Querida Mamãe: série documental de Tupac chega ao Star Plus

Nascido em Nova York em junho de 1971, Tupac Amaru Shakur, considerado um dos maiores rappers de todos os tempos, marcou seu nome para sempre no ramo musical.

E, nesta quarta-feira (16), o Star Plus disponibilizou em seu catálogo a série documental Querida Mamãe, contando alguns detalhes de sua trajetória até a morte precoce em 1996.

O título da produção faz alusão direta à música de mesmo nome, “Dear Mama”, single de seu terceiro álbum de estúdio: Me Against the World, lançado em 1995.

Com uma vida cercada de polêmicas, ativismo social e letras impactantes, abaixo, você vai poder conferir mais sobre a série documental que revela alguns fatos impressionantes sobre a carreira do rapper Tupac Shakur.

Querida Mamãe: série documental também conta a história da mãe de Tupac

Assista Querida Mamãe no Star Plus

Acompanhe a profunda relação entre Tupac Shkur e sua mãe Afeni, em meio a uma narrativa com possibilidades e contradições dos Estados Unidos desde uma época de fervor revolucionário até a cultura do Hip-Hop. 

Assista Já!

Tupac tinha apenas 27 anos quando foi assassinado em setembro de 1996 na cidade de Las Vegas. Seu carro havia parado no sinal vermelho após ele e o rapper Suge Knight assistirem uma luta de boxe entre Mike Tyson e Bruce Seldon, no MGM Grand Las Vegas.

Orlando Anderson, membro da gangue Crips, teria disparado contra o veículo por cerca de 11 vezes. Tupac foi atingido por quatro tiros, ficando internado no hospital por seis dias. Ele morreu por conta de uma hemorragia interna, decorrente das sequelas dos ferimentos, visto que já havia passado por inúmeras cirurgias.

A produção disponível no catálogo Star Plus tem como objetivo revelar algumas questões importantes sobre a carreira do rapper, também levando em consideração as motivações do crime. Ao longo de sua vida e carreira, Tupac passou por diversos desafios.

Contando com entrevistas importantes e mensagens de áudio inéditas, a série documental fornece um panorama sobre o artista. Nomes como o de Snoop Dogg, Dr. Dre, Mike Tyson e Jamal Joseph apresentam relatos que costuram uma narrativa recheada de momentos intensos.

Um destaque é a abordagem sobre a figura de Afeni Shakur, mãe de Tupac, que pertencia ao Partido dos Panteras Negras. Líder feminista do movimento dos anos 1970, ela foi uma das pessoas mais importantes da época, que lutava assiduamente contra o sistema racista dos Estados Unidos.

Essa influência caiu sobre o próprio Tupac, que também se considerava pertencente aos Panteras Negras. Seu ativismo impactou diversas gerações no mundo todo, levando em consideração sua influência na música.

2Pac, como também era chamado, em cenas da série documental. Fonte:  FX/Hulu 

A partir disso, o documentário, dirigido por Allen Hughes, tenta entender como o rapper se tornou símbolo de um novo movimento, partindo ainda da premissa que sua vida foi marcada por controvérsias.

Ele ficou preso por cerca de onze meses acusado de importunação sexual, além de também incitar uma espécie de rivalidade com outros rappers por conta de desentendimentos e ameaças. Apesar dessas questões, suas músicas se sobressaíram às polêmicas.

As letras de Tupac denunciavam a conduta racista da população, os conflitos que estava envolvido, a violência policial e a vida nas periferias, onde a miséria era uma realidade.

Tupac e Afeni: histórias que se entrelaçam além do sangue

Entre os fatos e curiosidades apresentados por Allen Hughes durante os cinco episódios da série, um deles se sobressai: o verdadeiro nome de Afeni Shakur.

Falecida em maio de 2016 aos 69 anos, ela poderia ter mudado seu nome para proteger sua família, principalmente Tupac. Embora existam evidências de que seu nome de batismo seria Alice Faye Williams, há fontes que também apontam para o nome Lesane Parish Crooks.

Com a importância do Partido dos Panteras Negras em suas vidas, é possível dizer que mãe e filho se entrelaçaram para além dos vínculos sanguíneos.

Grafite em Nova York com a figura do rapper.Fonte:  Andscape 

Em 2006, Tupac foi homenageado na primeira edição do Festival Internacional de Cinema Anual de Turks e Caicos. Afeni foi a grande responsável por representá-lo.

Em resumo, a história do rapper em questão pode ir muito além do que a mídia já especulou anteriormente. Por esse motivo, a série documental presente no catálogo Star Plus se mostra tão relevante.

Trata-se também de um retrato de duas épocas marcantes para a histórias: o movimento dos Panteras Negras e a cultura do hip hop entre os anos 1980 e 1990. Não deixe de assistir!