Review: smartphone Samsung Galaxy S5 Mini [vídeo]

13 min de leitura
Imagem de: Review: smartphone Samsung Galaxy S5 Mini [vídeo]

A Samsung provavelmente foi a primeira a lançar uma versão menor de um aparelho top de linha, com um hardware levemente inferior e, claro, tamanho reduzido: O Galaxy S3 mini. A empresa já oferece no mercado versões mini do Galaxy S3 e do Galaxy S4 e, como era de se esperar, também lançou a do Galaxy S5.

O aparelho conta com uma tela de 4,5 polegadas com qualidade HD, processador quad-core e câmera de 8 megapixels, além de herdar funcionalidades do irmão maior, como sensor biométrico. O preço médio gira em torno de 1.350 reais, colocando-o na briga contra o novo Moto G, LG G2, LG G2 mini, Xperia Z3 Compact e LG G3 beat. Mas quem vence esta disputa? É o que você confere agora em nossa análise.

Design

O Galaxy S5 mini é a cara do seu irmão mais velho. A tampa traseira é de um material plástico fosco não reflexivo que não deve riscar com facilidade e muito menos deixar marcas de dedo. Já a parte frontal é toda revestida de vidro, o que naturalmente favorece o aparecimento de digitais.

O revestimento lateral é feita de plástico metálico com dois vincos que formam três linhas, assim como no Galaxy S5, e a borda projeta-se para parte de cima da tela, criando um relevo que deve protegê-la de tombos.

O Galaxy S5 mini é bem lacrado, com encaixes firmes e sem folgas. Isso, além de ser resultado de um bom trabalho de design da Samsung, tem um motivo bem específico: a aprovação no certificado IP67, que garante que o aparelho é resistente à água e poeira.

O aparelho é bem anatômico, devido ao seu tamanho de tela, que encaixa bem na mão. O dispositivo não escorrega fácil devido ao plástico da tampa traseira, que é bem aderente e conta com microfuros que o tornam mais firme de segurar.

O conector do fone de ouvido é extremamente firme e dificilmente se soltará por acidente, o que é ótimo para quem ouve música com o dispositivo no bolso. O conector do cabo USB também é firme, mas se desprende com facilidade.

Os botões de energia e volume que ficam nas laterais são finos e levemente saltados, além de bem firmes. Isso evita que eles sejam tocados por acidente. As entradas para os chips e o cartão micro SD ficam escondidas debaixo da tampa, protegendo-os de qualquer impacto, além de poeira e água.

O dispositivo é mais leve que seus concorrentes: pesa 120 gramas, contra 149 gramas do novo Moto G, 134 gramas do LG G3 Beat, 137 gramas do HTC One Mini 2, 129 gramas do Xperia Z3 Compact e 143 gramas do LG G2.

Ele só perde para o LG G2 e para o Xperia Z3 Compact na espessura: 8,9 mm do LG G2 e 8,6 mm do Xperia Z3 Compact (contra 9,1 milímetros do Galaxy S5 mini). Os demais são mais espessos (11 mm do novo Moto G, 10,3 mm do LG G3 Beat e 10,6 mm do HTC One Mini 2).

Com relação ao Galaxy S4 mini, a mudança mais nítida no design é a tampa traseira fosca e aderente, que substitui a tampa brilhosa e lisa do modelo anterior; o visual mais quadrado, que segue uma tendência; e a mudança no botão menu, que saiu e deu lugar ao botão multitarefas.

Tela

A tela Super AMOLED capacitiva multitouch de 4,5 polegadas é adequada e ideal para quem quer aproveitar o hardware, os recursos e o design do flagship da Samsung em um smartphone mais compacto. Além disso, ela responde de forma precisa aos toques, sem enfrentar atrasos.

O visor não é tão brilhante e nítido como o do Galaxy S5, e boa parte disso se deve ao fato de ele ser HD (e não Full HD, como o GS5). Entretanto, faz um excelente trabalho considerando a proposta do aparelho: não é tão reflexivo, funciona bem sob forte luz solar (no brilho máximo) e exibe conteúdos de jogos, vídeos e textos com qualidade.

O controle do brilho vai de “quase apagado” até “cores vibrantes”, ou seja, a tela quase some quando atinge 0% e mostra um grande potencial aos 100%.

