Se você achou que Guardiões da Galáxia foi uma obra ousada e inovadora dentro do Universo Cinematográfico da Marvel, prepare-se para Thor: Ragnarok.
O diretor Taika Waititi, conhecido pela cultuada sátira de vampiros O Que Fazemos nas Sombras, é o responsável por virar a história do Deus do Trovão nos cinemas de ponta-cabeça e realizar uma pequena revolução.
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Verdade seja dita, depois dos dois primeiros filmes do Thor (bastante esquecíveis dentro do MCU), era mesmo preciso uma direção nova para injetar originalidade e relevância para o super-herói de Asgard.
Com Ragnarok, Waititi joga a fórmula de adaptação dos quadrinhos pela janela e realiza uma clara comédia com os personagens da Marvel – às vezes beirando a paródia, desconstruindo qualquer noção de seriedade e brincando com os elementos próprios do Universo Cinematográfico.
Fonte da imagem: Divulgação/Marvel Studios
O humor sempre esteve presente nos filmes do estúdio, mas Thor: Ragnarok leva isso para outro patamar. A questão é se o público vai entender a proposta e o estilo de humor de Waititi, que se apoia na quebra de previsibilidade e na irreverência.
Assim como ocorre com a maioria das comédias, Ragnarok vai depender muito do gosto particular de humor de cada espectador, e, provavelmente, a produção não vai agradar a todos (em nota particular, ouvi várias reclamações do público na minha sessão).
Há, porém, muitas qualidades a se creditar nessa empreitada. Primeiro, o filme parece resgatar uma ideia melhor do que deveria ser uma adaptação dos quadrinhos: com mais diversão, mais cores e menos seriedade (lembrando as HQs mais antigas).
Segundo, o longa funciona como uma excelente reapresentação do Thor, usando o humor para torná-lo novamente interessante junto ao público. E nesse aspecto, vale destacar o ótimo trabalho do ator Chris Hemsworth no papel, com perfeito timing cômico, mas sem deixar o personagem cair no ridículo ou perder sua credibilidade como herói.
Fonte da imagem: Divulgação/Marvel Studios
O elenco, aliás, é outro ponto forte da produção: Cate Blanchett está maravilhosa como a vilã Hela; Tom Hiddleston continua divertidíssimo como Loki; e Mark Ruffalo consegue mostrar um lado de Hulk que não havíamos visto antes. Outros estreantes no MCU são Jeff Goldbum como o Grão-Mestre, e Tessa Thompson como a Valquíria.
O filme faz ainda um mergulho nas histórias dos quadrinhos, retirando ótimas referências (o sapo Thor!) e criando boas modificações da narrativa Ragnarok das HQs para se adaptar ao Universo Cinematográfico da Marvel.
O resultado é uma obra surpreendente, que pode não agradar a todos, mas que seria um desastre caso levasse sua história a sério e não apostasse no humor. Mas esteja avisado de que este não é um filme da Marvel como você conhecia: é antes uma comédia do que uma aventura de super-heróis.
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