4 problemas nos filmes de super-heróis em 2017

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Em 2017, muitas adaptações baseadas em HQs chegaram às telonas. Todas tiveram muitos acertos, entretanto o subgênero ainda possui problemas grandes em suas narrativas. Pode ser o mau uso do vilão da trama, piadas que parecem fora do tom ou até mesmo o rotineiro raio azul que quase sempre marca presença no terceiro ato desses longas.

1. Vilões desinteressantes

Esse é um dos problemas mais comuns para as produções relacionadas aos heróis dos quadrinhos. Os protagonistas recebem todo o enfoque, porém os vilões são rasos, visualmente sem graça ou nem mesmo possuem tempo suficiente de tela.

Até mesmo o excelente Logan peca nesse aspecto. Donald Pierce (Boyd Holbrook) não possui o impacto esperado para o caçador de mutantes das páginas dos gibis. Mas é no clone do carcaju que há uma perda de possibilidade que enriqueceria ainda mais a adaptação. Dentes de Sabre seria uma escolha mais marcante do que um reflexo do protagonista, mesmo que haja uma analogia nessa escolha.

Entretanto, o maior exemplo disso é evidentemente o Lobo da Estepe (Ciarán Hinds). O opositor da Liga da Justiça não tem o peso necessário para enfrentar a maior equipe de heróis das HQs nem um visual agradável, já que seu design empobrece a versão mais recente do vilão na fase Novos 52. Todas as escolhas para desenvolver o personagem desvalorizam até mesmo a atuação do ator.

Nem mesmo a renomada Cate Blanchett, no papel de Hela em Thor: Ragnarok, conseguiu uma personagem que fosse realmente marcante.

2. Peter Quill versus Ego

Guardiões da Galáxia Volume 2 cai no pecado de ter um terceiro ato repleto dos típicos raios azuis. O grande problema está na forma como se desenrola o confronto entre Senhor das Estrelas (Chris Pratt) e Ego (Kurt Russell). Por mais bem estruturado que seja o vilão cósmico, a revelação de seus planos e o jeito como ele confessa ter criado um tumor na mãe de Peter Quill desencadeia um combate desenfreado que parece fora de tom em vários momentos.

Todo o estilo oitentista do diretor James Gunn ganha ainda mais presença nesse ponto do longa, mas sem uma dosagem controlada. Ele abusa das transformações do Planeta Vivo ao fazê-lo mudar de corpo com um efeito especial não tão retocado, além de acrescentar a presença anticlimática de David Hasselhoff. Tudo isso inicia um combate entre pai e filho repleto de efeitos confusos e até exagerados, como a cena em que o líder dos guardiões se transforma em um Pac-Man gigante.

3. O Terceiro Ato deMulher-Maravilha

O primeiro longa solo da heroína mais icónica dos quadrinhos é um dos grandes blockbusters de sucesso do ano, seja na visão dos críticos ou por parte do público. Entretanto, a narrativa de Patty Jenkins cai vertiginosamente no terceiro ato da trama. Por mais que o primeiro terço da história introduza bem a origem da princesa de Themyscira e ganhe ainda mais intensidade no miolo da trama ao mostrar a amazona nos combates da Primeira Guerra Mundial, o desfecho parece algo totalmente genérico e diferente do que havia sido feito antes.

A revelação de quem é o verdadeiro Ares (David Thewlis), todo o visual do personagem e os efeitos especiais no confronto entre ele e Diana são muito desconexos com os embates anteriores, criando uma rusga narrativa. Além disso, assistir à Mulher-Maravilha despertando todo seu poder ao ver Steve Trevor (Chris Pine) morrendo diminui parte do conceito de feminismo tão bem explorado no subtexto da produção.

4. As piadas do Batman

Liga da Justiça agradou boa parte dos seus fãs, mas caiu em desgosto da crítica especializada. Parte disso é por causa de duas visões totalmente diferentes em nomes grandes da produção: os diretores Zack Snyder e Joss Whedon, que entrou na posição depois que o primeiro precisou se ausentar por causa de problemas pessoais. A visão de um é muito mais sisuda e sombria, enquanto o outro gosta de leveza e diálogos mais divertidos.

Esse problema de tom entre a visão dos dois, somado às interferências da Warner Bros., mudaram completamente o perfil de Bruce Wayne (Ben Affleck) de Batman v. Superman para o filme do supergrupo. Essa alteração brusca na personalidade do vigilante de Gotham faz com que um herói sombrio, dramático e sério não funcione tão bem quando força um humor incoerente ao que o público já havia visto naquele universo.

Quais outros problemas você enxergou nas adaptações dos quadrinhos que foram para a telona em 2017? Conte pra gente nos comentários.

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Este texto foi escrito por Gustavo Rodrigues via N-Experts.

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