Oscar 2017: quem ganha e quem deveria ganhar a estatueta mais cobiçada de Hollywood

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A cerimônia de premiação mais importante da indústria cinematográfica será realizada neste domingo, dia 26 de fevereiro, e cinéfilos de todo mundo esperam para descobrir quem serão os ganhadores desta edição.

Após assistir aos filmes indicados e acompanhar cada etapa dessa temporada de premiação, temos também nossas apostas e favoritos pessoais. Por isso, resolvemos compartilhar nossas opiniões e percepções sobre quem acreditamos que sobe ao palco desse domingo, e aqueles que realmente gostaríamos de ver levando a estatueta mais cobiça de Hollywood.

Veja também: Oscar 2017: lista completa de indicados ao maior prêmio do cinema!

Será que você concorda com a gente? Confira abaixo nossas escolhas para as principais categorias doOscar 2017 e deixe abaixo o seu comentário!


Melhor Filme

Quem ganha: La La Land – Cantando Estações
Quem deveria ganhar: La La Land – Cantando Estações

O público contemporâneo parece não entender muito de musicais (e muita gente tem torcido o nariz paraLa La Land), mas não há outro gênero cinematográfico que represente melhor a história de Hollywood. Foram os clássicos da Era de Ouro que consolidaram a indústria americana, eLa La Land – Cantando Estações é uma grande homenagem àquelas produções. Com um olhar ao passado, o longa resgata não apenas um gênero cinematográfico, mas uma série de valores, com certa visão de romantismo à vida e à arte. Tecnicamente impecável, com espertas relações de edição e montagem, e embalada por uma trilha sonora contagiante, La La Land nos faz acreditar novamente em nossos sonhos através de uma trama de amor, separações e esperança. É o favorito da indústria e também nossa escolha ao prêmio principal da Academia.

Melhor Diretor

Quem ganha: Damien Chazelle, deLa La Land – Cantando Estações
Quem deveria ganhar: Damien Chazelle, de La La Land – Cantando Estações

Com apenas dois longas-metragens, Chazelle já é um favorito pessoal. Antes da exuberância técnica deLa La Land, o diretor realizou o intenso Whiplash – Em Busca da Perfeição, outra obra-prima com ligação direta com a música. Em La La Land, Chazelle amplia seu domínio sobre o meio, realizando sequências musicais impensáveis (“Another Day of Sun”) e outras incrivelmente românticas (“City of Stars”). O cineasta deixa sua marca pra valer, no entanto, na maneira como conecta as cenas, trabalhando elementos cênicos para pontuar a história de Mia e Sebastian. Assim como Chazelle, Denis Villeneuve também se tornou um favorito pessoal com apenas dois longas-metragens (com o excepcional A Chegada, e antes Os Suspeitos – mas não tanto por Sicario); e em qualquer outro ano teria meu voto, mas este é de Chazelle.

Melhor Ator

Quem ganha: Denzel Washington, por Um Limite entre Nós
Quem deveria ganhar: Viggo Mortensen, por Capitão Fantástico

Possivelmente a categoria com a votação mais apertada dessa edição é a de melhor ator. Casey Affleck era considerado o favorito na corrida por sua interpretação emManchester à Beira-Mar, mas a vitória de Denzel Washington no SAG Awards parece indicar uma mudança na preferência da indústria. Pesa ainda contra Affleck certas acusações de assédio sexual (que a campanha do ator tentou dissipar a todo custo); ao mesmo tempo Denzel tem sido extremamente grosseiro nesta temporada (sem paciência em coletivas). Pessoalmente, acho o personagem de Denzel desprezível e insuportável, em um filme que é na verdade uma peça filmada (e não uma adaptação de uma peça para as telas). Acho muito mais interessante o desempenho de Ryan Gosling (um dos meus atores favoritos), que aprendeu a tocar piano em apenas três meses para rodar La La Land. Mas de todos os indicados, o que ficou mais tempo na memória é Viggo Mortensen, como um pai que tem uma ideia própria sobre como educar suas crianças em Capitão Fantástico – um trabalho magistral.

