Brigitte Bardot faz duras críticas ao movimento #MeToo

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O movimento #MeToo teve início em outubro de 2017, após as denúncias de assédio sexual contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein, gerando uma série de depoimentos e denúncias de outras vítimas. Graças a esses relatos, muitos predadores sexuais foram expostos e tiveram suas carreiras abaladas, como no caso de Kevin Spacey. No Globo de Ouro, dezenas de celebridades vestiram preto em solidariedade ao movimento e fizeram discursos empoderadores sobre a atual situação da indústria cinematográfica. Desde então, apesar de ter ganhado muitos apoiadores, o movimento também foi alvo de desaprovação por parte de algumas lendas do cinema.

Recentemente, Brigitte Bardot, atriz icônica do cinema francês, fez duras críticas. Em uma entrevista para a revista francesa Paris Match, Bardot contou que muitas das atrizes que estão reclamando de assédio sexual estão procurando publicidade e que a grande maioria está sendo hipócrita e ridícula. Ainda afirmou que muitas atrizes “dão em cima” dos produtores para conseguir papéis “e depois, para comentarem sobre elas, dizem que foram assediadas”. Para ela, o movimento entrou no caminho de temas mais importantes que poderiam ser discutidos.

Hoje com 83 anos, a atriz, que foi um símbolo sexual nos anos 50, afirma que nunca foi vítima de assédio sexual e confessa que gostava quando um homem dizia que ela era linda ou que tinha uma bunda bonita. Aposentada desde 1973, hoje ela se dedica às causas animais.

Não é a primeira vez que Brigitte Bardot fez comentários controversos. Além de apoiar a Frente Nacional, o partido político de extrema-direita na França, desde 1998 a atriz critica frequentemente a imigração e o islamismo e já recebeu cinco multas por incitar o ódio racial.

Os comentários de Bardot foram feitos pouco tempo depois de outra atriz francesa dar sua opinião sobre o assunto. Junto com outras 100 mulheres, Catherine Deneuve assinou uma carta aberta criticando o movimento #MeToo e defendendo que o homem tenha a “liberdade de importunar”. Imediatamente após ser publicada pelo Le Monde, a carta recebeu muitas críticas. Deneuve esclareceu sua posição em outra carta aberta, dizendo que o texto não afirma que assédio é algo positivo e que pede desculpas para todas as vítimas que se sentiram ofendidas.

Meses depois de Harvey Weinstein ser acusado de assédio sexual, muitas estrelas de Hollywood compartilharam suas experiências e expressaram apoio às vítimas. Entre outras acusações, muitas das vítimas de Weinstein revelaram que ele oferecia papéis em troca de favores sexuais. Um representante do produtor negou todas as acusações de atos não consensuais.

Este texto foi escrito por Juliana de Carvalho via n-Experts.

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