Por que uma startup que recebeu US$ 57 mi em investimento decidiu fechar

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Imagem: TechCrunch / Flickr

Nem tudo é bonito do mundo das startups. Para cada história de sucesso há centenas de outras cujo final é bem diferente. A trajetória da americana Sprig é uma delas. Hoje é o último dia de operações do negócio que, em tempos áureos, levantou mais de US$ 56 milhões em aportes.

A empresa americana nasceu em 2013 pretendendo surfar na onda da alimentação saudável que invadiu o mercado consumidor nos últimos anos. A Sprig oferecia pratos prontos, que variavam entre US$ 11 e US$ 15, mais uma taxa de entrega de US$ 2,75. Os pedidos eram feitos via aplicativo.

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Como uma das pioneiras no segmento, a startup viu seu público crescer e ganhou notoriedade na mídia internacional. Conquistou US$ 56,7 milhões em investimento desde sua fundação. O número de funcionários chegou a 200.

Como uma das pioneiras no segmento de aplicativos de alimentação saudável, a startup cresceu rapidamente e chegou a ter 200 funcionários

O problema, conforme aponta o TechCrunch, foi a ambição de oferecer um serviço completo para o cliente, mas que era insustentável do ponto de vista financeiro.

A operação da Sprig envolvia o rastreio da origem dos alimentos, que tinham de ser orgânicos, a preparação das refeições e a entrega – fora a gestão que mantinha o aplicativo funcionando. Os custos para manter cada etapa de produção são altos e se não há demanda o suficiente para pagar por isso, a queda é quase certa.

Além disso, novos negócios oferecendo um serviço igual ou parecido surgiram de 2013 para cá. Atualmente, há uma variedade de empresas que buscam tornar mais fácil o acesso a uma alimentação saudável para o consumidor.  As concorrentes da Sprig nos Estados Unidos, SpoonRocket e Maple, tiveram o mesmo problema e fecharam as portas mais cedo em 2017.

Nos últimos anos, a Sprig havia tentado se aventurar em outros formatos. Em São Francisco, inaugurou uma cozinha para servir as mesmas refeições oferecidas pelo aplicativo a clientes. Não foi o suficiente, contudo, para colocar as finanças em ordem e salvar o negócio.

Em uma carta enviada a seus clientes obtida pelo TechCrunch, o CEO da Sprig fala sobre o último dia de operações: “é com o coração pesado que meus cofundadores e eu decidimos fechar o aplicativo hoje”, escreveu Gagan Biyani. “Nós nos desculpamos àqueles que confiavam na Sprig para ter suas refeições diárias e ao nosso time da Sprig por como [essa decisão] irá impactá-los.”

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