Desde que a Disney anunciou a compra de grande parte da 21st Century Fox, muito debate sobre o assunto começou a circular pela internet. Alguns preocupados em como isso pode ser prejudicial para os filmes que podem não sair do papel por não fazer o perfil da empresa criadora do Mickey ou como isso demonstrava a ambição de criar um serviço de streaming que já comece com produções aclamadas o suficiente para concorrer com peso contra a Netflix. Entretanto, algo que preocupa realmente os fãs do MCU é como a Marvel Studios vai trabalhar com Universo Mutante e Quarteto Fantástico, já que agora ela recuperou o direito de produzir longas com eles.
Mesmo que ter a possibilidade de trabalhar com os dois supergrupos criados por Stan Lee não fosse o mais importante para a Disney, é inegável que tê-los de volta amplia as possibilidades do MCU para os próximos anos. É muito provável que Kevin Feige já esteja pensando em como inserir tais núcleos em produções futuras, já que Vingadores 4 promete mudar bastante o que os fãs estão acostumados a ver da Marvel na telona.
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Reboot Mutante
Não parece haver muita possibilidade de inserir os mutantes no MCU sem que haja um reboot praticamente completo do que a Fox tem feito com esses personagens. Como nunca houve citações aos homo superior nos longas, torna-se muito complexo aparecer repentinamente com esse conceito em histórias tão bem estabelecidas. Logo, é provável que, após o filme dos Novos Mutantes, nenhuma produção que estava agendada pela Fox continue, cancelando o sempre adiado longa do Gambit, estrelado por Channing Tatum, e até mesmo a adaptação do Homem-Múltiplo, com James Franco no papel principal.
É difícil imaginar qual período dos X-Men seria mais efetivo para o MCU, já que atualmente a Fox trabalha com a versão mais jovem de Ciclope (Tye Sheridan) e Jean Grey (Sophie Turner), personagens que são extremamente importantes para o grupo do Professor Xavier. Atualmente, o mais próximo de um homo superior nas produções da Marvel Studios é a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), já que ela foi criada nos quadrinhos como uma mutante, mas se tornou uma Inumana porque a empresa queria deixar os mutantes de lado ao mesmo tempo que davam espaço aos seres de Attilan. Quando ela aparece em Era de Ultron, Wanda e Pietro (Aaron Johnson) são considerados apenas milagres, portanto não vinculados a nenhum tipo de nomenclatura importante.

Deadpool e as adaptações adultas
Por mais independente que seja no seu primeiro filme, Deadpool (Ryan Reynolds) faz parte do Universo Mutante, tanto que os planos futuros da Fox eram adaptações da X-Force, equipe que ele integrou, junto com Cable, Psylocke, Fantomex, Wolverine e Arcanjo. Como o próprio conceito do personagem é saber que faz parte de uma história contada para o espectador, o que sempre fica claro quando a quarta parede é quebrada, é provável que a Disney mexa muito pouco nas produções do Mercenário Tagarela e até permita participações especiais de outros heróis que são bastante comuns nas tramas de Wade Wilson, como o Homem-Aranha.
A grande indagação é como essas produções para maiores de idade serão afetadas nas mãos da Disney, já que o MCU trabalha com projetos para toda a família. A linguagem agressiva e desbocada foi o que tornou viável Deadpool e até mesmo Logan, algo que assusta quem gostou de ambos os longas e agora vê uma dificuldade de novos filmes com tais abordagens reaparecerem nas telonas. O CEO Bob Iger já garantiu que não pretende mexer nessa estrutura narrativa do personagem e que essa seria a oportunidade de a Marvel criar uma marca para produções adultas.

Quarteto Fantástico ou Fundação Futuro?
Um dos maiores problemas para Kevin Feige é fazer com que essas novas adaptações pareçam originais, e não apenas um reboot igual ao que já foi visto anteriormente no cinema, como eles conseguiram ao dar um tom mais colegial ao Homem-Aranha em De Volta ao Lar. Como a Marvel Studios tem utilizado histórias recentes do quadrinista Jonathan Hickman em Guerra Infinita, talvez o caminho seja pegar o que ele escreveu para o Quarteto Fantástico e levar às telonas.
No caso, o período como Fundação Futuro seria o ideal para renovar a imagem dos heróis, pois assim apresentaria os personagens como cientistas fora da Terra com uma equipe repleta de crianças geniais, podendo mostrar Sue Storm e Reed Richards casados, com os filhos Franklin e Valeria vivos. Essa possibilidade dá mais chances de criar o tom narrativo familiar vital para a equipe, algo que até agora não foi efetivo no cinema. Essa versão do grupo também é conhecida por ter outros heróis como membros, como o Homem-Aranha, She-Hulk e Homem-Formiga.
O grande problema é quando e como introduzir a origem dos poderes do quarteto, já que o acidente cósmico é o que origina o caminho em prol da humanidade do time. Outro aspecto curioso e complexo é no opositor escolhido. Mesmo que Doutor Destino seja um dos maiores vilões da Marvel, seria repetitivo usá-lo novamente como vilão da equipe. Talvez a opção mais correta seja alguém de menor expressão remodelado para o MCU e em uma produção futura a inserção do latveriano.

Ainda é cedo para saber como a Marvel Studios vai trabalhar com os personagens que eram da Fox, mas é inegável que os fãs já devem estar sonhando com Deadpool zoando o Homem-Aranha, sagas ligando as equipes e o casamento entre Pantera Negra e Tempestade. O próximo evento da Disney para revelar o calendário de produções dos anos seguintes deve ser o mais aguardado de todos os tempos. Que Kevin Feige consiga lidar bem com as novas possibilidades do MCU.
Este texto foi escrito por Gustavo Rodrigues via N-Experts.
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