Assim como seu irmão mais velho, o aparelho tem bordas largas na parte superior e inferior que o fazem parecer maior do que é. E, embora não possua nenhum tipo de proteção, a Samsung costuma desenvolver telas com boa durabilidade.

Aplicativos exclusivos

A nova versão da Touchwiz, a interface da Samsung para o Android, trouxe o design flat para dentro dos seus aparelhos, substituindo o design esquemórfico (que imita objetos reais). Os elementos agora apresentam linhas mais limpas e cores chapadas, e isso se aplica também aos aplicativos exclusivos da empresa, que agora estão muito mais bonitos.

Todos os apps existentes, até mesmo os mais básicos, como telefone e contatos, foram atualizados para o novo design e também padronizados com cores, menus e traços semelhantes.

Embora apresentem um visual renovado, os aplicativos mantiveram as mesmas funcionalidades, como a galeria de fotos, players de vídeo e música, agenda (S Planner), notas, gravador de voz, entre outras. Eles são úteis, estão em português, funcionam bem e devem servir principalmente para quem não acessa a internet ou não costuma baixar aplicativos.

Mesmo oferecendo seus próprios apps, todos os programas da Google já vêm instalados de fábrica no aparelho, inclusive apps “concorrentes” da Samsung, como o Play Música, Chrome, Gmail e Fotos.

O lado negativo disso é que nenhum dos programas (51 no total), tanto da Samsung quanto da Google, pode ser desinstalado pelo método tradicional (eles podem ser apenas desativados), e isso acaba gerando uma redundância nas funcionalidades.

A Samsung adicionou alguns programas novos e interessantes no Galaxy S5, e eles também deram as caras no mini: o S Health, um dos apps mais bonitos e úteis que a empresa já fez, com diversos recursos para manter uma vida saudável; o Estúdio, outro programa muito bem feito e bonito, capaz de editar fotos e vídeos e criar colagens; e o Smart Remote, que funciona como um guia de televisão completo. Todos eles apresentam funções bem específicas e funcionais. É a Samsung acertando a mão.

Além da Play Store, a loja de aplicativos oficial do Android, temos também no Galaxy S5 mini o Galaxy Apps, com uma quantidade extremamente reduzida de programas. A maioria deles você encontra na Play Store, exceto pelos programas próprios da Samsung.

Câmera

A câmera principal é de 8 megapixels e possui flash LED, enquanto a frontal possui 2,1 megapixels. São valores piores que de praticamente todos os concorrentes diretos, exceto os do LG G3 Beat (8 MP e 1,3 MP): HTC One mini 2 (13 MP e 5 MP), Xperia Z3 compact (20 MP e 2,2 MP), novo Moto X (13 MP e 2 MP) e LG G2 (13 MP e 2 MP).

Ambas as câmeras, tanto a frontal quanto a principal, gravam com qualidade Full HD (1080p com 30 FPS) no formato MP4. Com luz noturna, as imagens gravadas pela câmera principal ficaram granuladas; mas, ambientes abertos e com pouca luz, os resultados foram muito bons. Já a frontal, com seus 2,1 MP, não fez feio e garantiu uma qualidade razoável para as gravações em qualquer ambiente, com granulações sob a luz noturna.

A Samsung disponibiliza modos de foto, como embelezar rosto, fotos esportivas, panorama, tour virtual, foto sequencial e HDR (este último não está disponível no Galaxy S5). Todos eles apresentaram ótimos resultados e não estão ali apenas de enfeite.

O recurso panorama, por exemplo, mostra o resultado em tempo real e consegue agrupar as imagens com maestria; já tour virtual trabalha muito bem, criando uma exibição fotográfica completa de ambientes.

A câmera ainda conta com diversas opções de controle, como tamanho da foto, estabilizador, detector de rosto, ISO, modos de medição, tamanho do vídeo, efeitos, flash, temporizador, geolocalização, entre outros.

A câmera principal se saiu muito bem em nossos testes, tanto na luz do dia quanto na luz noturna e em ambientes fechados. A reprodução de cores foi fiel em qualquer uma das situações, exceto em ambientes muito escuros.

Em ambientes fechados(vírgula) as imagens ficaram um pouco granuladas, mas nada muito comprometedor. Já o contraste ficou ótimo em todos os ambientes, mesmo com pouca iluminação. As imagens exibidas em transmissões de videochamadas revelou-se bem satisfatória. Não são tão nítidas quanto as da câmera principal, mas é possível ver detalhes com facilidade.

