Entrevista: Jen-Hsun Huang, CEO da NVIDIA

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(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

Entre as empresas que trouxeram novidades para a CES 2013, certamente uma das que mais se destacaram no evento deste ano foi a NVIDIA. A companhia apresentou o Tegra 4, o Shield e o Grid, mostrando projetos ambiciosos e lançamentos importantes para os próximos anos.

Em uma coletiva restrita a poucos membros da imprensa internacional, o Tecmundo conversou com Jen-Hsun Huang, CEO da NVIDIA. Ele falou sobre as expectativas da empresa para os próximos anos e apontou os caminhos de desenvolvimento que a indústria deve seguir em um futuro breve.

Tegra 4: evolução natural

Criar tecnologias de aperfeiçoamento gráfico sempre foi uma das principais diretrizes da NVIDIA. Por conta disso, o foco no desenvolvimento de hardware que permita imagens com qualidade cada vez melhor continuará presente nos próximos investimentos da companhia.

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O principal avanço que o Tegra 4 traz para os smartphones é a capacidade de capturar imagens em HDR em questão de segundos. “Uma imagem HDR trabalha com duas fotografias, uma superexposta e outra subexposta. Por conta dessa demora entre os dois disparos, agilidade em fotos HDR não era possível até então”, explica.

“O Tegra 4 permitirá reduzir esse tempo, dando ainda mais força para a era da fotografia computacional. Nesse caso, a GPU é utilizada para fazer rapidamente uma fusão entre as duas imagens”, afirmou. Jen-Hsun confirmou ainda que a NVIDIA levará um novo Tegra para o mercado a cada ano, numa evolução natural e contínua.

Shield não é um concorrente para os consoles

Depois da apresentação do Shield, na CES 2013, muitos ficaram com a impressão de que pela primeira vez a NVIDIA estaria disposta a bater de frente com as empresas fabricantes de consoles. Jen-Hsun deixou claro que esse não é o objetivo.

(Fonte da imagem: Baixaki/Tecmundo)

“Pense em um smartphone Galaxy S3. Você pode ler livros nele? Pode. E por qual motivo você acaba preferindo um tablet para consumir esse tipo de conteúdo? Por duas razões: primeiro para preservar a bateria do smartphone e segundo porque aquele não é o dispositivo perfeito para isso, mas o tablet é”, explicou.

Com o Shield, a NVIDIA espera que os consumidores sejam capazes de criar a mesma analogia, mas para games. “Você pode jogar em um Galaxy S3? É claro que sim. Mas apostamos que as pessoas vão querer um dispositivo voltado para esse fim, com um controle mais acessível, e é visando esse público que apostamos no Shield”, completa.

Hardware e software caminhando juntos

Essa será também a primeira vez que a NVIDIA terá o seu próprio hardware dialogando com um software próprio. Esse sistema em questão é o Grid, que permitirá o acesso via Shield (um dispositivo com Android puro) a jogos para PC, inclusive os disponíveis em sua conta no Steam.

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“Estamos levando para um portátil a experiência de poder jogar seus games preferidos para PC, podendo a qualquer momento também projetá-los na TV. Essa integração é algo inédito até então”, define o CEO.

Para o futuro, Jen-Hsun já projeta as próximas versões do Shield, que deverão apresentar melhorias de hardware e software, mas sem deixar de lado tudo aquilo que você já comprou. “No Shield 3, por exemplo, você ainda terá todo o seu conteúdo acessado no Shield 1, porque isso é para sempre”, defende.

Como exemplo contrário ele cita o PlayStation 3, da Sony: por ser um console dedicado, com o passar do tempo os jogos antigos deixam de ter compatibilidade, fazendo com que o consumidor acumule jogos que não poderão ser utilizados novamente.

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