Veja dicas de como descobrir se uma foto foi digitalmente adulterada

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Cenas de acidentes, seres sobrenaturais ou ocasiões comprometedoras envolvendo famosos são alguns tipos de acontecimentos comuns que costumam somar alguma situação de impacto e imagens supostamente documentais. Porém, o poder das imagens é tão forte que até mesmo alguns líderes famosos já estiveram envolvidos com imagens conscientemente adulteradas. Não por um acaso, a depender da qualidade da manipulação, é possível acreditar no que se vê. Todavia, existem algumas técnicas que permitem identificar se as imagens sofreram algum tipo de alteração ou não. A parte mais curiosa é que renomados peritos iniciam as suas pesquisas com procedimentos muito simples, como mostramos abaixo.

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Como identificar imagens adulteradas

O primeiro a se fazer é olhar a fotografia com bastante atenção. À medida que as ferramentas de edição de imagem foram se sofisticando, ficou mais difícil denunciar a manipulação a partir de um desvio mais grotesco, como algum membro do corpo faltando, ou com formas exageradas. No entanto, alguns detalhes ainda passam despercebidas pelos olhares dos editores.

Assim, falhas na composição da luz ou incoerência no jogo de sombras são a chave para descobrir alterações, pois se trata de um elemento complicado de manipular. A partir de um traço imaginário seguindo o movimento que a sombra projeta no objeto, é possível definir a direção da luz. A inserção de um objeto posterior ao momento em que a fotografia foi feita dificilmente consegue sustentar o mesmo jogo de luz, o que denuncia a interferência.

Outro elemento revelador é a presença de reflexos na imagem projetados por espelhos, água ou vidros. Para fazer o teste por meio do reflexo, é preciso traçar uma linha ligando o objeto à sua imagem projetada. É preciso que ambas converjam para o mesmo ponto por trás da superfície que as refletem. Se isso não ocorrer, é sinal de que a foto foi alterada.

Ferramentas que ajudam nesse processo

Caso a fotografia não revele em si mesma algum elemento que comprove a alteração, é sempre válido procurar uma possível fonte original da imagem. É bem comum que se usem fotos retiradas de uma determinada ocasião em outras circunstâncias completamente diferentes, após passar por adulterações devidas.

Na busca por fotos e contextos originais onde elas foram geradas, é possível encontrar em sites especializados. Hoje em dia, existem uma série de portais que se debruçam sobre imagens manipuladas e reúnem casos de adulteração na intenção de esclarecer a veracidade dos fatos envolvidos. Até mesmo o Google Imagens pode ajudar nisso. Uma atualização recente na ferramenta dispensa que você precise ficar concatenando palavras-chave para achar determinada imagem.

Talvez você nunca tenha percebido, mas na própria barra de pesquisa do Google Imagens há um ícone de câmera do lado direito que pode otimizar a busca. Clicando sobre ele, aparecem as opções de inserir a imagem pesquisada por meio de sua URL ou upload. Pronto! Os resultados reunirão uma série de páginas onde a mesma imagem aparece, facilitando bastante uma análise contrastiva entre as versões disponíveis.

A funcionalidade disponível na busca do Google Imagens é similar à do serviço oferecido pelo site TinEye. No entanto, testes revelam que a capacidade de resultados satisfatórios é muito maior pelo Google Imagens se comparados aos emitidos pelo TinEye.

Muito antes de a internet inundar as redes com imagens suspeitas já se faziam alterações em imagens a fim de fomentar discursos convenientes

Outra ferramenta que pode ser bastante útil na busca por adulterações em fotografias é o site Izitru. Basicamente, ele oferece a possibilidade de afirmar se uma determinada imagem carregada em sua barra de pesquisa principal está na forma como foi feita ou se obteve alterações após o registro. O que pode parecer apenas uma curiosidade despretensiosa de alguns usuários da internet na verdade é uma questão delicada e bastante séria. Por trás do Izitru, por exemplo, existe um grupo de pesquisadores da Darpa, uma agência ligada ao Departamento de Defesa dos EUA. A justificativa por trás da tecnologia desenvolvida para desvendar alterações em imagens é simples: inúmeras figuras públicas fizeram uso do recurso nas últimas décadas em benefício próprio.

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