Melhor Atriz

Quem ganha: Emma Stone, por La La Land – Cantando Estações
Quem deveria ganhar: Emma Stone, porLa La Land – Cantando Estações

Um time de grandes atrizes e ótimas interpretações, sem dúvida, mas é difícil resistir ao charme, à graça e à delicadeza de Emma Stone como a Mia deLa La Land, cantando e dançando ao lado de Ryan Gosling músicas de amor, sonhos e desilusões. O filme funciona graças em parte à comprovada química da dupla, em seu terceiro trabalho juntos. O que dá a Emma uma vantagem no Oscar em relação a Ryan (ela é a favorita em sua categoria, ele não) é uma maior profundidade dramática de sua personagem em sua jornada errática em busca da fama, especialmente no ato final (com a música “Audition”). Apesar disso, qualquer outro resultado nesta categoria seria justo – mesmo Meryl Streep, em sua 20ª indicação, está deliciosamente divertida em Florence.

Melhor Ator Coadjuvante

Quem ganha: Mahershala Ali, por Moonlight: Sob a Luz do Luar
Quem deveria ganhar: Jeff Bridges, porA Qualquer Custo

Mahershala Ali é um excelente ator e teve uma das melhores interpretações do ano passado – na série Marvel’s Luke Cage! EmMoonlight: Sob a Luz do Luar, seu personagem aparece apenas no primeiro ato e depois deixar de existir na trama. Mesmo sendo esta uma categoria “coadjuvante”, parece uma participação pequena demais. Minha escolha pessoal seria aqui por Jeff Bridges, que traz profundidade ao papel do xerife na caça dos irmãos saqueadores no excelenteA Qualquer Custo.

Melhor Atriz Coadjuvante

Quem ganha: Viola Davis, por Um Limite entre Nós
Quem deveria ganhar: Naomie Harris, por Moonlight: Sob a Luz do Luar

Na contramão do que acontece com Mahershala Ali em ator coadjuvante, acho que Viola Davis é “principal” demais para estar concorrendo como coadjuvante. Ela é a força (e a única coisa que presta) em Um Limite entre Nós. O filme pode ser bem chatinho, mas Viola é uma das melhores atrizes em atividade. Não à toa que seja a grande favorita e uma das grandes certezas dessa edição do Oscar. Porém, acho que há outra grande interpretação nesta categoria, e em um papel verdadeira “coadjuvante”: Naomie Harris, em Moonlight – uma presença marcante em um filme infinitamente melhor.

Melhor Roteiro Original

Quem ganha: Kenneth Lonergan, por Manchester à Beira-Mar
Quem deveria ganhar: Damien Chazelle, porLa La Land – Cantando Estações

As apostas indicam que a Academia vai premiar Kenneth Lonergan pelo seu roteiro de Manchester à Beira-Mar. Será uma maneira de reconhecer o trabalho do cineasta em um dos filmes de maior sucesso do circuito de festivais do último ano. Ao mesmo tempo, dizem queLa La Land não tem tantas chances nesta categoria porque musicais não são vistos como um trabalho de roteiro. Acho isso uma bobagem. La La Land trabalha com vários temas – de amor, de filmes, de fama, de paixão – e nos faz acreditar novamente em nossos sonhos porque há uma trama bem amarrada no centro.

Melhor Roteiro Adaptado

Quem ganha: Barry Jenkins, por Moonlight: Sob a Luz do Luar
Quem deveria ganhar: Eric Heisserer, por A Chegada

De maneira similar ao que pode acontecer com Manchester à Beira-Mar em roteiro original, a categoria roteiro original parece destinada a uma vitória de Moonlight (um excelentíssimo filme, por sinal, que só peca um pouco pela queda de qualidade no terceiro ato). A Chegada, no entanto, traz uma trama inteligente e instigante de ficção científica, que fala primordialmente sobre comunicação e linguagem – nos fazendo pensar sobre como pensamos, questionando se nossa forma de pensar é um condicionamento linguístico e subsequentemente cultural (e não ao contrário). Se isso não é excelência em roteiro, não sei o que seria.

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