Unido, investigaram “como o câncer em dinossauros pode oferecer insights sobre a história evolutiva de doenças e estratégias de história de vida”.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/279590-quantos-anos-vivia-media-dinossauro-descubra.htm" target="_blank">Quantos anos vivia em média um dinossauro?&nbsp;</a></li></ul>Publicado recentemente na revista Biology, o artigo explica como a análise paleoproteômica de tecidos moles fossilizados pode revelar informações sobre a evolução do câncer em dinossauros.&nbsp;A ideia central é preservar esses tecidos para futuras investigações moleculares que possam esclarecer como o câncer era desenvolvido ou suprimido em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400978-clonar-o-passado-conheca-6-animais-extintos-que-os-cientistas-buscam-reviver.htm" target="_blank">espécies extintas</a>.<h2>Moldando o câncer em fósseis de milhões de anos</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140148977004.jpg" alt="imagens-microscópicas-de-estruturas-fossilizadas.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140148617003.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140148602001.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140148617002.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140148602000.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Imagens microscópicas de estruturas fossilizadas semelhantes aos eritrócitos, marcadas com setas vermelhas. (Fonte: Pramodh Chitral Chandrasinghe et al., Biology, 2025/Divulgação)(</figcaption></figure>A linha da pesquisa surgiu em 2016, quando o oncologista Justin Stebbing, da ARU, leu sobre a descoberta de um tumor ósseo benigno (ameloblastoma) na mandíbula de um Telmatosaurus transsylvanicus, dinossauro herbívoro que viveu entre 66 e 70 milhões de anos na atual Romênia. O achado despertou curiosidade <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274438-dinossauros-causa-envelhecimento-rapido-humanos.htm" target="_blank">sobre possíveis semelhanças entre cânceres antigos e modernos</a>.Em 2017, a equipe multidisciplinar obteve o fóssil e iniciou uma análise minuciosa. Usando uma broca extremamente fina, extraíram pequenas amostras do interior da mandíbula, buscando preservar o material. O procedimento permitiu investigar a estrutura óssea e possíveis vestígios moleculares, para entender a natureza da lesão no “lagarto do pântano”.Utilizando microscopia de varredura avançada, pesquisadores identificaram estruturas semelhantes a glóbulos vermelhos, indicando a possível preservação de tecidos moles fossilizados. A descoberta amplia as possibilidades de estudar o tumor a partir de vestígios moleculares no que Stebbing chamou de “a carne do câncer”.<h2>Importância da descoberta sobre tecidos moles fossilizados</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140842377013.jpg" alt="imagem-ilustra-uma-celula-cancerigena.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140842940014.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140843645015.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140843801017.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30140843785016.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Estudar proteínas preservadas em fósseis pode fornecer informações sobre doenças. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>As descobertas revelam que tecidos moles e componentes celulares podem estar mais preservados em fósseis antigos do que se pensava. Identificando proteínas e biomarcadores conservados, cientistas acreditam poder obter informações sobre doenças pré-históricas, incluindo câncer, com potencial para influenciar futuros tratamentos humanos.Em comunicado, Stebbing afirmou: “As proteínas, particularmente aquelas encontradas em tecidos calcificados, como o osso, são mais estáveis do que o DNA e menos suscetíveis à degradação e contaminação. Isso as torna candidatas ideais para estudar doenças antigas, incluindo o câncer, em espécimes paleontológicos”.<ul><li>Entenda: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401525-por-que-algumas-celulas-cancerosas-resistem-a-radioterapia-estudo-explica.htm" target="_blank">Por que algumas células cancerosas resistem à radioterapia?</a></li></ul>Estudar o DNA de dinossauros não é para trazê-los de volta à vida, diz Stebbing, mas pode esclarecer o papel ambiental no desenvolvimento da doença, informando melhores tratamentos atuais. Por isso, a equipe destaca a necessidade de conservação de fósseis de longo prazo para garantir o acesso "os espécimes adequados para investigações moleculares de ponta".Impressionado como a investigação de doenças do passado podem inspirar tratamentos futuristas? Comente e compartilhe a matéria nas redes sociais. Veja também <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/266558-fosseis-125-milhoes-anos-mostram-combate-entre-mamifero-dinossauro.htm" target="_blank">como fósseis de 125 milhões de anos mostram um combate mortal entre mamífero e dinossauro</a>.

