Black Mirror ironiza fãs de True Crime em episódio ácido da 6ª temporada

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Imagem: Divulgação/Netflix

Chegou ao catálogo da Netflix mais uma temporada de Black Mirror, série de sucesso do streaming. Na nova leva de episódios, assim como nos anos anteriores, somos apresentadas às mais variadas histórias que despertam reflexões sobre tecnologia, a humanidade, suas relações e formas de consumo.

No sexto ano da série, a produção continua com o seu amado tom ácido e, claro, com as críticas nas entrelinhas  características já marcantes do seriado. Agora, porém, a série está depositando suas fichas em algo bem mais surpreendente (ou não, já que estamos falando de Black Mirror). Desta vez, a série ironiza descaradamente a própria Netflix e seus usuários.

Seguindo a linha do primeiro episódio da temporada, o segundo capítulo intitulado Loch Henry (“Lago Henry”) mantém o tom ácido com os usuários da vermelhinha, principalmente com os fãs de um certo gênero bastante famoso atualmente.

Loch Henry black mirrorLoch Henry é o segundo episódio da 6ª temporada e traz crítica ao gênero True Crime (Foto: divulgação/Netflix)

Na trama, acompanhamos um jovem casal que viaja para uma cidade tranquila no interior da Escócia para produzir um documentário. Em uma conversa com um morador, eles descobrem uma história perturbadora sobre o passado da cidade, envolvendo vários assassinatos  fato que expulsou turistas e transformou o local em uma cidade fantasma.

Quando decidem produzir um documentário sobre o caso, os dois se veem presos a verdades mais próximas a eles do que imaginam. Confira mais detalhes da trama de Loch Henry, segundo episódio da sexta temporada de Black Mirror a seguir. O texto não contém spoilers da história.

Fãs de True Crime, o recado é para vocês

O segundo episódio da sexta temporada de Black Mirror levanta questões bastante pertinentes sobre a produção de conteúdo na indústria de entretenimento e sua forma de consumo. E garantimos, as reflexões de Loch Henry devem pegar no calo de muita gente.

"Qual é o nome daquela série da Netflix? Do cara que matava mulheres?", pergunta um personagem. "Você vai ter que ser mais específico que isso", é a resposta, uma clara referência às inúmeras produções True Crime, gênero que ficou cada vez mais popular nos últimos anos e que se tornou uma "queridinha" entre os usuários da Netflix.

Resumidamente, o segundo episódio da temporada escancara o fascínio, de certa forma, doentio das pessoas com casos reais de assassinatos e o interesse quase cruel e desenfreado dos estúdios em contar essas histórias. Afinal, se tem público, tem dinheiro.

Já os interesses das famílias e amigos das vítimas, por outro lado, são deixados de lado. O caso mais recente aconteceu com a própria Netflix, no lançamento de Dahmer: Um Canibal Americano, que, por sinal, é uma das séries mais assistidas da plataforma. Da forma mais satírica possível, a série critica abertamente a espetacularização da violência por parte da empresa, que vem apostando "a rodo" em produções baseadas em crimes reais.

Em vídeo dos bastidores do episódio, o criador e roteirista da série, Charlie Brooker, dá a letra sobre a trama. "Sempre houve fascinação por crimes, eles são mesmo interessantes. Mas temos visto cada vez mais obras tratando isso como se fosse um grande espetáculo. Estamos falando de pessoas reais, não de personagens". Confira o vídeo dos bastidores do episódio abaixo:

E você, o que achou do episódio Loch Henry? Fique ligado no Minha Série para mais conteúdo da sexta temporada de Black Mirror em breve!

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