Ameaças de ransomware para celulares cresceram 3,5 vezes; como se proteger?

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A partir desses períodos, observa-se várias mudanças significativas no cenário das ameaças de ransomware

Os criadores de ransomware para dispositivos móveis estão concentrando seus ataques em países ricos. Além de apresentar um nível de renda mais alto, os mercados desenvolvidos também contam com uma infraestrutura de pagamentos eletrônicos e em dispositivos móveis mais avançados e amplamente usados. De acordo com o relatório de ransomware da Kaspersky Lab para os anos de 2016-2017, isso atrai os criminosos, pois significa que é possível transferir um resgate com apenas alguns toques ou cliques.

A Kaspersky Lab divulgou as ameaças de ransomware em seu segundo estudo anual sobre o problema. O relatório aborda todo o período de dois anos que, para fins de comparação, foi dividido em duas partes de 12 meses: de abril de 2015 a março de 2016 e de abril de 2016 a março de 2017. A partir desses períodos, observa-se várias mudanças significativas no cenário das ameaças de ransomware.

Ameaça na moda

A atividade dos ransomware para dispositivos móveis disparou no primeiro trimestre de 2017, com 218.625 pacotes de instalação do tipo Trojan-Ransomware para dispositivos móveis: 3,5 vezes mais que no trimestre anterior. Em seguida, essa atividade voltou ao nível médio do período de dois anos observado. Apesar dessa pequena redução, o cenário das ameaças para dispositivos móveis ainda gera muita inquietação, pois os criminosos visam nações com infraestruturas financeira e de pagamentos bem desenvolvidas, que podem ser facilmente comprometidas.

Os EUA passaram da quarta para a primeira posição (quase 19%). Canadá e Alemanha continuaram entre os três primeiros lugares

No período entre 2015 e 2016, a Alemanha foi o país com maior porcentagem de usuários de dispositivos móveis atacados por ransomware para dispositivos móveis (quase 23%) em relação aos usuários que sofreram ataques por qualquer tipo de malware em dispositivos móveis. Em seguida, vieram Canadá (quase 20%), Reino Unido e EUA, que superaram os 15%.

Esse panorama mudou em 2016-2017; os EUA passaram da quarta para a primeira posição (quase 19%). Canadá e Alemanha continuaram entre os três primeiros lugares, com quase 19% e mais de 15%, respectivamente. O Reino Unido ficou em quarto, com mais de 13%.

Foco nos Estados Unidos, mas risco aqui é alto

As mudanças geográficas no cenário dos ransomware para dispositivos móveis pode indicar uma tendência de disseminação dos ataques em regiões ricas

Esse crescimento nos Estados Unidos deveu-se, em grande parte, aos ataques de malwares das famílias Svpeng e Fusob. O Svpeng foi direcionado principalmente aos EUA. Quanto ao Fusob, essa família de malware concentrou-se, inicialmente, na Alemanha; porém, desde o primeiro trimestre de 2017, a primeira posição da sua lista de alvos foi ocupada pelos EUA, com 28% dos ataques.

“As mudanças geográficas no cenário dos ransomware para dispositivos móveis pode indicar uma tendência de disseminação dos ataques em regiões ricas, despreparadas, vulneráveis ou que ainda não foram atingidas. Obviamente, isso quer dizer que os usuários, especialmente desses países, devem ser extremamente cautelosos ao navegar pela Web”, observa Roman Unuchek, especialista em segurança da Kaspersky Lab.

Como se proteger?

Para reduzir o risco de infecção, os usuários podem tomar algumas providências essenciais:

  • Fazer backup de seus dados regularmente.
  • Usar uma solução de segurança confiável e não deixem de ativar os principais recursos, como o Inspetor do Sistema.
  • Sempre manter seu software atualizado em todos os dispositivos que usam.
  • Cuidar com atenção dos anexos de email ou de mensagens recebidas de desconhecidos. Em caso de dúvida, não os abra.
  • Lembrar-se que ransomware é crime. Denuncie-o para a autoridade legal local.
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