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Crítica: Avatar Fogo e Cinzas vale a ida ao cinema e apresenta uma Pandora ainda mais realista

Terceiro filme de Avatar aposta na imersão visual e no drama familiar e mantém o legado de James Cameron nos cinemas

Avatar do(a) autor(a): Diana Pordeus

schedule16/12/2025, às 11:00

updateAtualizado em 16/12/2025, às 11:58

James Cameron, a mais nova adição ao seleto grupo dos bilionários de Hollywood, possui uma grande diversidade de gêneros em seu catálogo, tendo dirigido produções gigantes, como O Exterminador do Futuro (1984) e Titanic (1997), filme que lhe rendeu 3 Oscars. Agora, ele retorna a Pandora com Avatar: Fogo e Cinzas, o terceiro filme do universo Avatar, lançado três anos após “O Caminho da Água” e 16 anos depois do longa original.

A franquia de Cameron foi responsável por revolucionar os efeitos especiais no cinema e Avatar: Fogo e Cinzas faz jus a essa reputação. A insistência do diretor em apresentar efeitos visuais que beiram a perfeição, de acordo com sua própria época, e a sua rejeição completa ao uso da IA são alguns dos grandes chamarizes para assistir aos seus filmes no cinema. Mas afinal, vale a pena assistir Avatar: Fogo e Cinzas? Confira a crítica a seguir.

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Um mundo cada vez mais imersivo

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James Cameron faz questão de que seu filme seja visto no cinema.

Se nos avisassem, no início dos anos 2000, que um mundo fictício habitado por seres humanoides azuis seria retratado de forma tão próxima à nossa realidade, talvez a gente não acreditasse. O universo criado por James Cameron alcança um nível de realismo que supera todas as ficções lançadas, e isso está ainda mais evidente em Avatar: Fogo e Cinzas. Claro que isso está condicionado à disposição do telespectador em adentrar nesse universo fantasioso, mas, se você permitir, o filme tem o poder de te manter entretido por algumas boas horas.

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A água continua fazendo parte de grande parte dos cenários naturais.

O começo do filme (que, ao todo, tem 3 horas 17 minutos) me fez querer tirar férias. A água em volta dos recifes nas cenas dos jovens Na'vi montando nos animais aquáticos dá vontade de mergulhar em um mar fresco. A teimosia de Cameron em não abandonar o 3D aqui faz sentido: essa tecnologia, mesmo que não seja mais novidade, auxilia na imersão em Pandora.

Filme para ser visto no cinema

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A tela de cinema de mostra essencial durante os cenários.

Como o diretor tem deixado claro em entrevistas recentes, ele dirige filmes para o cinema. Os cenários repletos de natureza são dignos de uma telona, já que não importa para onde você olhe, nada em cena vai te tirar do filme. Além dos ambientes já conhecidos, aqui mais um fator poderoso é acrescentado em contraste com a água: o fogo. Os quatro elementos definitivamente complementam a beleza dos planos.

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O fogo complementa o visual e mostra o perfeccionismo de Cameron.

As cenas de luta são diversificadas, com lanças, animais, armas de fogo e o próprio fogo. Esse fator, junto ao caráter estratégico do roteiro, fazem o filme justificar as suas mais de 3 horas. Ainda assim, se possível, é recomendável que o público procure uma posição confortável na sala de cinema para acompanhar a longa jornada.

Mas e a história em si?

Quem assistiu ao segundo filme já imagina que os protagonistas terão que lidar com o luto nessa sequência. Nesse momento fica claro que Avatar é um filme para gente grande. Jake Sully age de maneira crível como um guerreiro líder que tem que lidar com a perda de seu filho enquanto ainda cuida dos que restaram. 

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Neytiri lida com o luto em Avatar 3.

Neytiri sofre em silêncio na maior parte do filme e “não deixa a peteca cair” em momento algum, assim como muitas mães, mas ainda mostra a sua força, tanto física quanto emocional, sempre que lhe é exigida. As personagens femininas desse universo, inclusive, são muito bem construídas e diversas, com destaque para a nova adição, Varang, que provoca uma impressão sempre que entra em cena.

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Varang é uma forte oponente no filme.

A construção do núcleo familiar no filme de Cameron segue como um ponto forte. Diferente de “O Caminho da Água”, aqui já estamos mais familiarizados com os personagens e é possível ter uma afeição maior por cada um. O grande acerto do diretor é no cuidado ao humanizar cada Na'vi, não só na parte física por meio das expressões capturadas pela tecnologia que ele fez questão de aperfeiçoar em seus filmes, mas na história e nos diálogos de cada um. 

Saiba mais: Tudo sobre Avatar Fogo e Cinzas, novo filme da franquia: Trailer, história e elenco

Vale lembrar que o longa conta com um elenco de peso, responsáveis não apenas pela voz, mas por toda atuação: Zoë Saldaña, Sam Worthington, Sigourney Weaver, Stephen Lang, Oona Chaplin, Kate Winslet e Michelle Yeoh.

Entretanto, por mais que a narrativa seja interessante o suficiente para entreter o público, não há nenhuma grande surpresa ou inovação. O filme segue uma fórmula bem similar aos anteriores, mas que ainda dá sequência à história.

Vale a pena assistir ao filme?

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Se você admira o trabalho visual de James Cameron e tem apego à Jake Sully e sua família, Avatar: Fogo e Cinzas vale a pena. Até o constante discurso ambiental que já foi estabelecido nos outros dois filmes, aqui evolui e chega mais perto de sua consequência final. De uma forma similar à Pantera Negra e Jurassic Park, Avatar segue fazendo um paralelo com o mundo real, no sentido de prever o que o ser humano seria capaz de fazer pela sua ganância nesses mundos fantásticos. Adoraria poder dizer que não, mas infelizmente essa é uma das partes mais realistas do filme.

Com um lugar confortável e uma disposição para passar mais de 3 horas imersos em Pandora, o filme é uma ótima opção de entretenimento para diversas idades, lembrando que a classificação indicativa aqui é 14 anos, pessoas abaixo dessa idade precisam estar acompanhadas de seus pais. E, claro, como a própria Fernanda Montenegro disse, esse é um filme para ver e sentir no cinema.

Os dois primeiros filmes da franquia Avatar estão disponíveis no Disney+, caso queira relembrar a história. Avatar: Fogo e Cinzas estreia dia 18 nos cinemas.

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