Áudio

A qualidade do áudio externo do Galaxy S5 mini é muito boa. Mesmo no volume máximo, o som não fica distorcido. Outro detalhe muito interessante é que os graves e agudos são bem balanceados, produzindo um ótimo resultado. Além disso, o volume alcança valores razoavelmente altos.

Já o fone de ouvido apresenta muito mais destaques para os agudos do que para os graves. No volume máximo, o som fica um pouco estridente, mas não chega a ficar distorcido. O acessório permite atender ligações, aumentar ou diminuir o volume, pausar e trocar de música, além de apresentar um volume máximo alto.

Bateria

Testamos o Galaxy S5 mini por vários dias e pudemos comprovar o bom desempenho da bateria. Ela conseguiu aguentar 16 horas longe da tomada, com brilho em 50%, WiFi e 3G ligados e uso assíduo de aplicativos como Facebook, Instagram, WhatsApp e Chrome e moderado de programas como Spotify, Câmera e até jogos, como Modern Combat 5.

Durante os testes, o aparelho foi desconectado do carregador às 9 da manhã e, à meia-noite, ainda possuía cerca de 15% de bateria, o que é um resultado muito interessante.

Funcionalidades adicionais

Assim como o seu irmão maior, o Galaxy S5 mini possui sensor biométrico. O recurso funciona muito bem e é uma das formas mais seguras de manter seu aparelho protegido. É possível usá-lo inclusive para pagar com o PayPal, sendo melhor que o uso de uma senha.

Entretanto, no dia a dia, seu uso acaba sendo um pouco inconveniente. Isso porque é preciso utilizar geralmente as duas mãos para conseguir desbloquear o aparelho. Se você estiver de pé no ônibus, por exemplo, terá uma dificuldade maior para acessar seu dispositivo. Além disso, você precisa “pegar o jeito” de como passar o dedo certo.

Outro destaque do aparelho é o monitor de frequência cardíaca, que, como o nome diz, mede a frequência de batimentos do seu coração. O único problema do sensor é que ele é muito pequeno, o que pode atrapalhar a medição.

Já o sistema dual chip é bem inteligente e permite receber chamadas de um cartão SIM mesmo que você esteja usando o outro. O sistema é capaz de decidir automaticamente qual chip usar na hora de fazer ligações para que você possa economizar.

O Galaxy S5 mini também é resistente à água e a poeira. Essa é uma das características mais fantásticas do aparelho. Mergulhamos o dispositivo por vários minutos na água e ele continuou funcionando normalmente, inclusive as entradas de fone de ouvido e USB, que ficam desprotegidas, o sensor biométrico, tela, câmera e alto-falante.

Preço

O preço do Galaxy S5 mini gira em torno de 1.350 reais. O Galaxy S5 pode ser encontrado por cerca de 1.800, ou seja, são 450 reais a menos por um desempenho que não é tão inferior. O LG G2 pode ser encontrado pelo mesmo preço e, apesar de ser um ano mais velho, apresenta uma tela de maior qualidade e hardware melhor.

O novo Moto X também conta com especificações bem parecidas e pode ser encontrado por preços mais baixos. Já o LG G2 mini tem tela ligeiramente maior, mas com qualidade inferior, processador semelhante e câmera com metade da resolução (16 MP x 8 MP) e pode ser encontrado por 850 reais, aproximadamente.

Testes de desempenho

O desempenho do Galaxy S5 mini é muito bom. Em nossos testes(vírgula) o dispositivo surpreendeu positivamente, rivalizando à altura com o Galaxy S5. Rodamos jogos pesados, como Real Racing 3 e Dead Trigger 2, e ele não apresentou qualquer engasgo ou lentidão.

Já em Modern Combat 5, o jogo demorou um pouco para carregar entre as fases, mas, durante a jogatina, apresentou um desempenho excelente, inclusive em cenas de ações repletas de personagens.

No geral, tudo rodou muito bem no aparelho e o motivo principal para isso é o processador quad-core de 1,4 GHz e a memória RAM, de 1,5 GB. Não tivemos problemas, mesmo carregando diversos aplicativos ao mesmo tempo. A temida TouchWiz aparentemente foi enxugada em sua nova versão, sem atrapalhar tanto a performance do Android.