“Carne” fossilizada de dinossauro revela pistas para o tratamento do câncer

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Pesquisadores analisaram o que pode acontecer com a lua Europa, de Júpiter, quando o Sol "morrer" daqui bilhões de anos.

O que acontecerá quando o Sol chegar ao fim de sua vida? Nesse cenário, a Terra deixará de ser habitável, mas outras regiões do Sistema Solar poderão se tornar adequadas à vida. Por exemplo, alguns especialistas acreditam que a lua Europa, de Júpiter, pode se tornar habitável.O Sol se formou há bilhões de anos e continuará existindo muito depois do fim da sociedade como conhecemos. Mas cientistas estimam que, entre aproximadamente cinco e sete bilhões de anos, ele se transformará em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290041-planeta-semelhante-terra-orbitando-sol-morto-sinaliza-nosso-futuro.htm" target="_blank">uma gigante vermelha e mudará sua dinâmica no Sistema Solar</a>.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/272840-morte-sol-cientistas-preveem-fim-glorioso-nossa-estrela.htm" target="_blank">A morte do Sol: cientistas preveem o fim glorioso da nossa estrela</a></li></ul>Em um estudo publicado no servidor de pré-impressão arXiv, pesquisadores da Universidade de Cornell, nos Estados Unidos, analisam possíveis cenários sobre o que pode acontecer com a lua Europa quando o Sol se transformar em uma gigante vermelha.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/uj3Lq7Gu94Y?si=jqF1jlgReRNxepu2" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>“As luas geladas representam grandes reservatórios de água e passarão por processos de sublimação e derretimento quando expostas a uma maior irradiação solar... Modelamos a evolução da superfície de Europa quando ela for inicialmente exposta à irradiação da zona habitável durante a fase de gigante vermelha do Sol”, os cientistas descrevem no estudo.Apesar de ainda não ter sido revisado por pares, o artigo já foi aceito para publicação na revista científica&nbsp;Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.<h2>O que é a lua Europa?</h2>Europa é uma das principais luas de Júpiter; um satélite gelado que apresenta fortes evidências de abrigar <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/153207-esa-anuncia-evidencia-agua-europa-lua-jupiter.htm" target="_blank">água líquida sob sua superfície congelada</a>.É a quarta maior lua do planeta e é considerada um dos ambientes mais promissores para a existência de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154690-europa-lua-jupiter-abrigar-vida-extraterrestre.htm" target="_blank">vida extraterrestre</a>, devido às condições do oceano subterrâneo que pode existir abaixo de sua crosta de gelo.Segundo a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço dos Estados Unidos (NASA), Europa tem cerca de 90% do diâmetro da Lua da Terra e, por estar muito distante do Sol, a radiação e luz solar leva aproximadamente 43 minutos para alcançar a região — esse é um dos principais motivos do satélite ser tão gelado.A teoria mais aceita sugere que, assim como as outras três grandes luas de Júpiter, Europa se formou a partir do material remanescente da formação do planeta.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130752808094.jpg" alt="a-imagem-apresenta-a-lua-europa-de-jupiter" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130752902095.jpg 211w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130753105097.