O Legado de Júpiter: série da Netflix falha ao tentar inovar (crítica)

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Imagem: Netflix/Divulgação

ATENÇÃO: SPOILERS À FRENTE!

Será que vale a pena assistir O Legado de Júpiter? Descubra com a nossa crítica!

Séries de super-heróis é um tema em alta na atualidade e costuma fazer bastante sucesso, como é o caso de Supergirl e The Flash, personagens da DC Comics. A Netflix, sabendo disso, fechou uma parceria com Mark Millar para trazer as histórias do quadrinista à vida através de séries e a primeira delas foi O Legado de Júpiter.

Caso não conheça a história, a HQ segue um grupo de pessoas que descobrem seus super-poderes e resolvem combater o crime - assim como nós já conhecemos em casos como Liga da Justiça e Vingadores. No entanto, O Legado de Júpiter trabalha muito com intriga política e traição, temas que fazem com que a história, teoricamente, fique mais atraente.

Mas será que a estreia da série de super-heróis fez sucesso na Netflix?

(Fonte: Netflix/Divulgação)(Fonte: Netflix/Divulgação)Fonte:  Netflix 

Vale a pena assistir O Legado de Júpiter na Netflix?

O primeiro ponto que vale a pena ser mencionado é que a série aborda duas linhas temporais para situar o espectador e apresentar o universo de O Legado de Júpiter. Apesar de ser uma estratégia muito utilizada em outras produções, a série da Netflix acaba forçando um pouco.

São muitas idas e voltas, trazendo inúmeros flashbacks o tempo todo e tornando a história entediante e até mesmo confusa em alguns momentos. É válido ressaltar que esse aspecto melhora ao longo dos episódios, mas muitas pessoas podem acabar desistindo de O Legado de Júpiter por não conseguirem se conectar à narrativa.

O ponto alto da série é quando ela foca no presente e mostra os super-heróis em ação, dando aos fãs das cenas de luta um ótimo conteúdo bem próximo às grandes produções do cinema.

Além disso, a construção e desenvolvimento dos personagens acontece de forma mais interessante também na linha de tempo do presente, já que vemos a interação entre eles e conseguimos sentir algo em relação às suas personalidades.

(Fonte: Netflix/Divulgação)(Fonte: Netflix/Divulgação)Fonte:  Netflix 

No entanto, isso também não significa que os personagens de O Legado de Júpiter sejam únicos e memoráveis de alguma forma. Pelo contrário, como existem tantas séries de super-heróis, a cada aparição bate o sentimento de “eu já vi algo assim antes”, tornando cada aspecto da série um grande círculo de comparações com outros heróis da atualidade.

Infelizmente, uma palavra que define bem a experiência de assistir O Legado de Júpiter na Netflix é “esquecimento”, já que não há nada na série que faça valer a pena maratonar os oito episódios: os personagens são rasos e sem personalidade, a narrativa é confusa e entediante durante a maior parte da série e, quando começa a ficar interessante, os créditos de encerramento aparecem logo em seguida. Será que uma 2ª temporada de O Legado de Júpiter poderia consertar esses pontos?

O ramo de séries de super-heróis está repleto de produções, mas isso não significa que esteja saturado. Quando há uma narrativa inovadora e personagens com profundidade, o sucesso é garantido - como é o caso de Wandavision, série do Disney+ que virou um dos maiores marcos da atualidade, e de The Boys, série que desconstrói a ética e a imagens dos heróis de forma divertida.

O Legado de Júpiter até tenta trazer discussões profundas, como o luto, mas não se aprofunda e acaba sendo mais um ponto dispensável. Infelizmente, a série da Netflix acabou decepcionando.

Você já assistiu? O que achou? Conte nos comentários!

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