Como a HP tenta combater a pirataria de suprimentos de impressão no Brasil

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Na última semana, a HP promoveu no México um fórum para explicar todo o seu programa antipirataria, especialmente no tocante à América Latina. O programa tem o Brasil como principal foco, já que esse é o maior mercado da marca nessa região. Agentes da HP investigam e rastreiam possíveis focos de pirataria, mantêm relações com governos locais e, quando descobrem alguma coisa, denunciam para as autoridades.

Em julho do ano passado, por exemplo, em uma parceria com as Polícias Federal e Civil do Paraná, foram apreendidos cerca de 3,5 mil itens de suprimentos de impressão piratas em Maringá. O valor do lote foi estimado em US$ 15 milhões, cerca de R$ 60 milhões na cotação atual. Mais de 20 pessoas foram presas nessa oportunidade. Saiba mais.

Ricardo Roca, gerente de desenvolvimento de suprimentos da HP, explicou que essa descoberta massiva mudou as previsões e metas da empresa para o ano no país. “Foi essa investida que alterou nossos números no ano passado. Assim que tivemos essa apreensão em Maringá, nossos objetivos mudaram bastante. Foi uma grande operação que nos deu uma ideia do tamanho do mercado de falsificação no Brasil”, disse Roca em entrevista ao TecMundo.

Como atuam

O programa antipirataria da empresa tem cinco pilares principais de atuação: investigação; relações com as várias esferas do governo; inovação em embalagens para diferenciar os produtos originais; relações públicas; e gestão de canais de distribuição.

Esse último item, gestão de canais de distribuição, pode parecer pouco importante, mas ele representa a maior preocupação da HP quanto à pirataria. Isso porque a grande maioria dos produtos piratas chegam aos clientes cuidadosamente disfarçados de originais.

A própria empresa já constatou que 90% dos clientes que compram produtos falsificados não sabem que foram enganados, já que os criminosos infiltram seus suprimentos em lojas conhecidas e também em distribuidoras. A HP tenta rastrear esses “vazamentos” para inibir a pirataria.

BID Recovery

O programa chamado de BID Recovery pela HP é basicamente uma das partes do seu esforço antipirataria detalhado acima. A empresa tem um grupo de pessoas monitorando licitações de repartições públicas para identificar fornecedores concorrendo com preços muito baixos e, sabendo disso, alerta ao órgão sobre a possibilidade de pirataria.

Andrés Delgado, diretor de contas do programa antipirataria, comentou que isso tem surtido efeito muito positivo no Brasil, ajudando inclusive a equipe de investigação a identificar novos focos de pirataria. Por conta disso, várias apreensões têm sido feitas no Brasil, em locais como São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, cidades da Região Norte, além de Maringá.

HP ensinou a diferenciar piratas de originais; confira detalhes no último parágrafo

A empresa também conta com um serviço de assistência para governos e empresas no qual é oferecida a verificação de autenticidade gratuita. Ou seja, se alguém suspeitar que comprou cartuchos e toners falsificados, pode ligar para a HP para ter uma confirmação. Isso, entretanto, só é feito quando o cliente tem certa quantidade de itens a serem verificados.

Se você quer saber sobre a autenticidade dos seus suprimentos, mas não tem quantidade de produto suficiente para solicitar uma verificação, confira aqui como observar se o seu cartucho é ou não original.

O TecMundo viajou à cidade de Puebla, no México, a convite da HP para o Fórum Antipirataria 2015.

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