Black Mirror: entenda final do episódio Joan é Péssima, da 6ª temporada

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A sexta temporada de Black Mirror chegou na Netflix com cinco episódios disponíveis para streaming. E o primeiro capítulo da antologia, chamado 'Joan é Péssima' (6x01), já pode dar um nó na cabeça dos fãs da produção.

Protagonizado por Annie Murphy e Salma Hayek, o episódio acompanha a história de uma mulher que tem sua vida transformada em uma série por um serviço de streaming. Na trama, toda a vida da protagonista é baseada, em tempo real, nas ações de sua fonte inspiradora.

Enquanto a premissa do episódio, escrito por Charlie Brooker, já rende debates, o desenrolar da produção conta com surpresas. A seguir, confira o que acontece em 'Joan é Péssima' e o que acontece no final do episódio, que traz a participação de Michael Cera. Lembrando que temos spoilers a seguir:

O que acontece no episódio 'Joan é Péssima'?

Após perder seu noivo e emprego por causa da série que adapta sua vida no streaming, Joan tenta processar a Streamberry, empresa responsável pela produção. No entanto, a personagem descobre que acabou cedendo os direitos de imagem para a companhia quando realizou sua assinatura na plataforma, pois não leu os termos de uso.

Em seguida, Joan tem a ideia de processar a atriz Salma Hayek, que é protagonista da série que foi lançada. No entanto, toda a produção é feita usando dados coletados pelos aparelhos da personagem, como celular e televisão, e computação gráfica, incluindo uma versão digital da estrela de Um Drink no Inferno e Frida.

Salma HayekUma versão digital de Salma Hayek interpreta Joan na série que a protagonista está assistindo.

Como seu último ato para tentar parar a série, Joan resolve tomar atitudes drásticas para que Salma Hayek desista de emprestar sua imagem para a produção da Streamberry. O plano, no entanto, acaba dando errado, já que a atriz também não leu os termos de uso de seu contrato com a empresa de streaming e acabou perdendo os direitos por sua imagem digital.

Entenda o final de 'Joan é Péssima'

Revoltadas com a empresa de streaming, Joan e Salma Hayek resolvem se unir para derrubar o computador quântico que está gerando a série, que é totalmente produzida por inteligência artificial. A dupla consegue invadir a sede da companhia e descobre que a tecnologia está produzindo centenas de seriados com base nos dados coletados de usuários da plataforma.

Em seguida, Joan e Salma Hayek invadem a sala do computador, que tem como guarda uma pessoa intepretada por Michael Cera. Neste momento, a protagonista olha para a tela e vê uma grande revelação: ela, na verdade, também faz parte de uma série, que é inspirada na vida da “Joan original.”

NetflixTodo o episódio se passa dentro de uma das séries geradas pelo computador da Streamberry. 

Após o baque de descobrir que é apenas uma criação de computador baseada na aparência da atriz Annie Murphy, a Joan que acompanhamos durante o episódio pega um machado para destruir o computador quântico. A personagem é influenciada a não quebrar a máquina, pois isso acabaria com a sua vida.

No entanto, como toda a trama não gira em torno dela, mas sim da Joan original, a personagem acaba dando fim ao equipamento eletrônico, encerrando com os seriados gerados por computador. Isso nos leva, pela primeira vez, a acompanhar a Joan real, que está ao lado da atriz Annie Murphy quando o computador é destruído.

NetflixA Joan "original" só aparece no final do episódio.

Quebrando os paradigmas de Black Mirror, o episódio 'Joan é Péssima' acaba com um final feliz. Após destroçar o computador e acabar com as séries sobre a sua vida, a Joan original é presa, bem como a atriz Annie Murphy, mas ambas aparecem usando tornozeleiras eletrônicas e não ficam em uma cela.

Além disso, Joan volta a namorar e acaba realizando seu sonho de ter uma cafeteria. O episódio acaba com ela recebendo Annie Murphy e servindo um café para a atriz. Apesar de estarem cumprindo pena com uma tornozeleira eletrônica, ambas estão livres das amarras contratuais da Streamberry.

Qual a moral do episódio Joan é terrível?

Assim como muitos episódios de Black Mirror, “Joan é terrível” traz alguns comentários sobre a vida conectada e os perigos da tecnologia. A mensagem mais clara que temos na produção envolve o poder de grandes corporações e a importância de ficar atento com os termos de uso de serviços online.

O episódio também levanta questões sobre os perigos do deepfake, tecnologia que está cada vez mais potente graças à evolução da inteligência artificial. Outro ponto abordado é a privacidade: a série comenta sobre a coleta de dados por meio de aparelhos eletrônicos, como celulares, Smart TVs e outros dispositivos.

JoanO primeiro episódio da sexta temporada de Black Mirror traz diversas lições envolvendo tecnologia. 

É interessante notar, também, que o episódio serve como uma grande autocrítica para a própria Netflix. Além da plataforma Streamberry ter características similares ao streaming, a empresa ficcional é criticada pelos seus termos de uso, algo que rendeu problemas para a Netflix no mundo real.

No Brasil, o Procon está em busca de esclarecimentos da companhia após o lançamento do compartilhamento de senha pago, que teria ocorrido com pouca transparência por parte da empresa.

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