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130752933096.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130753105098.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>É estimado que a crosta de gelo da lua Europa (imagem) tenha até 25 quilômetros de espessura, devido às temperaturas extremamente baixas na superfície. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>É estimado que a crosta de gelo da lua Europa (imagem) tenha até 25 quilômetros de espessura, devido às temperaturas, extremamente baixas na superfície.<h2>Lua Europa e a “morte” do Sol</h2>Os cientistas da Universidade de Cornell analisaram dois cenários:<ul><li>2 UA de distância: no primeiro, eles investigaram quais seriam as condições da lua Europa quando o Sol se transformar em uma gigante vermelha e Júpiter estiver a 2 unidades astronômicas (UA) de distância;</li><li>0,8 UA de distância: no segundo, analisaram o que poderia acontecer um pouco mais adiante, quando Júpiter estiver a apenas 0,8 UA do Sol.</li></ul>Uma UA representa a distância média entre a Terra e o Sol, ou aproximadamente 150 milhões de quilômetros. Atualmente, a distância entre o Sol e Júpiter é de 5,2 UA.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130420952090.jpg" alt="a-imagem-mostra-a-zona-habitável-quando-o-sol-se-transformar-em-uma-estrela-gigante-vermelha" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130420952091.jpg 219w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130420984092.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/30/30130421047093.jpg 750w," sizes="100vw"><figcaption>A faixa verde destaca a futura zona habitável, passando por Saturno e Júpiter, quando o Sol “morrer” e se transformar em uma estrela gigante vermelha. (Fonte: NASA)</figcaption></figure>Na primeira simulação, os cientistas calcularam que, daqui a cerca de sete bilhões de anos, quando Júpiter estiver a aproximadamente duas unidades astronômicas (UA) do Sol, Europa receberá mais luz solar. Isso fará com que o gelo de sua superfície comece a evaporar e parte desse vapor poderá formar uma atmosfera fina ao redor do satélite.Na segunda simulação, alguns milhões de anos depois, praticamente todo o gelo da superfície terá se transformado em vapor. Os pesquisadores estimam que esse vapor poderia permanecer ao redor de Europa por até centenas de milhares de anos, o que facilitaria condições que talvez permitam o surgimento de algum tipo de vida.<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280962-vida-universo-comum.htm" target="_blank">A vida no Universo é comum?</a></li></ul>Em termos de tempo cósmico, centenas de milhares de anos é relativamente pouco. Ainda assim, os cientistas consideram possível que algum tipo de vida surja nesse período e desapareça logo depois, quando a atmosfera se dissipar. Mas até lá, nenhum ser humano estará mais vivo.Desde o início de sua formação, a Terra girou em torno do Sol de forma relativamente estável. Mas essa realidade vai acabar em alguns bilhões de anos. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/281823-terra-sol-morrer-estudo-revela-fim-apocaliptico.htm" target="_blank">Entenda exatamente como a Terra ficará quando o Sol morrer</a>. Até a próxima!