No teste de desempenho realizado com o AnTuTu Benchmark, o Galaxy S5 mini alcançou 18.690 pontos, ficando abaixo de aparelhos como Moto X (primeira geração) e até do seu antecessor, o Galaxy S4 mini. Entretanto, o dispositivo se saiu melhor que o Moto G (primeira geração) e o LG G2 mini.

Relação custo-benefício

O Galaxy S5 mini demonstrou ser um aparelho de bastante qualidade, mas poderia custar bem menos que seus 1.350 reais. A segunda geração do Moto G, por exemplo, é vendida por 799 reais (500 reais a menos), com especificações praticamente idênticas.

Você também poderá comprar um LG G2, que é superior em hardware, câmera e tela, pelo mesmo preço. Já o LG G2 mini tem especificações inferiores, mas custa também bem menos e pode ser uma boa pedida por apresentar um bom desempenho.

Sistema operacional

O Android melhora a cada geração, com versões cada vez enxutas e inteligentes. Entretanto, as modificações das desenvolvedoras podem comprometer seriamente o desempenho dos dispositivos. A TouchWiz, por exemplo, leva a fama de ser lenta e problemática, mas ganhou um update para o Galaxy S5 e, consequentemente, para o Galaxy S5 mini. Será que melhorou?

A resposta é “sim”. O visual foi completamente renovado, baseado no design flat, o que torna sua aparência muito mais bonita. Mas a principal mudança é que a TouchWiz está rodando de forma mais fluida que suas versões anteriores. Entretanto, a versão do sistema ainda é lenta comparada com o Android puro, ou até mesmo com interfaces de concorrentes, como da LG.

Pontos negativos: a gaveta de notificações, que continua sendo bastante poluída, com ícones grandes e controles em excesso; e o novo menu de configurações, que  agora transforma cada recurso em círculos. Além de não serem práticos, geram confusão em quem está acostumado com outras versões do Android.

Pontos positivos: a Samsung trocou ou botão menu substituindo-o para o botão multitarefas, entrando em consonância com a versão nativa do Android e tornando mais prático alternar entre programas; além disso, segurar o botão home abre o Google Now, oferecendo um acesso mais rápido ao recurso, que deve ganhar cada vez mais importância dentro do Android.

Qualidade das chamadas

A qualidade das chamadas é ótima, tanto para o emissor quanto para o receptor. Mesmo com o uso do recurso viva voz, é possível ouvir e ser ouvido de forma bastante clara.

Vale a pena?

O Galaxy S5 mini é realmente um bom aparelho, com um hardware potente, tela de boa resolução e uma versão do Android que conseguiu reduzir os problemas de lentidão. Ele não decepciona ao rodar jogos pesados, na duração da bateria e na qualidade das fotos.

Entretanto, por um preço muito menor você poderá comprar o novo Moto G, que tem especificações quase idênticas. A diferença é gritante: preço médio de R$ 1.350 do GS5 mini contra R$ 800 do novo G2. Você pode encontrar o Galaxy S5 mini por até R$ 1.200, mas, mesmo assim, são 400 reais a menos por produtos muito similares.

Ele também perde a briga contra o LG G2 por oferecer processador, câmera e tela de qualidade inferior (além de ser menor), custando praticamente o mesmo preço. E, apesar de sua superioridade ao LG G2 mini, o Galaxy S5 mini custa cerca de 500 reais a mais.

O LG G3 Beat ainda não foi lançado em nosso país, mas tem configurações praticamente idênticas e deve custar quase o mesmo do GS5 mini, já que a LG da Alemanha confirmou que o aparelho custará 350 euros na Europa (aproximadamente mil reais). Dessa forma, ambos devem rivalizar diretamente – mas o S5 mini vai perder feio para o novo Moto G.

Ainda não testamos o novo Moto G, mas, considerando aspenas as especificações, indicamos o novo aparelho intermediário da Motorola que, além de contar com configurações semelhantes a um preço bem menor, ainda oferece o Android 4.4.4 KitKat quase puro, com garantia de atualização para a versão L.

Você pode optar também pelo LG G2, que, apesar de ser mais antigo, oferece hardware e tela melhores por um preço quase igual.

Fontes

Você sabia que o TecMundo está no Facebook, Instagram, Telegram, TikTok, Twitter e no Whatsapp? Siga-nos por lá.