Facebook investigou George Soros após críticas feitas em janeiro

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A diretora de operações do Facebook Sheryl Sandberg teria mandado investigar os interesses financeiros do megainvestidor húngaro George Soros após críticas feitas por ele a rede social, revela o jornal New York Times. Soros é um crítico do Facebook e apoiador da coalizão Freedom From Facebook (Liberdade do Facebook em tradução livre).

A publicação cita pessoas inteiradas do tema, mas que se mantiveram sob anonimato para evitar represálias, e afirma que o imbróglio começou durante a última reunião anual do Fórum Econômico Mundial realizada em janeiro deste ano. Em Davos, Soros chamou o Facebook de “uma ameaça”, o que levou Sandberg, que também estava no encontro, mas não presenciou o discurso feito pelo filantropo húngaro.

“O email veio dias após um discurso empolado realizado por Soros naquele mês, no Fórum Econômico Mundial, atacando Facebook e Google como “ameaças” à sociedade e pedindo que as companhias sejam regulamentadas”, registra a publicação. O pedido de investigação foi feito a executivos sênior de comunicação e política da rede social e visava “avaliar por que Soros criticou as companhias de tecnologia e se ele teria algo a ganhar financeiramente com os ataques”, revela o jornal.

Ao BuzzFeed News, o Facebook confirmou que investigou Soros, visto que ele “é um investidor proeminente”, mas garante que isso já estava acontecendo quando Sandberg enviou o tal email revelado pelo New York Times.

Mais polêmica

A nova polêmica vem na esteira de uma revelação feita na última semana também pelo NYT de que o Facebook contratou a empresa Definers para investigar opositores. Inicialmente, Sandberg alegou não saber nada sobre a contratação da empresa, mas em comunicado divulgado também na última semana, ela comentou que materiais relacionados ao tema “passaram pela sua mesa”.

Quem assumiu a culpa dessa situação foi o gerente de comunicações e políticas da empresa Elliot Schrage, afirmando que “as responsabilidades por essas decisões recaem na liderança do tipo de comunicações.”

Apesar de o Facebook alegar não trabalhar mais com a Definers, as novas revelações feitas hoje deixa no ar a dúvida a respeito do alcance das investigações de opositores feitas pelo Facebook.

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