Após Netflix, outros streamings podem proibir compartilhamento de senhas?

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Em maio deste ano, a Netflix começou a implementar no Brasil sua nova política contra compartilhamentos de senhas, ação que a empresa já havia começado a testar em outras regiões do mundo. Agora, caso a gigante do streaming identifique que pessoas fora de uma mesma residência estão compartilhando a mesma conta, o responsável por ela terá que pagar uma taxa adicional de R$ 12,90 por cada indivíduo extra que está utilizando suas credenciais.

A notícia, claro, não deixou os assinantes da gigante do streaming muito felizes, uma vez que o acesso à plataforma ficou ainda mais restrito. Segundo dados iniciais, a mudança pode até gerar uma onda de cancelamentos de assinatura no país.

Nesse cenário, muitos fãs de filmes e séries têm se perguntado: será que outras plataformas de streaming podem seguir os mesmos passos da Netflix e começar a proibir compartilhamentos de senhas? Apesar de nenhuma outra empresa de vídeo sob demanda ter sinalizado algo do tipo ainda, a verdade é que essa possibilidade não pode ser descartada. Especialmente se pararmos para analisar mais a fundo os efeitos financeiros positivos que a nova política da Netflix causou dentro da companhia.

A política contra o compartilhamento de senhas da Netflix pode afetar outros streamings?A política contra o compartilhamento de senhas da Netflix pode afetar outros streamings?Fonte:  GettyImages 

Netflix: ação contra compartilhamentos de senhas traz resultados positivos

Sim, a maior parte dos usuários da Netflix não ficaram felizes com a nova política da companhia e muitos deles reclamaram fortemente em redes sociais e em outros canais. Contudo, financeiramente falando, a ação trouxe frutos interessantes para a empresa, pelo menos nos Estados Unidos. Após anunciar a novidade no país, no dia 23 de maio, a gigante do streaming teve, simplesmente, o seu quarto maior dia em termos de novos assinantes norte-americanos em quatro anos, segundo estudo realizado pela empresa Antenna. Parece que, no final das contas, ninguém quer perder o acesso à plataforma, não é mesmo?

Além disso, a Netflix também teve suas ações na bolsa estadunidense valorizadas logo depois do anúncio. Inclusive, alguns analistas de Wall Street aumentaram suas previsões de preço para as ações da companhia (que são identificadas como NFLX). Agora, os profissionais do mercado financeiro acreditam que os ativos podem chegar a valer U$500 (unidade) em um futuro não tão distante (via IndieWire).

De acordo com o site IndieWire, a proibição de compartilhamentos de senhas pode trazer à Netflix, no médio/longo prazo, uma receita extra de U$ 3 bilhões por ano. E o alto número faz ainda mais sentido quando descobrimos que, segundo um relatório da própria Netflix, cerca de 100 milhões de espectadores estavam entrando na plataforma através de contas de terceiros. 30 milhões deles localizados apenas nos Estados Unidos e no Canadá.

A nova ação da Netflix de impedir compartilhamentos de senhas se mostrou vantajosa para a empresa.A nova ação da Netflix de impedir compartilhamentos de senhas se mostrou vantajosa para a empresa.Fonte:  GettyImages 

Quais outros streamings podem seguir o caminho da Netflix?

Por enquanto, nenhum outro serviço de streaming demonstrou interesse em proibir o compartilhamento de senhas. Contudo, especialistas da área de entretenimento e mídia apontaram ao site IndieWire que, talvez, o Max seja um grande candidato a seguir o caminho da Netflix no futuro. Isso porque a plataforma é uma das que mais tem ganhado assinantes com o passar do tempo e apresenta altos custos por conta de suas grandiosas produções originais.

Em suma, ainda é cedo para afirmar algo, todavia, a proibição de compartilhamentos de senhas tem se mostrado uma opção financeiramente vantajosa para a Netflix até aqui. O que, claro, também pode chamar a atenção de outras empresas. Aguardemos!

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