Lua Europa, de Júpiter, pode se tornar habitável quando Sol “morrer”; entenda

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Enquanto cientistas competiam pela descoberta do DNA, Rosalind Franklin foi a primeira a registrar a estrutura da molécula em uma foto icônica.

Quando a físico-química inglesa Rosalind Franklin fotografou, pela primeira vez a estrutura do DNA em maio de 1952, ela se tornou a primeira pessoa no mundo a enxergar, com base em evidências físicas, a arquitetura íntima da molécula fundamental que carrega o código genético de todos os seres vivos, lançando assim as bases da biologia molecular.Embora a descoberta tenha desencadeado uma revolução sem precedentes nas ciências biológicas e na tecnologia médica, com avanços pioneiros na identificação e <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/255172-nova-tecnica-edicao-genetica-altera-dna-modo-seguro-eficiente.htm" target="_blank">análise do código genético</a>, o nome de Franklin permaneceu fora da lista dos cientistas premiados com o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1962 "por suas descobertas relativas à estrutura molecular dos ácidos nucleicos e sua importância para a transferência de informação em material vivo".<ul><li>Descubra: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401014-qual-a-diferenca-do-dna-e-do-rna.htm" target="_blank">Qual a diferença do DNA e do RNA?</a></li></ul>A justificativa oficial para a omissão foi sua morte precoce em 1958, aos 37 anos, que impossibilitou a premiação pelas regras do Nobel. No entanto, a verdade é que a forma desonesta com que dois dos laureados, James D. Watson e Francis H.C. Crick usaram sua icônica Fotografia 51, obtida sem o conhecimento dela, revela como sua contribuição foi marginalizada à época, e continuou sendo obscurecida por quase 50 anos depois.<h2>Infância e escolha de ciências como disciplina</h2>Parte de uma proeminente família anglo-judaica, Rosalind Elsie Franklin nasceu em Londres em 25 de julho de 1920. Intelectualmente precoce, decidiu seguir ciências aos 16 anos, destacando-se por seu talento acadêmico, senso de justiça e habilidade para debates intelectuais. Além de obcecada pela ciência, era uma filha e irmã dedicada, conhecida por seu humor afiado, franqueza e paixão por montanhismo, viagens e culinária.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21144343135347.jpg" alt="Rosalind-Franklin.png" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21144343181348.jpg 238w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21144343228349.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21144343244350.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21144343291351.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Rosalind Franklin decidiu seguir a carreira de cientista aos 16 anos. (Fonte: US National Library of Science/Reprodução)</figcaption></figure>Educada em escolas particulares, Franklin ingressou na Newnham College, uma das duas faculdades para mulheres de Cambridge, onde se formou em físico-química com excelência acadêmica. Ela continuou seus estudos científicos mesmo durante a Segunda Guerra Mundial, recusando-se a deixar a universidade apesar dos bombardeios sobre Londres e da pressão familiar para buscar locais mais seguros.Embora suas excelentes notas lhe tenham rendido uma bolsa de pesquisa de pós-graduação, Franklin entrou em conflito com seu orientador, professor Ronald Norrish, que rejeitou suas descobertas após ela identificar um erro fundamental no projeto que ele lhe havia atribuído. Mais tarde, Norrish admitiu a um biógrafo da pesquisadora que nunca suportou a ideia de que ela pudesse “<a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401788-como-o-teste-de-dna-comprova-uma-relacao-familiar.htm" target="_blank">elevar o status de seu sexo à igualdade com os homens”</a>.<h2>Carreira científica e a Foto 51</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145053794352.jpg" alt="a-atriz-nicole-kidman-como-rosalind-franklin.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145053857353.jpg 234w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145054122355.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145054122354.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145054388356.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Nicole Kidman interpretando Rosalind Franklin na peça “Fotografia 51”. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure>Após concluir seu doutorado em físico-química em Cambridge em 1945, época em que poucas mulheres atuavam como pesquisadoras, Franklin foi para Paris, onde passou quatro anos no Laboratório Central de Serviços Químicos. Ali dominou a cristalografia de raios X, tornando-se autoridade internacional em carbono aos 30 anos. Em 1950, recebeu uma bolsa da empresa Turner &amp; Newall, para investigar a estrutura do DNA no King’s College London.