The BRIEF

Ambicioso, diretor do PayPal quer acabar com dinheiro físico

John Lunn, diretor global de desenvolvimento do PayPal, deu um panorama do sistema de pagamentos online na Campus Party 2014 e quer sumir com o dinheiro físico de todo mundo

31/01/2014, às 17:28

O PayPal é o sistema de pagamento online praticamente mais utilizado em escala mundial. Em plena segunda década de século 21, o meio de pagamento virtual é padrão em diversos estabelecimentos – e a quantidade aumenta muito graças ao PayPal, que definitivamente quer “acabar” com o dinheiro físico, ao menos no que depender de John Lunn, diretor-geral de desenvolvimento do sistema, que palestrou na Campus Party nessa quinta-feira, 30, e deu um panorama de como visualiza o futuro.

“Certamente sem o dinheiro físico. Quero acabar com ele. Temos um objetivo claro: descomplicar a vida do consumidor e eliminar intermediários”, informou o executivo em conversa com o Tecmundo no evento, onde Lunn mostrou o novo serviço PayPal Check-in.

Novo serviço, muitas ambições

A Campus Party 2014 foi palco para que Lunn demonstrasse o PayPal Check-in. O novo serviço, na verdade, já está no Brasil desde o final do ano passado, mas seu uso é limitado numa parceria com uma rede de cafés em São Paulo.

O aplicativo permite que o consumidor ganhe tempo ao deixar que ele faça um “check-in” num determinado estabelecimento e realize sua compra com antecedência com apenas alguns toques no smartphone. Tudo de antemão e sem frescuras.

(Fonte da imagem: TecMundo)

“A experiência se torna muito conveniente, faz com que o consumidor se sinta melhor. A ideia é dar praticidade de maneira universal. Eu mesmo já não uso dinheiro físico há muito tempo, todas as minhas transações são virtuais. É assim que vejo o modelo de negócios e sistema de pagamento no futuro”, ponderou Lunn em bate-papo com o Tecmundo.

Brasil na mira

Para trabalhar com o novo serviço, a empresa está aumentando a carteira de parceiros no Brasil, que foi o primeiro país da América Latina a receber o Check-in.

A empreitada, de acordo com Lunn, mostra uma “forte aproximação com o Brasil” e “é só uma questão de tempo até que as lojas e estabelecimentos tenham o PayPal como forma padrão de pagamento”. O executivo também defendeu o armazenamento de dados na nuvem e disse que o “dinheiro também deve estar lá”, descartando a necessidade do uso de carteiras físicas.

“Estamos operando aqui [no Brasil] com força total. O consumidor busca o quê? Conveniência? Uma experiência diferente? Facilidade na aquisição de produtos? Buscamos responder a todas essas questões e integrar o serviço [Check-in] onde for possível: nos serviços online de video games, lojas físicas, sites, restaurantes”, afirmou Lunn.

Em outras palavras, o futuro que o diretor do PayPal prega não foge muito da filosofia do século 21: a adoção absoluta do sistema digital.

Se as compras em sites já são hoje uma prática absolutamente comum, Lunn ousa mais e quer trazer ao consumidor o fim do dinheiro físico com a expansão global do PayPal.

Fontes