Celular da Blu continua a ser vendido com spyware

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Um dos celulares mais vendidos dos Estados Unidos, o R1 HD, da Blu, custa US$ 60 e além de tela de 5 polegadas e processador de 1,3 GHz de RAM, o gadget traz consigo nada menos do que um spyware que repassa informações privadas dos usuários para a China. O fato foi descoberto em novembro do ano passado e rendeu um processo para a companhia na terra do Tio Sam.

Depois disso, a expectativa é de que o problema fosse corrigido, mas isso não aconteceu. Segundo a Kryptowire, a companhia que descobriu o app espião no final do ano passado, a situação ainda persiste e o spyware Adups continua agindo por debaixo dos panos para enviar dados para o seu servidor central em Xangai, na China.

Na época, a companhia responsável pelo spyware alegou que se tratava de um erro. Agora, ela garante ter corrigido o problema ainda em 2016 e crava que tal situação não existe mais. Entretanto, a Kryptore afirma ter identificado o mesmo caso em pelo menos três aparelhos diferentes.

Blu R1 HD: campeão de vendas, mas com uma desagradável surpresa embutida.

Problema grave

Além da irregularidade de enviar informações sem a autorização do usuário, o Adups tinha acesso a uma rota de comunicação entre o servidor e o dispositivo que permitia a execução remota de comandos. Com isso, seria possível instalar aplicativos ou mesmo “sequestrar” cliques de um smartphone, gerando acesso falso (e receitas, consequentemente) a conteúdos publicitários.

Situação semelhante poderia acontecer em mais de 20 firmwares de dispositivos de entrada com Android, todo equipados com chipset MediaTek. Eles incluíam um app chamado MTKLogger, justamente a brecha que permitia a espionagem. A companhia se defendeu ao afirmar ter corrigido a falha ainda no mês de novembro, mas os especialistas de segurança continuam a encontrar problemas.

E a situação pode ser ainda mais alarmante. Isso porque os pesquisadores apenas olharam para o aparelho da Blu porque ele está em voga, com um grande número de unidades vendidas. Assim, levanta-se a questão de que situações como essas — smartphones com spyware — pode ser mais comum do que se imagina.

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