<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/404581-dna-do-brasil-revela-exclusao-genetica-e-uma-miscigenacao-violenta-no-pais.htm" target="_blank">DNA do Brasil revela exclusão genética e uma miscigenação violenta no país</a></li></ul>Ao mudar da química física para a biológica, Franklin trabalhou oito meses com Raymond Gosling no desenvolvimento de uma microcâmera específica para capturar imagens de DNA. Em maio de 1952, após 100 horas de exposição sob condições meticulosamente controladas, ela produziu a histórica Foto 51, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/255172-nova-tecnica-edicao-genetica-altera-dna-modo-seguro-eficiente.htm" target="_blank">evidência primordial do padrão helicoidal da molécula</a>, posteriormente publicada na Nature simultaneamente ao modelo de Watson e Crick.Quando o chefe da unidade de biofísica do King’s, professor J.T. Randall, convidou Franklin, ele lhe prometeu autonomia no estudo do DNA, mas sem informar Maurice Wilkins, que esperava supervisioná-la. A falha de comunicação gerou conflitos: enquanto Franklin acreditava liderar o projeto, Wilkins a via como assistente. Essa tensão alimentou um ambiente hostil que culminou com Wilkins compartilhando a Foto 51 com Watson e Crick.<h2>Foto 51: o “santo graal” da biologia molecular</h2>A Foto 51, capturada por Franklin por meio de difração de raios X, revelou a estrutura B do DNA (biológica e mais hidratada). Os losangos claros no padrão em "X" indicavam uma dupla hélice, composta por esqueletos de açúcar-fosfato e pares de bases (adenina-timina e guanina-citosina).&nbsp;<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145511887384.jpg" alt="Difração-de-raios-X-do-DNA-B-de-Franklin e Gosling-conhecida-como-Fotografia-51.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145511856383.jpg 144w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145512356387.jpg 464w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145512293386.jpg 696w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21145512293385.jpg 927w," sizes="100vw"><figcaption>Imagem de difração de raios X do DNA B de Franklin e Gosling, conhecida como Fotografia 51. &nbsp;(Fonte: King's College London Archives/Science Photo Library/Reprodução)</figcaption></figure>A imagem forneceu dados cruciais para modelar a molécula e compreender a transmissão genética, embora Franklin não soubesse na época o seu impacto imediato.No pós-guerra, a biologia ganhou impulso, com diversas equipes competindo para decifrar o DNA. Ao descobrir a hélice alfa nas proteínas, em 1951, Linus Pauling, acelerou a corrida. Muitas dessas equipes usaram a cristalografia de raios X da Dra. Franklin para investigar o DNA, sem perceber que a própria molécula, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/287625-estresse-mudar-o-nosso-dna-entenda-o-epigenetica.htm, era autoexplicativa." target="_blank">com pares de bases complementares se encaixando como peças de um zíper</a>.Em 1953, Franklin transferiu-se para o Birkbeck College, uma instituição mais aberta à igualdade de gênero. Uma semana antes da publicação da inovadora Foto 51 na Nature, o professor Randall enviou-lhe uma carta instruindo-a a parar de trabalhar, e até de pensar, no DNA. Naquela altura, ela já havia voltado seu foco para os vírus vegetais, liderando a análise do vírus do mosaico do tabaco.<h2>Auge da carreira e morte prematura</h2><figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21150035244402.jpg" alt="Rosalind-Franklin.jpg" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21150035244402.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21150035494405.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21150035494404.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/21/21150035494403.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Apesar de sua reputação e publicações, Rosalind enfrentou desigualdades por ser mulher. (Fonte: Universidade Rosalind Franklin/Reproduççao)</figcaption></figure>Durante a década de 1950, Rosalind Franklin estava no auge de sua carreira como autoridade em difração de raios X, sendo convidada internacionalmente como palestrante, muitas vezes como a única mulher presente.&nbsp;Apesar de sua reputação e publicações, enfrentou desigualdades: falta de estabilidade, salário reduzido e restrições a cargos de liderança. Ainda assim, liderou pesquisas pioneiras, como a da relação entre proteínas e ácidos nucleicos.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/289469-novo-capitulo-genoma-humano-50-000-emaranhados-dna-descobertos.htm" target="_blank">Em novo capítulo no genoma humano, 50.000 emaranhados de DNA são descobertos</a></li></ul>Franklin realizou duas viagens prolongadas aos Estados Unidos, onde visitou laboratórios, trocou informações com colegas e conseguiu financiamentos, que lhe eram negados na Inglaterra, para suas pesquisas com vírus. Diagnosticada com câncer em 1956, manteve-se ativa, arrecadando recursos para modelos virais na Feira Mundial de Bruxelas, que acabaram sendo exibidos logo após sua morte, em 16 de abril de 1958.A trajetória de Rosalind Franklin levanta questões importantes sobre ética científica, reconhecimento de contribuições e o papel das mulheres na ciência, especialmente em uma época em que enfrentavam barreiras significativas para obter igualdade de reconhecimento. Ela deixou 19 artigos sobre carvões e carbonos, cinco sobre DNA e 21 sobre vírus. Pouco antes de sua morte, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/252860-poliomielite-sintomas-vacinacao.htm" target="_blank">ela e sua equipe iniciaram estudos sobre o vírus da poliomielite</a>.Mesmo sem o reconhecimento merecido, Rosalind Franklin mudou a história da biologia. Apoie projetos que incentivam a participação de mulheres na ciência. Compartilhe esta matéria nas redes sociais e amplifique essas vozes.&nbsp;

