A molécula CPH4 do filme Lucy é real? Entenda a verdade por trás do filme
Lançado em 2014, Lucy é um filme de ficção científica que até hoje provoca polêmica por seu final um tanto inesperado. Dirigido por Luc Besson, o longa está em alta na Netflix e conta a história de Lucy (Scarlett Johansson), uma jovem americana que sofre uma série de violências quando decide estudar em Taipei, capital de Taiwan.
Chegando lá, ela se apaixona por Richard (Pilou Asbaek), que engana a protagonista para que ela passe a usar seu corpo como forma de transportar drogas. A intenção é lucrar com a substância misteriosa conhecida como CPH4, que teria a capacidade de elevar o uso do cérebro humano a limites inacreditáveis.
Um acidente faz com que a personagem consuma quantidades excessivas da droga, o que, em vez de matá-la conforme seria esperado, permite que ela desenvolva habilidades sobrenaturais e se transforme em uma nova evolução da humanidade. Mas será que substância semelhantes existem na realidade?
A molécula CPH4 de Lucy é real?
Dentro da ficção de Lucy, o CPH4 é uma substância natural que mulheres produzem durante a sexta semana de gravidez. Oferecida aos fetos em quantidades mínimas, ela teria a força de uma “bomba atômica” e seria a principal responsável por permitir que os ossos do corpo humano tivessem força suficiente para se formar.
Lucy conta uma história de ficção científica repleta de exagerosFonte: Divulgação/Universal Pictures
O próprio Luc Besson explica que, embora mulheres produzam uma série de hormônios responsáveis pelo crescimento de um feto, a substância do filme é totalmente fictícia. No entanto, isso não impediu o cineasta de exagerar um pouco fatos, afirmando que realmente há algo com o efeito de uma bomba atômica na biologia humana — o que é, essencialmente, uma mentira.
Na vida real, as mesmas substâncias que fazem crianças crescerem e se desenvolverem têm efeitos bastante diferentes em adultos. Testes científicos mostraram que muitas delas, quando aplicadas fora do contexto em que surgem naturalmente, podem causar até mesmo o desenvolvimento de cânceres.
Outro ponto controverso de Lucy e que vai na mão contrária da ciência é a afirmação de que o cérebro humano só é usado em 10% de sua capacidade. Embora isso tenha ganhado popularidade nas últimas décadas, vários estudos mostram que esse limite é ficcional e que a maneira como o órgão funciona é muito mais complexa do que uma medição objetiva poderia determinar.
No entanto, isso não impede o filme de Besson de também exagerar esse conceito, mostrando sua protagonista desenvolvendo poderes telecinéticos, telepatia e a capacidade de viajar pelo tempo. No final do longa, ela chega a superar completamente a humanidade, virando um ser totalmente diferente quando 100% de sua capacidade cerebral é ativada.
Drogas que melhoram a cognição humana existem?
Drogas que melhoram a percepção existem, mas não vão fazer você desenvolver superpoderesFonte: Divulgação/Universal Pictures
De certa forma, os conceitos apresentados em Lucy podem ser considerados uma extrapolação daqueles vistos no filme Sem Limites, estrelado por Bradley Cooper. As duas histórias contam o que acontece com pessoas que, graças ao efeito de drogas que alteram suas cognições, mudam completamente o rumo de suas vidas.
No mundo real, realmente há substâncias naturais que se propõem a aprimorar como nossos corpos funcionam, que são conhecidas como nootrópicos. No entanto, apesar de muitas serem bem-sucedidas em fornecer mais energia e concentração, seus efeitos são muito mais restritos e menos duradouros do que aqueles mostrados na ficção.
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