O caso Johnny Depp: a decadência financeira de um dos astros mais bem pagos de Hollywood

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Gigantescos gastos por impulso, brigas judiciais, excesso de álcool e brigas de casal têm marcado os anos mais recentes da carreira de Johnny Depp, que, apesar de ser um dos astros mais bem pagos da indústria, se vê em um buraco financeiro

O astro de Hollywood que costumava estampar as manchetes graças a suas incríveis atuações (além de alguns namoros conturbados e tentativas frustradas de entrar para o mundo do rock’n’roll), não vem passando por uma boa fase em sua vida pública. Johnny Depp, de 53 anos, simplesmente “perdeu” US$ 650 milhões que acumulou ao longo dos anos de sua carreira.

E o artista está tentando brigar na justiça para recuperar essa grana toda, que teria sido desperdiçada pelo The Management Group (que cuidava de suas finanças). Do outro lado, os empresários alegam que avisaram Depp em 2016 que ele não teria mais fluxo financeiro para arcar com suas altíssimas despesas mensais - que ficavam na faixa dos US$ 2 milhões.

Gastos altos e compras por impulso

Seu advogado, Jake Bloom, e o empresário Joel Mandel faziam parte do círculo pessoal de amizades do ator. Em 2012, ambos chegaram a acompanhar Depp quando ele decidiu comprar uma imensa propriedade nas Bahamas, pela qual pagou um total de US$ 5,35 milhões. E, justamente por conta dessa relação tão próxima, ambos estariam preocupados há bastante tempo com as finanças do astro, que, por sua vez, não reduziu seus hábitos compulsivos de consumo.

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Depp, que gastava cerca de US$ 3,6 milhões anualmente para manter seus 40 funcionários, gastou parte de sua fortuna com compras consideradas supérfluas, mesmo sendo um dos atores mais bem pagos de Hollywood, graças à franquia de “Piratas do Caribe”. Por exemplo, o ator chegou a gastar US$ 350 mil por mês somente para manter um iate, além das centenas de milhares de dólares que precisa pagar para sua ex-mulher, Vanessa Paradis, que cria os filhos do ex-casal.

Depois de muita conversa com seus empresários, advogados e contadores, Depp enfim concordou em vender o Amphitrite, iate que teria comprado por 10 milhões de dólares e gastado outros 8 milhões para reformá-lo. Nele, o ator chegou a receber ilustres convidados, como Brad Pitt e Angelina Jolie.

Bloom e Mandel teriam ficado aliviados com a decisão sensata de Depp, mas pouco tempo depois a coisa ficaria “preta” novamente: o ator decidiu demitir seu empresário de longa data, Joel Mandel. O astro acusou o empresário de fraude e má administração. Então sua empresa abriu um processo contra o ator, alegando que ele não teria pagado as devidas comissões relativas a seu mais recente filme, Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar. Segundo Mandel, Johnny Depp seria o único responsável pela sua decadência financeira.

A vida pessoal afetando o lado profissional

Toda essa “treta” aconteceu enquanto a Disney se preparava para lançar a última produção de Piratas do Caribe, que é o quinto filme da série de sucesso. Os executivos do estúdio estariam preocupados que as peripécias da vida pessoal de Depp possam impactar negativamente as ações de marketing do longa-metragem, que teve um orçamento de US$ 230 milhões.

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Pessoas próximas à produção de Piratas teriam fofocado para a mídia de celebridades que Depp estaria bebendo excessivamente nos anos mais recentes, além de ter protagonizado brigas por aí (incluindo uma com sua ex-companheira, Amber Heard, no ano passado) e ter chegado bastante atrasado às gravações, prejudicando o andamento dos trabalhos.

O momento atual

O atual advogado de Johnny Depp, que foi contratado em outubro do ano passado, insiste em sua defesa alegando que seu cliente não foi adequadamente aconselhado por seus ex-empresários, dizendo, ainda, que Depp deveria se preocupar mais com seu lado artístico do que com suas finanças. Mas a empresa que era responsável pela manutenção da fortuna do ator anteriormente segue alegando que avisou o astro várias vezes que seus gastos estavam muito acima do que seria possível manter sem nenhum prejuízo.

No processo aberto por Mandel, o ex-empresário da estrela lista gastos exorbitantes feitos por Depp, como ter comprado 14 residências e adquirido mais de 200 obras de arte (incluindo algumas de Klimt, Andy Warhol e Modigliani), manter 12 armazéns somente para guardar sua memorabília e ter gastado mais de US$ 1 milhão somente para arquivar esses objetos. Além disso, Amber Heard confirmou compras impulsivas feitas pelo ator, como o gasto de US$ 400 mil em joias com diamantes, ou ainda a manutenção de uma equipe de seguranças exageradamente grande quando o ex-casal viajou pela Europa Oriental.

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Ainda assim, Depp segue firme no argumento de que ele teria sido mantido “no escuro” quanto à sua realidade financeira, e batendo na tecla de que seus ex-empresários não estavam administrando muito bem a sua fortuna. De acordo com o astro, a empresa teria fornecido cerca de US$ 10 milhões para sua irmã e para terceiros sem seu consentimento, por exemplo, além de terem feito empréstimos em nome de Depp também sem que o ator tivesse autorizado. A outra parte se defende, dizendo que os empréstimos foram necessários para manter o estilo de vida do ator, e que ele estaria completamente ciente do ocorrido.

O fato é que Johnny Depp está em uma espécie de buraco financeiro, e se espera que Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, que estreou na última quinta-feira (25) nos cinemas, faça sucesso suficiente para que os bolsos do ator voltem a ficar cheios. Uma nova audiência com a justiça está marcada para janeiro do ano que vem – então, muitas pedras ainda vão rolar nesse meio tempo. Enquanto isso, Depp evita falar a respeito do “causo” na imprensa, se limitando a dizer que “o dinheiro é meu” e que “se eu quiser comprar 15 mil bolas de algodão em um dia, eu posso”.

Este texto foi escrito por Patricia Gnipper via N-Experts.

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