Me Chame Pelo Seu Nome: drama emociona com primeiro amor e descoberta sexual (crítica)

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Histórias sobre o primeiro amor e a descoberta sexual já foram contadas inúmeras vezes no cinema – mesmo tratando de relações homoafetivas –, mas poucas vezes vimos nas telas uma produção tão honesta e sensível na representação das emoções humanas como em Me Chame Pelo Seu Nome.

Adaptação do romance de 2011 de André Aciman, o longa-metragem apresenta o caso de amor do jovem Elio, um rapaz de 17 anos, com Oliver, assistente de pesquisa de seu pai que chega para passar uma temporada na casa da família no norte da Itália em 1983.

A aproximação dos dois é retratada de forma gradual, com sutileza e naturalidade, enquanto Elio lida com o confuso sentimento que nutre pelo visitante. Inicialmente, o jovem demonstra certa resistência ao “usurpador” de quarto e sua maneira arrogante de dizer “até mais (later, em inglês)”, mas a presença do estranho em casa desperta mais do que apenas a sua curiosidade.

Elio e Oliver, os protagonistas de Me Chame Pelo Seu Nome. Fonte da imagem: Divulgação/Sony Pictures

O diretor italiano Luca Guadagnino parece estar se especializando em tramas que mostram como a chegada de um estranho pode abalar as relações interpessoais. O cineasta havia realizado anteriormente o filmeA Bigger Splash, no qual Ralph Fiennes servia como elemento desestabilizador de um casal (interpretados por Tilda Swinton e Matthias Schoenaerts).

Em Me Chame Pelo Seu Nome, é o ator Armie Hammer quem faz o papel dessa figura estrangeira que modifica o núcleo central – nesse caso, a vida do personagem Elio. Hammer é a escolha perfeita para viver o visitante Oliver; com seus quase 2 metros de altura (além de ser pessoalmente muito simpático), o ator certamente não é alguém que passa despercebido por onde transita.

Na interpretação de Hammer, Oliver se torna uma fixação e um objeto de desejo para o jovem Elio em virtude de seu jeito confiante, desinibido e seguro de si mesmo. Entre passeios e confidências, os dois passam a desenvolver uma relação de amizade, enquanto os longos olhares e os toques de pele levam essa aproximação a um envolvimento mais profundo.

Elio e Oliver se envolvem em Me Chame Pelo Seu Nome. Fonte da imagem: Divulgação/Sony Pictures

Na evolução do relacionamento se revela outra força do longa-metragem: a interpretação irretocável de Timothée Chalamet como Elio, fornecendo grande amplitude e múltiplas dimensões aos sentimentos de seu personagem. O ator (de apenas 22 anos) tem cenas de muita expressividade, seja explorando a descoberta sexual e homoafetiva de Elio ou mostrando-o extasiado e completamente entregue a essa paixão.

A beleza do filme, e no que ele se diferencia de obras como O Segredo de Brokeback Mountain, Boys ou Queda Livre, está na apresentação de uma relação homossexual essencialmente livre do preconceito e da violência social – como todos os relacionamentos homoafetivos deveriam ser.

Embalada em uma deliciosa trilha sonora, a relação de Elio e Oliver pode ser exatamente o que precisamos no mundo de hoje, estabelecendo um novo normal. Ao final, Me Chame Pelo Seu Nome deixa uma mensagem inspiradora de que é preciso viver, sentir, ter experiências e, sim, se permitir apaixonar. Ainda vale a pena.

https://youtu.be/7yCwv8FjidU

Timothée Chalamet e Armie Hammer em Me Chame Pelo Seu Nome. Fonte da imagem: Divulgação/Sony Pictures

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