O mundo gira: fundador do Napster trabalha em patentes antipirataria

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É difícil negar que a vida parece um pouco irônica, de vez em quando. Justamente por isso, o cofundador do Napster Sean Parker está em busca de meios para evitar a pirataria que o seu novo empreendimento pode gerar.

O serviço permitiria que o usuário assistisse a filmes em casa ao mesmo tempo que eles são lançados no cinema

Após ter arrumado briga com meio mundo do mercado fonográfico por causa de sua plataforma onde era possível compartilhar arquivos de música, chegou a hora de ele mesmo desenvolver meios de evitar cópias ilegais – agora, na indústria cinematográfica.

É isso que justifica as oito patentes registradas pela nova startup de Parker, que pretende colocar no ar uma plataforma de streaming de vídeos que vai revolucionar essa categoria: chamado Screening Room, o serviço permitiria, por US$ 50 mensais, que o usuário assistisse a filmes em casa ao mesmo tempo que eles são lançados no cinema.

Cinema em casa?

Mas... e a pirataria?

Parece bastante interessante a princípio, mas se pararmos para pensar, quem liberaria um filme para ser transmitido via streaming no próprio dispositivo do usuário correndo o risco de tê-lo pirateado e distribuído ilegalmente para o mundo todo?

Vale lembrar que as primeiras cópias piratas das películas são sempre lançadas assim que elas são liberadas para transmissão digital, cerca de dois meses após saírem do circuito de cinemas.

Sean Parker e Shawn Fanning fundaram, juntamente com John Fanning, o Napster

De olho em você

Justamente por isso, Parker está em busca de meios que impediriam os usuários de replicar o conteúdo transmitido, para poder lançar seu projeto sem furos ou falhas. Verificando as patentes, alguns nomes chegam até a soar um pouco “duros” demais e, na maioria dos casos, as tecnologias parecem ser mais invasivas do que o normal.

Uma tecnologia que vai controlar a quantidade de celulares próximos ao dispositivo que estiver transmitindo o filme

“Monitoring Nearby Mobile Computing Devices to Prevent Digital Content Misuse”, que pode ser traduzido como “Monitoramento de dispositivos de computação móvel próximos para evitar o uso indevido de conteúdo digital”, diz respeito a uma tecnologia que vai controlar a quantidade de celulares próximos ao dispositivo que estiver transmitindo o filme, para impedir que muita gente esteja vendo em uma sessão pública, por exemplo.

Já “Presenting Sonic Signals to Prevent Digital Content Misuse”, ou em português “Apresentando sinais sonoros para evitar o uso indevido de conteúdo digital”, fala de sinais acústicos enviados para dispositivos móveis para confirmar que o usuário está próximo ao aparelho onde o filme vai rodar e que ele está autorizado a ver esse conteúdo.

As patentes registradas pela empresa de Sean Parker

Longa estrada

Outro meio interessante de amenizar os efeitos de possíveis cópias piratas é inserir uma marca-d’água personalizada nos filmes de cada um dos usuários, facilitando o rastreamento da conta que vazou a réplica criminosa.

Seja como for, ainda deve haver bastante trabalho pela frente para que um sistema realmente confiável seja desenvolvido a ponto de ganhar a confiança das grandes produtoras e, apenas então, o Screening Room dar certo.

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