Rosalind Franklin: a cientista que descobriu a estrutura do DNA

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Um novo estudo investiga a morte celular em busca de soluções para doenças, envelhecimento e melhoria da saúde humana.

Assim como o nascimento, a morte é um processo natural da vida e ocorre com todos os seres vivos. Agora, um novo estudo sugere que compreender a morte celular pode contribuir para descobertas sobre o envelhecimento, o surgimento de doenças e até beneficiar futuras viagens espaciais.De acordo com um estudo publicado na revista científica Oncogene, pesquisadores da University College London (UCL), na Inglaterra, sugerem que o processo de morte celular pode ampliar o entendimento científico sobre condições de saúde relacionadas ao envelhecimento das células. A pesquisa foi realizada em parceria com a empresa farmacêutica LinkGevity e com a Agência Espacial Europeia (ESA).<ul><li>Saiba também: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/401573-o-cronometro-da-morte-entenda-como-funciona-o-envelhecimento-celular.htm" target="_blank">O 'cronômetro da morte': entenda como funciona o envelhecimento celular</a></li></ul>Para um dos autores do estudo, Dr. Keith Siew, a morte celular talvez seja tão pouco compreendida justamente por envolver um tema delicado: a morte. Ele destaca que estudar esse processo é fundamental para promover avanços na área da saúde.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/wUMs6MoAphw?si=RdV0QCmAP96aeRg5" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Afinal, o que poderia acontecer se fosse possível interromper ou desacelerar a <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/400280-o-papel-da-apoptose-na-vida-e-morte-celular.htm" target="_blank">morte celular</a> — ou a necrose do corpo? Talvez pudéssemos desvendar a solução de algumas doenças ou até desacelerar o envelhecimento."Se conseguirmos combater a necrose, poderemos descobrir maneiras inteiramente novas de tratar condições que vão desde insuficiência renal a doenças cardíacas, neurodegeneração e até mesmo o próprio envelhecimento", disse a principal autora do artigo e CEO da LinkGevity, Dra. Carina Kern.A necrose é um elo entre o envelhecimento e diversas doenças. Segundo o estudo, os dados obtidos podem até ajudar a melhorar a saúde de astronautas que passam longos períodos no espaço.<h2>Morte celular: uma solução?</h2>As células estão programadas para morrer, e isso ocorre inúmeras vezes ao longo da vida de uma pessoa — muito antes da morte do organismo na totalidade. Isso acontece porque alguns desses processos de morte celular são essenciais para a regeneração dos tecidos do corpo humano.Porém, a necrose, que é a morte celular não programada (necrose), provoca um processo irreversível que contribui para o declínio do organismo.<figure class="image"><img src="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/29/29123948543029.jpg" alt="ilustracao-de-celula-saudavel-e-celula-em-necrose" srcset="https://tm.ibxk.com.br/2025/05/29/29123948543028.jpg 245w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/29/29123948637030.jpg 500w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/29/29123948699032.jpg 750w,https://tm.ibxk.com.br/2025/05/29/29123948699031.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Da esquerda para a direita, a imagem apresenta um célula saudável e uma célula em necrose. (Fonte: Linkgevity)</figcaption></figure>Segundo os pesquisadores, a necrose pode ser responsável por causar problemas cardíacos, renais, Alzheimer e até a degeneração geral dos órgãos. Quando falamos de envelhecimento, é comum que ela cause falhas nos rins em parte dos idosos com mais de 75 anos.A proposta do estudo é que, se for possível interromper ou reduzir a necrose, essas doenças poderiam ser evitadas ou até mesmo revertidas.<h3>Como a necrose funciona</h3>O cálcio age dentro da célula como um “mensageiro químico” e, por isso, sua quantidade é controlada. Imagine que a célula funciona como uma porta, com o cálcio concentrado do lado de fora.Por exemplo, quando você contrai um músculo, essa porta se abre e fecha rapidamente para permitir a entrada de uma pequena quantidade de cálcio. Mas durante a necrose, uma grande quantidade de cálcio invade a célula de forma descontrolada, desregulando seu funcionamento e liberando componentes tóxicos.<div class="raw-html-embed"><iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/COSK9pRVaBw?si=eEQubX_dyJja0ToK" title="YouTube video player" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture; web-share" referrerpolicy="strict-origin-when-cross-origin" allowfullscreen=""></iframe></div>Isso desencadeia um efeito dominó: inflamação, danos a células vizinhas e mais necrose. Consequentemente, o envelhecimento é acelerado, o que favorece o surgimento de doenças e contribui para a morte do organismo.<h2>Morte celular, espaço e astronautas</h2>Outro estudo apresenta dados que indicam que a microgravidade e a radiação cósmica podem acelerar o envelhecimento dos rins de astronautas. Inclusive, a saúde dos astronautas é considerado um dos maiores obstáculos das viagens espaciais de longa duração, pois esse ambiente pode causar diferentes problemas no corpo humano.<ul><li>Leia mais: <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/290640-henrietta-lacks-milagre-imortalidade-celular.htm" target="_blank">Henrietta Lacks e o milagre da imortalidade celular</a></li></ul>Por isso, os pesquisadores do novo artigo acreditam que, ao encontrar uma forma de retardar a necrose, será possível solucionar essa barreira. Por enquanto, eles ainda continuam nessa busca.Novas pesquisas sugerem que processos naturais antigos podem ter dado origem às primeiras formas de vida. Quer saber mais? <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/280558-cientistas-ter-descoberto-primeiras-celulas-formaram-terra.htm" target="_blank">Descubra como cientistas podem ter descoberto como as primeiras células se formaram na Terra</a>. Até a próxima!

