Facebook admite rastrear usuários usando telefones do login em dois fatores

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Facebook admitiu que utiliza os números de telefone da autenticação em dois fatores na rede social para mostrar anúncios direcionados a esses usuários. Essa tática da empresa foi descoberta durante uma investigação do Gizmodo em parceria com dois pesquisadores da área e confirmada em uma declaração enviada pela companhia ao TechCrunch.

“Nós usamos informações fornecidas pelas pessoas para oferecer uma experiência melhor e mais personalizada do Facebook, incluindo anúncios. Nós somos claros sobre como utilizamos as informações coletadas, incluindo informações de contatos que as pessoas enviam ou adicionam às contas. Você pode gerenciar e deletar as informações de contato que você enviou a qualquer momento”, diz a declaração do Facebook.

Rede social admitiu que utiliza a ferramenta de segurança para rastrear usuários.

Na autenticação em dois fatores, o usuário fornece seu número de celular para que o aparelho atue como uma camada de proteção extra. Quando ela está ativada, um invasor precisaria descobrir a senha e ter acesso ao dispositivo registrado para conseguir fazer login na sua conta. Especialistas em segurança costumam recomendar que a função seja usada em todos os serviços que a oferecem.

Questionado sobre o fato de utilizar uma função de segurança como forma de aumentar seu aparato de rastreamento dos usuários, um porta-voz do Facebook afirmou que as pessoas podem se proteger desse direcionamento de anúncios ao utilizar a autenticação em dois fatores através de um aplicativo como o Google Authenticator, uma opção que a empresa passou a fornecer apenas em maio deste ano.

Não é a primeira vez que essa ferramenta, que deveria dar mais segurança aos usuários, é criticada por fazer exatamente o oposto disso. No início do ano, pessoas que registraram seus números na autenticação começaram a receber mensagens de texto com notificações da rede social. Respostas à essas mensagens eram automaticamente publicadas no perfil do usuário. Na época, o Facebook disse que isso não passava de um bug que foi corrigido.

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