5 razões para você ver a segunda temporada de Preacher

Série que adapta história originalmente lançada pelo selo adulto Vertigo/DC Comics estreou seu segundo ano!

Preacher é a história de Jesse Custer (Dominic Cooper), um pastor desacreditado, Cassidy (Joseph Gilgun) um vampiro irlandês beberrão, e Tulipa (Ruth Negga), uma serial killer descontrolada, que se unem em busca de Deus, que sumiu do Céu. A história em quadrinhos da insana dupla Garth Ennis e Steve Dillon durou 66 edições e teve 6 especiais — perfazendo o famoso “Número da Besta” — e foi lançada nos Estados Unidos entre 1995 e 2000.

Misture aí a violência e o humor negro de Guy Ritchie e Quentin Tarantino em um mix de faroeste, drama, terror e road movie com anjos, demônios, céu, inferno, templários e mais um monte de coisa que Código da Vinci ou Assassin’s Creed viriam a explorar somente anos depois. A primeira temporada foi ótima e a segunda acaba de estrear.

Fonte da imagem: Divulgação/AMC

O primeiro episódio começou com tudo e destacamos aqui 5 razões para você acompanhar em canais de exibição alternativos, já que a trama ainda não foi distribuída por aqui e não há previsão de chegada.

1. Ótima adaptação

No primeiro ano, os produtores Seth Rogen e Evan Goldberg optaram por mudar bastante o começo da história, mostrando inicialmente Jesse Custer sendo um pastor. Nos quadrinhos, as primeiras páginas já mostram ele deixando a igreja para procurar Deus. Essa foi uma decisão acertada porque desenvolveu melhor os protagonistas e aproximou o público de outros personagens que nem mesmo existiam nas revistas — e foi possível ver esse universo maluco pelos olhos de “pessoas comuns”.

Fonte da imagem: Divulgação/AMC

Entre as edições 26 e 50 pouca coisa empolgante realmente acontece nas HQs — tanto é que foi difícil a aventura ser publicada na íntegra no Brasil, justamente por conta dos cancelamentos durante a pouca venda de exemplares nessa fase — e essa pasmaceira toda felizmente foi transformada em algo melhor nas telinhas. E o season finale ainda guardou uma grande reviravolta para todo mundo, que remete justamente à Preacher #1.

2. Mudança de tom

Na temporada de estreia o clima era mais intimista, na pequena cidade fictícia de Annville, Texas, com um clima de faroeste, algo que está no DNA da revista. Muita gente sentiu falta de vários elementos da origem de Jesse Custer e de seu próprio grande rival (falaremos sobre ele logo abaixo). Agora, a pegada é mais veloz, em atmosfera de road trip, algo que também é muito fiel ao material original.

Fonte da imagem: Reprodução/AMC

3. O Santo dos Assassinos

Um dos grandes, senão o maior, antagonista de Preacher é o Santos dos Assassinos, um pistoleiro implacável. Ele foi construído aos poucos no primeiro ano, meio sem muito gancho ou explicação. Neste início de segunda temporada sua aparição é bombástica, cheia de violência e ação — parece até mesmo a sequência “mais Tarantino que Tarantino não fez”.

Fonte da imagem: Reprodução/AMC

4. Jesse Custer corrompido

A “palavra” é um “dom” fornecido pela entidade Gênesis e permite a Custer fazer com que todos devam obedecer ao que ele diz e isso não é muito utilizado nos quadrinhos — foi ativada somente em casos extremos. A segunda temporada mostra pastor usando bastante, quase se corrompendo com tamanho poder. Isso faz mais sentido, dado o comportamento politicamente incorreto do personagem, e serve até como uma evolução mais convincente de como ele terá que compreender essa dádiva/maldição para se preparar para seu encontro com Deus.

Fonte da imagem: Reprodução/AMC

5. Problemas familiares

As passagens mais bizarras e memoráveis das páginas do início da jornada de Preacher são as que exibem suas relações familiares. Já no primeiro episódio dessa segunda temporada há algumas menções e até um easter egg visual do que vem por aí. E se o material original for “otimizado” como vem sendo até agora podemos esperar por mais alguns daqueles momentos capazes de chocar a sociedade.

Fonte da imagem: Reprodução/AMC

Bônus: para Steve

O desenhista britânico Steve Dillon foi um parceiro importante de Garth Ennis no título mensal Hellblazer, de John Constantine, e ajudou-o a criar o universo de Preacher. Ele ilustrou todas as edições, do começo ao fim. Em outubro do ano passado ele morreu aos 53 anos, em Nova York. Ao final do primeiro episódio há uma homenagem ao artista e todo o visual da série segue à risca seus traços.

Fonte da imagem: Reprodução/AMC

Preacher, da AMC, foi ofuscado pelo lançamento simultâneo com a temporada passada de Game of Thrones e muita gente não viu em 2016. Se você gosta desses temas, corra para assistir e não perca esse segundo ano, que já começou a mil por hora.

Este texto foi escrito por Claudio Yuge para o Minha Série.