Morte celular "pausada"? Solução poderia retardar envelhecimento e ajudar viagens espaciais

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Galaxy Unpacked 2025 em 3 minutos! Confira o lançamentos da Samsung  #smartphone #tecnologia

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O Galaxy Z Flip 7 FE é o primeiro dobrável acessível da Samsung — e lembra muito o Z Flip 6. Vem com Exynos 2400, 8 GB de RAM, até 256 GB de espaço e bateria de 4.000 mAh. As telas continuam com 3,4" e 6,7", e ele mantém recursos como IP48, carregamento sem fio e sete anos de atualizações. Se o preço for bom, pode ser o dobrável de entrada ideal. Você teria um desse? Conta aí nos comentários! #tech #galaxyunpacked #samsunggalaxy #galaxyzflip7fe

O dobrável "BARATINHO"? Conheça o GALAXY Z FLIP 7 FE!

A Samsung finalmente mudou o que precisava no Z Flip 7. A tela externa agora tem 4,1", quase sem bordas, e as câmeras ficam embutidas nela. A dobradiça é de titânio, o vinco sumiu, e a tela interna cresceu pra 6,9". Ele vem com Exynos 2500, até 512 GB de espaço e bateria de 4.300 mAh. Vem ver os detalhes! #tech #galaxyunpacked #samsunggalaxy #galaxyzflip7

Conheça o SAMSUNG GALAXY Z FLIP 7

O Galaxy Z Fold 7 chegou e quer ser o dobrável mais fino do mundo. Ele é mais leve que o S25 Ultra, tem chip Snapdragon 8 Elite, até 1 TB de espaço e câmera de 200 MP. A dobradiça agora é de titânio e a tela interna cresceu pra 8". Será que é o melhor dobrável do ano? Vem conferir! #tech #galaxyunpacked #samsunggalaxy #galaxyzfold7

Chegou o Galaxy Z Fold 7!

O jogo é simples: um deles recebeu uma pergunta DIFERENTE e agora o resto tem que descobrir QUEM É O IMPOSTOR? #gameshow #gaming #videogame

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O ator que fez muito sucesso com a trilogia de High School Musical nunca abandonou os palcos! Vem ver! #corbinbleu #HighSchoolMusical #highschoolmusical2 #highschoolmusical3

Por onde anda CORBIN BLEU, o Chad de High School Musical? #highschoolmusical

Tá procurando que assistir na HBO Max? Confira esses filmes escondidos na plataforma para ver no fim de semana! Já salva a dica e compartilha com quem vai assistir com você! #Spotlight #MidnightSun #AmIOkay #filmes

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Paciente foi operado do OUTRO LADO DO MUNDO por cirurgia robótica! #cirurgia #robô #tecnologia #saúde #médico #operação #inovação #notícia #tecmundo #distância #brasil #angola #ciência #medicina

ROBÔ faz CIRURGIA a 11.000 km de distância!?

Baseado em uma HQ, #TheOldGuard conta a história de um grupo de guerreiros imortais que ajudam as pessoas ao longo dos séculos. O longa mistura ação e fantasia e encerrou com um gancho para uma continuação! #theoldguard #Netflix #dicasdefilmes