Licença para hackear: Singapura quer registrar hackers em nova lei

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Singapura é um dos países que mais prezam pela segurança da informação. Contudo, uma provável nova lei local está dividindo opiniões: qualquer hacker ético que queira atuar no país terá que tirar uma licença. Hacking ético é o termo utilizado para ao indivíduo que modificar os aspectos internos de dispositivos, programas e redes de computadores para o "bem comum", sem tirar qualquer tipo de vantagem.

A lei está alinhada com a reputação de extrema ordem em Singapura

A lei ainda não está concretizada, porém, caso seja, se algum hacker for pego — ou se algum indivíduo quiser ajudar alguma empresa via testes de penetração, por exemplo — atuando sem a licença, terá que pagar US$ 36 mil (R$ 114 mil) e enfrentar pena de até dois anos de prisão.

Como nota Joon Ian Wong, do Quartz, é bem provável que a lei seja sancionada. Isso porque ela "está alinhada com a reputação de extrema ordem" presente em Singapura — Wong morou no país por um tempo.

O outro lado

A lei é um verdadeiro perigo até para o mercado de telecomunicações local. Normalmente, adolescentes e jovens iniciam no hacking por curiosidade. Acompanham vídeos no YouTube, leem tutoriais em fóruns, conversam em grupos online e, praticamente, realizam todos os estudos na internet. Boa parte deles testa as ferramentas como forma de aprendizado. Com a lei, eles poderão ser presos.

A lei poderá abrir dois cenários em Singapura

Além da prisão de jovens hackers que estão entrando neste mundo, a lei ao impedir que os jovens testem ferramentas acaba inibindo a vontade de atuar neste segmento. Com isso, por incrível que pareça, muitos jovens que desejam atuar profissionalmente nas áreas de tecnologia e telecomunicações ficarão desestimulados.

Indo mais além: a lei poderá hackers "melhores". Exatamente: mais aplicativos e ferramentas que escondem IPs e identidades poderão ser desenvolvidas. Se a licença for paga, hackers éticos sem grana bolso começarão a trabalhar fora do radar do governo — e existem VPNs, Tors, encriptação e diversas tecnologias para desligar as autoridades.

Fontes

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